Movimento do Apostolado da Oração

NOVOS ESTATUTOS DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Qualquer organização humana, a fim de que alcance seus objetivos dentro da sociedade, precisa ser estruturado a partir de uma legislação, isto é, a partir de leis. Também na Igreja, as diversas instituições funcionam de uma forma semelhante. Desta forma, o Apostolado da Oração (AO), sendo uma associação católica de leigos, com objetivos bem definidos dentro da Igreja, é organizado e regido por normas bem claras, que são os estatutos. Tais estatutos valem para toda a Igreja católica espalhada pelo mundo.

Os estatutos que atualmente estão em vigor foram aprovados e promulgados pela Santa Sé, sob o pontificado do Papa Paulo VI, no dia 27 de março de 1968. Os estatutos que antecederam os atuais, tinham a aprovação da Santa Sé, sob o pontificado do Papa Pio XII, no dia 28 de outubro de 1951.

Apresentam-se aqui a carta do Cardeal Amleto Giovanni Cicognani, Secretário de Estado do Papa Paulo VI, ao Superior Geral dos Jesuítas na época o R. P. Pedro Arrupe, S. J., Dire­tor Geral do Apostolado da Oração e o texto dos Novos Estatutos.

Dom Volodemer Koubetch, OSBM

CARTA DE APRESENTAÇÃO

Cardeal Amleto Giovanni Cicognani, Secretário de Estado do Papa Paulo VI, ao R. P. Pedro Arrupe, S. J., Dire­tor Geral do Apostolado da Oração. Cidade do Vaticano, 27 de março de 1968.

Reverendíssimo Padre,

Alegro-me em vos comunicar que o Sumo Pontífice, com a cuidadosa atenção que convinha, examinou os novos estatutos do Apostolado da Oração, que, depois de revistos ultimamente por vós e pelos vossos colaboradores, propusestes reverentemente à Sua apreciação.

Bem conhecia Sua Santidade o grande esforço que a Compa­nhia de Jesus tem empregado continuamente em promover e pro­pagar essa Associação. Isto mesmo lhe manifestaram mais claramente os Novos Estatutos, movendo o Santo Padre a dedicar maior estima e benevolência a tão numerosa família dos que re­zam, digna sem dúvida de ser incluída entre as mais salutares ins­tituições que nasceram na Igreja e pela Igreja trabalham.

Depois do Concílio Ecumênico, de onde brotou tão rica abundância de doutrina e de normas para a Igreja católica, era na­tural que o Apostolado da Oração haurisse também dessa fonte nobilíssima a fecundidade duma vida mais robusta. Foi o que real­mente fizestes, com resolução oportuna e sábia, procurando, ao compor os Novos Estatutos, que eles, renovados no espírito e na doutrina do Concílio, se adaptassem melhor às condições atuais da Igreja. Reconhecendo isto com prazer, o Vigário de Cristo não só aprova com sua autoridade estas normas, senão também deseja obsequiar com justo louvor a vós e a vossos companheiros, que tivestes o trabalho de elaborar.

Não passa de modo algum despercebida à S. Santidade a importância que têm esses novos Estatutos para alimentar mais subs­tancialmente a vida apostólica dos Associados. Embora não tencione ele percorrer cada ponto, não pode contudo deixar de enal­tecer clara e efusivamente a estreita união com o Sacrifício Euca­rístico, que se propõe aos Associados do Apostolado da Oração por meio do oferecimento espiritual de si mesmo, a se fazer cada dia, de sorte que o Sacrifício da Missa se torne como que o centro e o fundamento de sua vida. Ninguém há que não veja como isto concorda belamente com as urgências que o Concílio propõe. (Cfr. Const. Sacros. Concilium, 48; Const. Lumen Gentium, 11, 34; Decr. Presbyt. Ordinis, 2,5).

