A presente matéria relata a Visita Pastoral do Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, OSBM a Rondônia, realizada entre os dias 22 a 28 de setembro de 2015, e consta de três partes: 1 – Ponto de partida: pesquisa para a tese de doutorado; 2 – Visita do Arcebispo Metropolita; 3 – Considerações e encaminhamentos.
1. PONTO DE PARTIDA: PESQUISA PARA A TESE DE DOUTORADO
A professora geógrafa Jania Maria de Paula, cuja mãe é ucraniana, família dos Semchechen (Semtechechen), reside em Ji-Paraná e leciona no IFRO – Instituto Federal de Rondônia. Ela está elaborando sua tese de doutorado para a UFAM – Universidade Federal do Amazonas de Manaus, dentro do Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia, fazendo um estudo sobre os eslavos em Rondônia, incluindo descendentes de ucranianos e poloneses. A motivação acadêmica e pessoal para esse empreendimento nasceu de sua dissertação de mestrado: “O desejo de nos aprofundar neste universo deu-se a partir de uma provocação de um grande amigo, professor indígena da etnia Gavião Ikólóéhj com quem ao longo do tempo trabalhamos e posteriormente desenvolvemos nossa pesquisa de mestrado. Se trabalhávamos, pesquisávamos e valorizávamos as culturas indígenas de Rondônia, porque não tínhamos a mesma atitude com relação à nossa própria ascendência? Materializa-se aqui a oportunidade de respondermos à esta provocação que desde aquele momento passou a instigar nosso pensamento”. Assim, o objetivo geral da tese de doutorado ficou formatado nos seguintes termos: “Compreender a estrutura do modo de vida atual dos migrantes paranaenses descendentes de eslavos (ucranianos e poloneses) na Zona da Mata Rondoniense, identificando as transformações sócio culturais ocorridas ao longo de sua participação na construção do espaço sócio geográfico local” (Projeto de tese: Reterritorialização e descendência: os migrantes originários de eslavos na região da Zona da Mata Rondoniense, p. 15).
O projeto da pesquisa teve que passar por um corte geográfico, abrangendo os municípios que formam a Zona da Mata Rondoniense e abrigam muitos paranaenses, tendo como polo a cidade de Rolim de Moura. A pesquisa se estende aos municípios de Novo Horizonte do Oeste e Nova Brasilândia do Oeste. Os filhos, netos e bisnetos de ucranianos e poloneses, reproduziram a história de seus antepassados migrados para o Brasil no final do século XIX que buscavam por sobreviver e manter seu modo de vida camponês, porém sem perder suas raízes culturais.
Fazendo sua pesquisa de campo, Jania entrevistou 62 famílias e constatou que se trata de um grupo que ainda mantêm algumas manifestações culturais de origem, sobretudo a culinária (perohe-varenneke, borstch, holubtsi, koubaça), mas também sentem carências, principalmente de cunho religioso. São famílias que sentem falta das celebrações litúrgicas em sua língua familiar e de um mínimo de organização eclesial e comunitária, tanto é que várias delas pediram à doutoranda para que convidasse um sacerdote para uma celebração e visita pastoral. A partir dessa constatação e dos apelos, Jania Maria entrou em contato com a Representação Central Ucraniano Brasileira (RCUB) a qual, por sua vez, encaminhou-a para fazer contatos com a recém-criada Metropolia em Curitiba, o que aconteceu a partir de 4 de outubro de 2014.
2. VISITA DO ARCEBISPO METROPOLITA
Estava sendo solicitado um sacerdote para fazer uma visita e celebração. A professora doutoranda Jania Maria se propôs a dar uma retribuição às famílias que estão colaborando com a sua pesquisa. Então, o próprio Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, OSBM decidiu encampar a ideia e levá-la a cabo. Após meses de estudos, trocas de ideias e de várias tentativas de agendamento, a visita, enfim, se concretizou, fazendo parte e servindo de embasamento adicional à pesquisa, também trazendo contentamento para muitas famílias e constituindo um novo despertar eslavo e especialmente ucraniano na região.
