Retiro do Apostolado da Oração na Colônia Marcelino

Entre os dias 26 e 28 de setembro realizou-se na Colônia Marcelino o Retiro do Apostolado da Oração da Metropolia, com a participação de 95 membros. A condução do retiro esteve a cargo da Ir. Juliane Martinhuk, SMI, da Ir. Marta Anatólia Marinhak, ISJ, do Pe. Marcos Chmilouski, OSBM, e dos membros da equipe: Basilio e Luciane Tremba, Neli Terezinha Sobanski Costin.

O retiro teve início na noite de sexta-feira, 27 de setembro. Às 18h30, foi servido o jantar, seguido da Divina Liturgia e de um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzido pela Ir. Marta e pelo Pe. Marcos. Foi um tempo de profunda oração e intimidade com Deus.

Sábado, 28 de setembro, o dia começou com a oração ao Sagrado Coração de Jesus, na capela, conduzido pela Sr.ª Neli Terezinha Sobanski Costin, seguida do café da manhã.

O Pe. Marcos conduziu os cânticos “Jovem galileu” e “A barca”, introduzindo a palestra central do retiro, cujo tema foi: “Levanta-te e põe-te a caminho” (Jo 3,2). A reflexão abordou a necessidade de nos colocarmos diante de Deus com disponibilidade, destacando a história de Jonas, chamado a ir a Nínive para converter um povo pecador, mas que inicialmente tentou fugir da missão. O exemplo de Jonas e o chamado dos apóstolos mostram que a vocação exige resposta e decisão. Recordou-se também a atitude de Maria, que “pôs-se a caminho apressadamente” para servir Isabel, lembrando que a fé deve tornar-se ação concreta. O cristão não pode permanecer paralisado: é chamado a caminhar, a carregar a própria cruz e a manifestar a esperança que renova e sustenta.

Após a pausa para o lanche, o Pe. Marcos continuou a reflexão com os cânticos “Amar como Jesus amou” e “Eu vou deixar-me guiar”, destacando que todos somos vocacionados à santidade. Partilhou seu testemunho vocacional, ressaltando que, mesmo nas fraquezas, Deus sempre nos dá novas oportunidades, chamando-nos à conversão e à santidade. Lembrou que a esperança cristã não é mero otimismo, mas certeza do amor de Deus que, pelos sacramentos, nos torna capazes de corresponder à vocação de sermos santos. O Espírito Santo habita em nós, tornando-nos participantes da vida divina da Santíssima Trindade.

Após o almoço, realizou-se uma peregrinação com o tema “Peregrinos da Esperança: Levanta-te e põe-te a caminho”. A caminhada, marcada por orações e cânticos, convidou todos a refletir sobre o sentido de sermos peregrinos neste mundo. A primeira parada foi junto à cruz, símbolo da nossa salvação e âncora da esperança cristã. Ali, os participantes foram convidados a depositar, de modo simbólico, os fardos que pesam na vida – tristezas, ressentimentos, lembranças dolorosas –, deixando “a mochila vazia” para acolher a graça e a paz de Cristo.

Seguiu-se a procissão até a igreja São Pedro com uma dinâmica em que cada pessoa recebeu uma pequena figura de “pé”, sobre a qual escreveu algo que marcou sua caminhada de fé. As figuras foram colocadas no chão, formando simbolicamente o caminho de peregrinos que seguem a Cristo.

Na igreja, houve um tempo de preparação para as confissões. Em seguida, foi servido o café, rezou-se o Terço Iluminado, celebrou-se a Divina Liturgia, e o dia foi concluído com um momento fraterno de convivência.

O domingo iniciou com a oração da manhã, conduzida pela Ir. Marta, seguida do café.

A Ir. Juliane conduziu sua reflexão sobre o tema do retiro, destacando que levantar-se é um ato concreto que exige decisão. Ilustrou a reflexão com a história de São José, que, obedecendo prontamente à voz do anjo, levantou-se, tomou Maria e o Menino e fugiu para o Egito, protegendo assim o Sagrado. O exemplo de São José ensina a fugir do pecado e de tudo o que ameaça a vida cristã, e a agir com prudência, virtude fundamental na caminhada de fé. A palestrante convidou todos a um retorno às “primeiras obras”: a uma vida simples e disponível ao serviço do próximo e a valorizar gestos concretos de caridade, como um sorriso ou uma palavra de acolhida.

Destacou-se ainda a importância da gratidão, recordando o leproso que voltou para agradecer a Jesus pela cura (Lc 17,11-19) e a necessidade de se levantar e caminhar com esperança. Foi também comentada a cena da Transfiguração do Senhor (Mt 17,1-9), na qual Jesus convida os discípulos: “Levantai-vos e não tenhais medo”. A experiência com Cristo deve levar à ação e ao serviço nas comunidades. A reflexão concluiu com o convite a redescobrir a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, fonte de amor, consolação e cura e a caminhar com o coração cheio do Espírito Santo.

O retiro foi encerrado com a celebração da Divina Liturgia, presidida pelo Pároco Pe. Neomir Doopiat Gasperin e concelebrada pelo Pe. Marcos Chmilouski, OSBM, contando com os serviços litúrgicos do Diácono João Basniak. Após a foto oficial, todos participaram de um almoço celebrativo, em clima de fraternidade e gratidão.

Esses dias de retiro foi um tempo de graça, oração e renovação espiritual, que ajudou os membros do Apostolado da Oração a redescobrir a beleza da vocação cristã e a importância de “levantar-se e pôr-se a caminho” com fé, esperança e amor, para viver a santidade no dia a dia.

Texto: Neli Terezinha Sobanski Costin

Fotos: Luciane Fagundes Tremba