Nem é menos digno de se louvar que o Apostolado da Oração tenha dado também muita importância ao culto do SS. Coração de Jesus, sobre o qual tratou longamente Pio XII, de veneranda memória, publicando aquela encíclica cheia de admirável doutrina e piedade que começa com as palavras “Haurietis aquas” datada de 15 de maio 1956, quando se celebrava o centenário da instituição da festa litúrgica do Sacratíssimo Coração de Jesus para a Igreja universal (Cfr. AAS., 48, 1956, pp. 309-353). Com efeito, a piedade eucarística, pela qual toda a vida dos fiéis se for­ma e se dispõe para participar perfeitamente da Sagrada Liturgia, conforme a mente do Sumo Pontífice expressa na Carta Apostólica “Investigabiles divititas” (6 fev. 1965), se nutre também fartamente pela devoção ao SS. Coração de Jesus, a saber: pelo conhecimento, culto e imitação do amor do Divino Salvador “que amou até o fim os seus que estavam no mundo” (Jo 13,1). Além disto, segundo a promessa do Senhor: “Se perseverardes em mim…, pedireis tudo o que quiserdes e vos será concedido” (Jo 15,7); os associados, no culto do SS. Coração abrem para si e para os outros os insondáveis tesouros “de misericórdia e de graça” de Cristo (Ef 3,8; Prefácio do SS. Coração de Jesus). Esses tesouros conferem maior fecundidade aos trabalhos apostólicos e contribuem muito eficazmente para a “renovação das mentalidades e dos costumes do mundo, de acordo com as exortações do Concílio Ecumênico Vaticano 11” (Alocução de Paulo VI à Congrega­ção Geral dos Padres Jesuítas, 17 nov. 1966).

Assim, o Apostolado da Oração, conservando sua forma pri­mitiva, mas tornando-a mais apta às necessidades do nosso tempo, dirige os seus membros a uma sólida e genuína piedade, uma vez que os ensina a transformar toda sua vida em súplica e reparação. Para atingir melhor esse objetivo, apraz ao Santo Padre, relembrar aqueles subsídios instantemente inculcados pelo Concílio: – uma devoção mais intensa ao Espírito Santo, que habita como num templo na Igreja e no coração dos fiéis (Cfr. 1Cor 3,16; 6,19), nos quais ele ora e dá testemunho da adoção dos filhos (Cfr. Gál 4,6; Rom 8, 15-16 e 26); – uma participação ativa na Sagrada Liturgia, pela qual a Igreja instituiu seu colóquio inefável com Cristo e com Deus e, celebrando os sagrados mistérios, tira daí a abundância das graças divinas e a eficácia de suas preces.

Tudo isto aumenta uma jubilosa esperança de frutos espiri­tuais, que o Augusto Pontífice deposita nessa quase inumerável multidão de almas orantes que, sob a direção do Vigário de Cris­to intimamente unidas com ele, não cessam de oferecer cada dia suas orações, ações e sofrimentos pelas necessidades da Igreja. Mas cresce igualmente a solicitude com que ele próprio recomen­da esta piedosa Associação a todos os filhos da Igreja, de qualquer condição que sejam. Pois a ninguém se pode apresentar outro au­xílio tão poderoso e tão prático, pelo qual os fiéis cristãos sejam formados e afervorados no sentir com a igreja, no uso frequente da oração, no zelo apostólico e no recordar sempre aquele ponto capital de doutrina que é de suma importância no exercício do apostolado: “não vale nada o que planta nem o que rega, mas o que faz crescer” (1Cor 3,7).

O Santo Padre, formulando ardentes votos para que o Apos­tolado da Oração cresça em número de membros e em santidade, com insistentes preces implora de Deus uma generosa abundância de graças que desenvolva as iniciativas dessa Associação; enquanto como penhor da proteção divina, concede muito afetuosamente no Senhor a todos os Diretores e Associados a sua Bênção Apos­tólica.

Aproveito esta comunicação para me professar com todo o respeito.

Vosso muito dedicado G. Card. Cicognani

INTRODUÇÃO

O Concílio Vaticano II insiste muitíssimo na vocação de to­dos os fiéis ao aposto lado. A fim de satisfazer a esta obrigação, eles não somente são convidados a uma atividade externa, mas também são aconselhados a que fomentem em si próprios uma união vital com Cristo, a sustentem de modo especial pela Liturgia e pela meditação da Palavra de Deus, e nela cresçam cumprin­do a vontade divina. Neste intuito, o Concílio recomenda particu­larmente as Associações que promovem uma união mais íntima entre a vida prática dos membros e a sua fé, e exorta os leigos a que se esforcem por revestir fielmente a característica de vida espiritual própria da sua Associação. Por isto, pareceu oportuno que, assim como os Estatutos anteriores foram muitas vezes reformados, de acordo com as exigências dos tempos, assim agora se compusessem novos Estatutos que incluam a doutrina e o espírito do Vaticano II e adaptem o Apostolado da Oração às aspirações dos nossos dias.