A visita pastoral de Dom Volodemer faz parte do projeto “nossa terra em outras terras” e foi diligentemente organizada pela doutoranda Jania Maria de Paula, com o auxílio de algumas pessoas. As despesas de viagem foram cobertas pelo programa de pesquisa acadêmica. A seguir, apresenta-se uma versão mais breve dessa visita, elaborada a partir do relatório geral.
Chegando dia 22 de setembro e desembarcando no aeroporto de Cacoal, o Arcebispo Metropolita foi hospedado no Hotel Ecos de Rolim de Moura. Durante sua estadia, conduzido e acompanhado pela professora Jania Maria, ele fez visitas às famílias ucranianas e algumas polonesas e encontrou-se também com as principais autoridades eclesiásticas e civis. No mesmo dia, à noite, Dom Volodemer esteve na casa dos pais de Jania Maria, Sr. Expedito de Paula e Sra. Ana Semtechechen, onde a maior parte dos familiares se reuniram para uma boa conversa e alegre jantar.
No dia seguinte, 23, a professora levou o Metropolita a Ji-Paraná para um encontro com o Bispo Diocesano Dom Bruno Pedron, SDB, que o recebeu de forma muito cordial e espontaneamente incentivou a organização dos fiéis ucranianos no espaço de sua Diocese. Na cúria diocesana, Dom Volodemer ficou conhecendo o Projeto Padre Ezequiel Ramin, um missionário comboniano assassinado por pistoleiros na Fazenda Catuva, em 24 de julho de 1985, por defender a terra para os indígenas e famílias ameaçadas de expulsão pelos posseiros. Do outro lado da cúria diocesana está a catedral dedicada a São Dom João Bosco. Em frente à catedral encontra-se o Museu das Comunicações Marechal Rondon, onde estão expostos vários equipamentos do sistema telegráfico e telefônico antigo, fotos históricas do sertanista, militar, cientista, pacifista, desbravador, missionário e indigenista Marechal Cândido da Silva Rondon, que deu o nome ao Estado de Rondônia, alguns objetos arqueológicos e fotos e objetos de tribos indígenas da região.
À tarde, de volta a Rolim de Moura, Dom Volodemer visitou a Sra. Teodora Kluska, conhecida como “Baba Kluska”, de 92 anos. Ela reza as orações diárias em paleo-eslavo. Possui uma memória fantástica e uma vitalidade invejável. Fala muito bem o ucraniano e português. Seu segredo para a longevidade é: “fé em Deus, muito trabalho e alegria”. O jantar foi na casa da Sra. Reny Bobek, onde se reuniram seus parentes e amigos.
Quinta-feira, dia 24, às 09:30, em Rolim de Moura, o Arcebispo Metropolita gravou uma entrevista para o programa “De perto com Gilberto” do SBT. O entrevistador foi o Sr. Gilberto Borghi, em seu estúdio particular, dialogando sobre a imigração da família do entrevistado, sua formação, cultura, rito bizantino-ucraniano e sobre sua visita a Rolim de Moura e região.
Em seguida, visitou o Sr. Fernando Kluska. O almoço foi oferecido pelo Sr. Antônio Cembalista em sua fazenda, na linha 172, situada a uns 18 quilômetros da cidade de Rolim de Moura. A convite do Pároco Frei Cleidimar Vilela Roquim da Silva, que participou do almoço, Dom Volodemer fez uma visita à construção do Centro de Formação Pastoral, situado num recanto adiante da fazenda do Sr. Cembalista. Será um local de retiros, encontros, formação de lideranças, etc.
De volta a Rolim de Moura, Jania Maria levou Dom Volodemer para conhecer o Sr. Estanislau Dziombra, de 70 anos, que vive sozinho, cuidando de um sítio. Na cidade, o Metropolita visitou uma senhora de descendência polonesa – Maria de Lourdes Drapalski, de 91 anos. O jantar foi na casa do Sr. Miguel Casprechen.
Dia 25, sexta-feira, em Novo Horizonte do Oeste, o Arcebispo visitou André Serbatch, um caso típico de “celibato camponês”, quando a pessoa não se casa para cuidar dos pais ou de um deles. André cuida de sua mãe.