QUE É O APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Por meio do Batismo, todos os fiéis participam do múnus sacerdotal, real e profético de Cristo, e são destinados pelo Senhor para a atividade apostólica própria de sua vocação. Dentro desta vocação universal ao aposto lado, o Apostolado da Oração constitui a união dos fiéis que, por meio do oferecimento cotidiano de si mesmos, se juntam ao Sacrifício Eucarístico, no qual se exerce continuamente a obra de nossa redenção, e desta forma, pela união vital com Cristo, da qual depende a fecundidade apos­tólica, colaboram na salvação do mundo.

Pois assim como Cristo, ensinando e praticando as obras de misericórdia, propagou o seu Reino e ao mesmo tempo remiu também o mundo, oferecendo desde o início sua vida ao Pai pelos homens, rogando por eles e consumando sua oblação pelo misté­rio pascal; assim também todo aposto lado externo deve estar unido à oração e ao sacrifício, a fim de que, em virtude do Sacri­fício da Cruz, contribua para a edificação do Corpo de Cristo.

De sua parte, esta relação com Cristo, Sumo Sacerdote, necessariamente requer uma íntima união com Ele por meio do amor pessoal; por isto, o Apostolado da Oração atribui singular importância ao culto do Coração de Jesus, pelo qual os fiéis, pe­netrando mais profundamente no mistério do amor de Cristo e daí participando mais estreitamente do mistério pascal do Senhor, correspondem ao amor com que nosso Salvador, imolando-se pela vida do mundo, do seu Coração transpassado deu vida à Igreja (Jo 19,34).

PROGRAMA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO PARA A VIDA ESPIRITUAL

Para exercer esta vocação apostólica, o Apostolado da Oração oferece aos fiéis um programa de espiritualidade apostólica, cujo centro é o Sacrifício Eucarístico. Este programa consta dos seguintes elementos:

Sacrifício da Missa com o oferecimento cotidiano

O Sacrifício da Missa é a fonte e o ponto culminante da evangelização, de onde promana todo o vigor da atividade da Igreja. É necessário portanto que a espiritual idade dos fiéis seja determinada pelo mistério Eucarístico, penetre e informe sua vida e os leve a uma consciente e vital participação deste Mistério.

Por isto o Apostolado da Oração insiste no Oferecimento cotidiano, pelo qual cada um oferece a si próprio, por Cristo, a Deus, a saber: todas as orações, ações, trabalhos, sofrimentos e ale­grias, pelas necessidades da Igreja e ainda pela salvação do mundo inteiro. É o que vem enunciado pelo Vaticano II com estas pala­vras:

(Cristo) “concede também uma participação no seu múnus sacerdotal àqueles que associou intimamente à Sua vida e missão, a fim de que exerçam um culto espiritual, para a glória de Deus e salvação dos homens. Por esta razão, os leigos, enquanto consa­grados a Cristo e ungidos pelo Espírito Santo, são admiravelmente chamados e providos para se produzirem neles sempre mais abun­dantes os frutos do Espírito. Assim todas as suas obras, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o tra­balho cotidiano, o descanso mental e corporal, se forem feitos no Espírito, e mesmo os incômodos da vida, suportados com paciên­cia, se tornam como “hóstias espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1Pdr 2,5), oferecidas piedosamente ao Pai, jun­tamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração da Eucaristia. Deste modo também os leigos, como adoradores agindo santa mente em toda a parte, consagram a Deus o próprio mundo (Lumen Gentium, 34).

Esta oblação espiritual que pertence ao exercício do sacer­dócio comum dos fiéis é simultaneamente exercício do seu múnus profético, uma vez que exige o testemunho de vida, caridade, tra­balho e atividade apostólica; segue-se daí que, vivendo conforme a oblação feita, dão eles testemunhos à verdade e manifestam diante dos homens a Cristo que vive nos fiéis. Tal testemunho da vida, toda, promanando da fé, esperança e caridade, é a condição inicial de qualquer aposto lado, e nada se pode substituir em seu lugar.

Entretanto, tendo o Senhor instituído o Sacrifício Eucarís­tico em forma de banquete, os Associados, seguindo a recomenda­ção do Vaticano li, não só participam da celebração Eucarística frequentemente e até cada dia, se possível, mas ainda recebem nela o Corpo do Senhor, sacramento de piedade, sinal de unidade e vínculo de caridade.