Em Nova Brasilândia do Oeste, o Arcebispo fez várias visitas. A Sra. Irene Troyan Orni é polonesa de Mallet e lembra com emoção sua vida por lá. Ela faz suas orações em polonês e foi uma das pessoas que sugeriu a vinda de um padre ucraniano para Rondônia para fazer uma visita às famílias, celebrar a Divina Liturgia e benzer as casas. O Sr. Pedro Semtchuk fala e lê ucraniano, conhece as orações principais em paleo-eslavo. A Sra. Parainka Semtchuk, conhecida como Palmira, irmã do Sr. Pedro, viveu em Cancã, Roncador. Ofereceu um saboroso almoço. A Sra. Tereza e Francisco Sitowski falam polonês. Tereza acredita ter parentesco com João Paulo II. A Sra. Maria Kessler, polonesa, reuniu toda a família: filhos, noras e netas para o encontro com o Arcebispo Metropolita. O Sr. Wilson Kaliniuski tem um sítio, sua esposa é mineira. O casal tem um filho adotivo.
Em Rolim de Moura, Jania Maria levou o Metropolita para conhecer o Sr. Antônio Mreglad, que está construindo uma casa nova, perto da prisão. Antônio, apesar de ter sofrido muito na vida, é alegre e otimista. A família possui uma religiosidade profunda, não perde a esperança e dá um testemunho de vida muito bonito.
Sábado, dia 26, Jania Maria levou o Arcebispo Metropolita para mais algumas visitas. A mãe da Sra. Roseli Baiser, uma mãe sofredora, é da família dos Ranchuk de Roncador. O Sr. Rosalvo Stachiv, doutor em Química, e sua esposa recentemente formada em Psicologia, construíram uma casa moderna. O casal tem dois filhos. Rosalvo é muito culto e é conhecedor da situação atual na Ucrânia pela qual torce com convicção. O Sr. Pedro Bobek estava sendo atendido em sua casa por um enfermeiro. Lembrou em detalhes seu trabalho como Presidente-Executivo da comunidade ucraniana de Ivaiporã.
Na residência dos freis carmelitas, nas proximidades do Hotel Ecos, Dom Volodemer conversou com três deles: o prior Frei Antônio Carlos Gomes, o Pároco Frei Cleidimar Vilela Roquim da Silva e com o Frei Alexandre Ferreira. Frei João Nilson Dantas Barbosa estava acompanhando as obras de abertura de uma estrada de entrada ao Centro Paroquial de Formação para não atrapalhar o doador do terreno. Excluindo Frei Antônio, os demais freis foram alunos de Dom Volodemer no Studium Theologicum de Curitiba. O crescimento das seitas evangélicas e o afastamento dos fiéis da Igreja Católica, segundo a opinião dos freis, se deve à atuação exageradamente politizada da Igreja. Foi servido o almoço, bem gostoso, preparado pela cozinheira.
Após o descanso no hotel, Jania Maria levou o Metropolita para Novo Horizonte do Oeste, onde, pelas 16 horas, visitou a família do Sr. Saturno Skierzinski, de descendência polonesa. Sob chuva intensa, o prefeito municipal Varley Gonçalves Ferreira, parentes e amigos estavam tendo uma tarde de lazer.
De volta a Rolim de Moura, houve um pequeno encontro de preparação litúrgica na igreja matriz com o Sr. Fernando Kluska, Jania Maria de Paula, ministros da Eucaristia e outros assistentes.
Dia 27, domingo, com início às 9 horas, na igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida, foi celebrada a Divina Liturgia em português com algumas partes em ucraniano. O Pároco Frei Cleidimar concelebrou. Feita a entrada, o Pároco acolheu a todos e apresentou o Metropolita, que fez uma introdução à Divina Liturgia. Após a proclamação do Evangelho do 18º Domingo, Dom Volodemer proferiu a homilia sobre o valor do trabalho e elogiou o espírito de luta e superação da maior parte dos fiéis, provenientes do Estado do Paraná. Após o cântico litúrgico a Nossa Senhora, foi entoada uma canção mariana em português. O Arcebispo Metropolita fez a doação da réplica do ícone milagroso de Nossa Senhora de Zarvanetsia e de uma toalha azul à Paróquia, atualmente dirigida pelos freis carmelitas, com objetivo de, se a comunidade ucraniana tiver alguma estrutura no futuro, poderá utilizar o ícone com seu adereço. Antes da bênção final, Dom Volodemer agradeceu ao Pároco pela acolhida e incentivou principalmente os fiéis de descendência ucraniana a pensarem livremente sobre a possibilidade de formar uma comunidade. Frei Cleidimar reafirmou o que disse esses dias: coloca-se à disposição no que for necessário para que os ucranianos possam se organizar. A professora e doutoranda Jania Maria de Paula fez um agradecimento público pela visita do Metropolita e a todos que contribuíram em sua pesquisa, começando pelos membros de sua própria família e aos descendentes de poloneses e ucranianos que aceitaram participar da pesquisa concedendo interessantes e edificantes entrevistas. Finalizada a celebração litúrgica, houve uma longa sessão de fotos.
O almoço foi na Churrascaria Sabor Brasileiro em companhia da Família Kluska. Estava presente a Baba Kluska, os irmãos Sr. Lauro que veio de Porto Velho, o Sr. Nestor e a Sra. Ana Maria. Entre outras iguarias, estava sendo servido o vatapá. Vieram cumprimentar o Metropolita o prefeito municipal Sr. Luiz Ademir Schock (Luizão do Trento) e a primeira dama.
Após o farto almoço, Jania Maria levou Dom Volodemer para a residência do Sr. João Mikalzenzen, que estava recebendo visita de seus parentes de Ariquemes e Cascavel. Depois visitou o Sr. Zeneu Kraine, que é polonês. Finalizando a agenda de visitas, o Arcebispo visitou a casa do Sr. Mariano Dopiate. Seus filhos moram na mesma rua. Tem boa memória e é bom contador de histórias. É nascido em Legru, Porto União, Santa Catarina. A janta foi servida na casa dos pais de Jania Maria.
Dia 28, segunda-feira. Dom Volodemer saiu do Hotel Ecos, onde estava hospedado. Jania Maria o levou à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, onde Frei Cleidimar mostrou as secretarias e os trabalhos das construções na sede paroquial, na igreja e no futuro novo salão. Ainda o levou para fazer a bênção da casa de sua irmã Leila, que está quase pronta. Tomou um bom chimarrão na casa de seus pais e almoçou. Indo para o aeroporto de Cacoal, o Arcebispo Metropolita se despediu das Senhoras Reny e Célia Bobek. O pai de Jania Maria, Sr. Expedito, acompanhou-o até o aeroporto, onde já se encontrava Frei Cleidimar, que estava aguardando a chegada de um assessor financeiro de Paranavaí.
Dom Volodemer retornou a Curitiba muito satisfeito com sua missão cumprida durante a qual foram semeadas boas sementes que certamente produzirão bons frutos!
3. CONSIDERAÇÕES E ENCAMINHAMENTOS
O trabalho acadêmico de doutorado da professora Jania Maria de Paula acabou dando um resultado pastoral significativo para os católicos ucranianos de Rondônia. Ainda que o atendimento espiritual que vinha sendo prestado pelo Pe. Taras Oliynek, OSBM foi interrompido com a sua ida para a Ucrânia, e já se passaram muitos anos, os ucranianos mais idosos não esqueceram suas origens religioso-culturais. Interessante notar que a maioria desses ucranianos conhecem e alguns ainda rezam as orações diárias em paleo-eslavo. Com a pesquisa da professora Jania Maria e a visita do Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, OSBM, aconteceu um despertar da consciência eslava e especificamente ucraniana na região. As famílias se sentiram valorizadas, recebendo carinhosamente a visita de uma autoridade da Igreja Católica Ucraniana no Brasil: “é o Arcebispo que veio nos visitar, interessou-se por nós”.