Culto ou espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus

Cristo por amor não somente entregou sua vida por nós (1Jo 3,16) senão também nos incorpora no mistério de sua vida e nos transforma numa geração eleita e num sacerdócio real (1Pdr 2, 9). É preciso, por conseguinte, que lhe respondamos com o nosso amor. Ora, a Igreja nos ensina que o amor de Cristo está principalmente representado no Seu Coração, e nos convida a que reverenciemos esse amor, simbolizado pelo Coração de Cristo, como fonte de salvação e de misericórdia. Por Isto o Apostolado da Oração se empenha com ardor em que seus mem­bros se familiarizem com a prática e com a espiritualidade do culto do Coração de Jesus. Correspondendo ao amor de Nosso Senhor, a Ele se consagram pessoalmente, a Ele oferecem repa­ração pelos pecados próprios e do mundo, exercitam e fomentam as práticas desta devoção aprovadas pela Igreja. Oxalá imitem o exemplo do amor de Cristo aos irmãos, e com a caridade, difun­dida em nossos corações pelo Espírito, Lhe retribuam o amor com que pelo Coração humano nos amou.

Devoção à Santíssima Virgem Maria

Os membros do Apostolado da Oração veneram com filial amor a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, ligada tão intimamente à obra da Redenção. Para imitar o exemplo dela, que de coração generoso se consagrou totalmente, como serva do Senhor, à pessoa e à missão do seu Filho, façam a Deus o ofereci­mento próprio por meio dela, pois que é a nossa Medianeira junto ao seu Filho. Rezem cada dia o terço do Rosário ou pelo menos um mistério, e recomendem com insistência ao seu Coração ma­terno todas as preocupações da Igreja. Em geral, promovam com generosidade o culto de Maria Santíssima, especialmente o litúrgi­co, lembrados de que a união imediata dos fiéis com Cristo não é de modo algum impedida mas antes facilitada pela devoção à Sua Mãe.

Vontade de sentir com a Igreja

Para que a Igreja possa cumprir sua missão unindo todos os homens com Cristo e entre si, e realizar a edificação de seu Corpo pelo Sacrifício Eucarístico, é necessário que todos os associados, promovam em si e nos outros a vontade de sentir com a Igreja universal e participem de suas solicitudes. Neste intuito, fazem o oferecimento diário por aquelas intenções que o Sumo Pontífice propõe para cada mês por meio do Apostolado da Oração ou recomenda, nos casos urgentes, às orações dos fiéis.

De bom grado incluem também no seu oferecimento as soli­citudes pelas quais os bispos pedem orações na sua região.

Cuidado assíduo de orar

Além do mais, os Associados estão convencidos de que o gê­nero humano se encontra hoje numa nova idade da sua história e é agitado por profundas e rápidas mudanças e por um grave desequilíbrio. É portanto sobremodo urgente o dever de orar com fer­vor e sem interrupção, para que o mundo, libertado por Cristo que pela cruz e ressurreição destruiu o poder do Maligno, se trans­forme de acordo com os desígnios de Deus e atinja a sua perfeição.

Por conseguinte, obedecendo ao preceito do Senhor de orar sempre sem nunca desfalecer (Lc 18,1), os associados tomam a peito tudo que se refere ao cultivo da prática da oração. Seguindo o exemplo da Igreja que não cessa de tomar o pão da vida na mesa tanto da Palavra de Deus como do Corpo de Deus, apreciam a leitura e me­ditação frequente da Sagrada Escritura. Cultivam a recomendada oração mental e as várias formas de preces que livremente esco­lhem. Fazem eles mesmos e promovem entre os outros os Retiros e Exercícios Espirituais, que são uma excelente escola de oração e de união com Deus na ação.

 

A ATIVIDADE DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO NA CURA PASTORAL DOS NOSSOS DIAS

O Apostolado da Oração presta aos pastores de almas e aos fiéis aqueles meios com que não só se formem para o aposto lado e o exerçam, mas também possam ajudar todos os outros fiéis a preparar-se para a vida cristã e para o aposto lado.

Formação de Zeladores

Para promover o Apostolado da Oração e o espírito apostó­lico, recebam uma formação espiritual particular aqueles que, em número o maior possível, são Zeladores. Por isto, o Apostolado da Oração promove cursos de formação bíblica, espiritual, apos­tólica, litúrgica, segundo o capo 6 do decreto do Vaticano II sobre o apostolado dos leigos. Formados por uma espiritual idade mais íntima do Coração de Jesus, penetrem mais profundamente no mistério de Cristo e aprendam a unir a oração e a ação, de tal mo­do que possam não só exercer o aposto lado pelo testemunho da vida mas também pela palavra, reconduzir a Cristo os descrentes e fiéis a uma vida mais fervorosa.

Forma de apostolado a exercer

Todos os membros do Apostolado da Oração, mas sobretudo os Zeladores, promovam, entre aqueles com que convivem, tudo o que pertence ao espírito e ao programa do Apostolado da Ora­ção, e cuidem, por todos os modos, mesmo pelos meios atuais de comunicação social, que a prática de orar e de viver cristãmente se intensifique cada vez mais entre os fiéis. Persuadam-se os sacer­dotes e os apóstolos leigos de que neste programa de vida espiri­tual dispõem de um meio fácil e eficaz para ajudar a si mesmos e outros no sentido da vida cristã e apostólica.

ESTRUTURA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

  1. O Apostolado da Oração tem uma estrutura própria, em­bora adaptável às diversas condições.
  2. O Diretor Geral do Apostolado da Oração é o Padre Geral da Companhia de Jesus, que pode delegar o seu ofício a ou­tro de sua escolha. Este, por sua vez, no exercício do seu cargo, é ajudado nas diversas regiões pelos Secretários nacionais, ou regio­nais, segundo exercem o próprio ofício para toda a nação ou para esta ou aquela região, ou ainda para algumas obras do Apostolado da Oração. Estes são nomeados pelo Diretor Geral, respeitando o que, em cada nação, tiver sido legitimamente estabelecido pela autoridade eclesiástica quanto a estas nomeações.
  3. Em cada Diocese, haja um ou, se parecer oportuno por circunstâncias particulares, mesmo vários Diretores diocesanos, que sejam sacerdotes, e que, comunicado o fato ao Nacional, são nomeados pelo Bispo Diocesano. O Diretor dioce­sano erige os centros locais e nomeia os Diretores locais, que po­dem ser os Párocos ou outros Sacerdotes, ou também Religiosos ou Leigos, de ambos os sexos.
  4. Segundo as condições de tempo e de lugar, tanto o Diretor diocesano, como o local e o Secretário Nacional ou Regio­nal tenham um Conselho, ou Diretoria de leigos, sendo as normas canônicas em vigor.
  5. Para que alguém seja membro do Apostolado da Oração requer-se ou inscrição, ou algum outro sinal externo com que se manifeste ao Diretor local, ou ao seu delegado, a vontade de per­tencer a esta Associação. Cabe ao Secretário Nacional, depois de ouvir aqueles a quem o caso interessa, determinar o modo de se fazer a inscrição. Quanto aos Zeladores, porém, procurem os Di­retores que entre eles se observe pelo menos aquela forma de organização que se exige para o exercício do aposto lado ordenado.
  6. Para que se guarde a unidade de ação com maior eficácia apostólica, a edição de revistas, folhetos e escritos destinados a promover o Apostolado da Oração compete ao Secretariado Nacional. As revistas, entretanto, seja qual for o nome com que se publicam, correspondam sempre ao fim do Apostolado da Ora­ção e indiquem pelo menos nas páginas internas, que são revistas do Apostolado da Oração.

SEÇÕES

Para que o Apostolado da Oração se adapte às condições da Igreja e das pessoas, há nele secções peculiares, por exemplo para os jovens, para os homens, para os doentes, para a união de todos os cristãos, etc., as quais se designam com nomes próprios e se regem por normas apropriadas. As novas secções, que não exce­dam os limites da própria nação, podem ser instituídas pelo Secre­tário Nacional, com o consentimento do Diretor Diocesano; outras secções, que excedam estes limites, precisam da aprovação do Secretariado Geral.

APROVAÇÃO DOS ESTATUTOS

Tendo sido aprovados pela Santa Sé, estes Estatutos não podem ser mudados, a não ser pela mesma autoridade. Será lícito, porém, com a aprovação do Diretor Geral, fazer as adaptações que parecerem úteis, segundo as circunstâncias dos lugares.

Aprovados pela Santa Sé,
aos 27 de março de 1968.