Outrossim, houve um interesse por parte da população local por causa da divulgação pelo rádio, internet e televisão. O anúncio da celebração litúrgica de domingo, dia 27 de setembro, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, chamou a atenção de muitos fiéis latinos.
A hierarquia católica latina foi muito aberta e prestativa diante do hierarca visitante da Igreja Católica Ucraniana. Antes mesmo que o Metropolita tocasse no assunto, o Bispo Diocesano de Ji-Paraná Dom Bruno Pedron, SDB deu todo o apoio para que os ucranianos se organizem e preservem suas tradições. O mesmo apoio garantiram os freis carmelitas de Rolim de Moura, principalmente na pessoa do Pároco Cleidimar Vilela Roquim da Silva, disponibilizando suas estruturas e espaços físicos para que os ucranianos possam se organizar, celebrar, e até mesmo criar sua própria estrutura e comunidade. Eles veem a Igreja Católica Ucraniana e seu rito bizantino como uma riqueza da Igreja Católica como um todo. Os freis afirmaram que “Rondônia é uma nova frente de missão para a Metropolia” e que gostariam de ter uma comunidade ucraniana na cidade.
Academicamente falando, delineando uma das conclusões da tese de doutorado, Jania Maria disse que ela e seu orientador estavam vislumbrando o fim da etnia ucraniana em Rondônia. Porém, diante do que se constatou e se vivenciou durante a visita pastoral do Arcebispo Metropolita, renasceu a esperança, aconteceu um despertar e novo interesse pela Igreja Católica de Rito Ucraniano e seus respectivos valores.
Do ponto de vista da assistência pastoral, portanto, a conclusão não é a de um ponto final, mas a de um novo ponto de partida. Sendo assim, é necessário apontar alguns encaminhamentos.
A tese de doutorado da professora Jania Maria oferecerá uma compreensão técnico-acadêmica da migração eslava e ucraniana, focalizando o lado antropológico-social, e colocará a ucraneidade e a própria presença ucraniana na região num nível de relevância acadêmica e significado social. Isso abre a justificativa e o impulso para outras iniciativas ucranianas, tanto religiosas e pastorais como culturais.
Antes de pensar em algo concreto do que fazer a partir de agora, é importante fazer o resgate da história, descobrindo e registrando o que foi realizado pelo Pe. Taras, outros sacerdotes e agentes pastorais. Sabe-se que religiosas da Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada e catequistas do Instituto Secular Sagrado Coração de Jesus colaboraram com o citado sacerdote missionário.
Prosseguindo, é preciso responder à seguinte pergunta: por que o trabalho do Pe. Taras foi interrompido?
Finalmente, é necessário aproveitar o momento atual de entusiasmo e renascimento suscitado pelo trabalho acadêmico da doutoranda e pela visita pastoral do Arcebispo Metropolita para programar algumas atividades, inicialmente com o objetivo de reunir os ucranianos e começar a formar um grupo de liderança. Isso poderia ser feito, por exemplo, organizando um almoço ou jantar típico ucraniano. Um passo importante mais adiante é a formação de uma associação dos ucranianos em Rondônia ou algo semelhante.
A visita pastoral do Metropolita se restringiu ao espaço geográfico-social da referida pesquisa, mas a presença de ucranianos se estende a muitos outros municípios do Estado de Rondônia, sendo, evidentemente, necessário ir ao encontro deles numa eventual associação. Tal associação poderá ter seus grupos regionais ou municipais, que seriam seus subgrupos ou filiais.
Havendo algum tipo de organização, ao menos básica, com listas das famílias ucranianas, poderia se pensar num atendimento pastoral mais sistemático conforme as necessidades e condições concretas, que incluiria cursos de catequese, liturgia, cultura ucraniana e visita de um padre às famílias. Finalmente, numa fase organizacional mais avançada, a comunidade providenciaria a sua estrutura própria.
Que o Senhor Jesus Cristo, caminho, verdade e vida, conduza o povo ucraniano de Rondônia no melhor caminho!
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