Dia 19 de janeiro de 2024, sexta-feira, pelas 11:15, internado e entubado no Hospital São Camilo de União da Vitória, vítima de complicações relacionadas a um câncer linfático, faleceu o Padre Josafá Firman – Pároco da Paróquia São Basílio Magno de União da Vitória. Esta data ficará marcada nos corações dos ucranianos das cidades de Porto União-SC e União da Vitória. Dia que o Pai celestial escolheu para levar para junto de si o querido Pároco. O velório iniciou por volta das 16 horas nas dependências da igreja São Basílio Magno.
Às 19 horas, teve início a solene Divina Liturgia, celebrada pelo Bispo Eparca da Austrália Dom Micolai Bytchok, concelebrada pelo Bispo Eparca de Prudentópolis Dom Meron Mazur e pelos Padres presentes: Sérgio Hryniewicz – Pároco de Vera Guarani (Paulo Frontin), Luiz Pedro Polomanei – Pároco de Mallet, Ricardo Mazurek Ternovski – Pároco de São Cristóvão (União da Vitória), Neomir Doopiat Gasperin – Pároco da Colônia Marcelino (São José dos Pinhais), Clayton Martins Katerenhuk – Pároco de Rio das Antas (Cruz Machado), Pe. Valdomiro Pastuch – Vigário Paroquial de União da Vitória, Edson Ternoski – Reitor do Seminário Maior São Josafat de Curitiba, Michael Barbusa – Reitor do Seminário Menor São Josafat de Mallet e o Padre Anderson Spegiorin – Pároco da Paróquia latina de Cruz Machado. Com a igreja cheia de fiéis, familiares e amigos, a celebração ocorreu com muita emoção.
Durante a homilia, Dom Meron falou da vida do Padre Josafá, dos anos servidos ao sacerdócio, do quanto ele se sacrificou para ser fiel ao chamado de Deus. Ele disse: “se o Padre Josafá pudesse falar uma palavra hoje, seria ‘não chorem, mas vivam a palavra de Deus, que ela nos dará a vida eterna’”; e concluiu: “que a comunidade continue caminhando perseverante e agradecendo a dádiva de ter convivido durante anos com seu servo”.
No decorrer da Divina Liturgia, mais fiéis e amigos chegavam para prestar suas últimas homenagens, que contou também com a presença do Bispo da Diocese de União da Vitória, Dom Walter Jorge. Um momento de muita emoção foi após a Divina Liturgia, quando os bispos, os padres e os fiéis presentes, em um coro só, com vozes fortes, entoaram a “Panakheda”.
O velório prosseguiu durante a noite e madrugada.
No dia seguinte, sábado, no início da manhã, o corpo seguiu pelo serviço funerário até a Paróquia ucraniana, na cidade de Mallet.
Na igreja matriz Sagrado Coração de Jesus, com início às 10 horas, foi celebrada a “Panakheda” e, em seguida, a Divina Liturgia. O Pároco Luis Pedro Polomanei presidiu. Concelebraram: Pe. Michael Barbusa – Reitor e Vigário Paroquial; Sérgio Hryniewicz – Pároco de Vera Guarani (Paulo Frontin); Pe. Joaquim Sedorowicz – Pároco-Reitor da Arquicatedral; Pe. Irineu Vaselkoski – Pároco de Antônio Olinto; Pe. Daniel Horodeski – Pároco de Canoinhas; Pe. Josafat Roiko – Pároco de Reserva. Também concelebraram os seguintes Párocos latinos: Pe. João Francisco Sieklicki – Paula Freitas; Levi Godoy – São Mateus do Sul; Sidnei José Reitz – Catedral de União da Vitória; Henryk Baziv – Mallet.
Às 14 horas, foi celebrada a Divina Liturgia pelo Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch e concelebrada pelos Padres: Pe. Paulo Serbai, OSBM – Chanceler da Eparquia, representando o Clero regular basiliano; Pe. Vassílio Burko Neto; Pe. Luis Pedro Polomanei; Pe. Michael Barbusa; Pe. Samoel Hupolo. Antes de iniciar a celebração litúrgica, o Sr. Valdir Ladyka leu a biografia do Padre Josafá.
Em sua homilia, o Metropolita destacou a bondade, simplicidade, humildade e paciência do falecido presbítero. “Acessível a todos. Sempre ponderado em sua fala. Respeitado e estimado pelos paroquianos. Amigo de todos”, disse Dom Volodemer. Lembrou a fase final de sua vida, que foi de muito sofrimento por causa da doença e que ele nunca reclamou dessa provação, aceitando tudo como vontade de Deus. Concluiu sua fala colocando nele a conclusão apostólica do “bom combate” e o merecimento da “coroa da justiça” (2Tm 4,7-8).
Ao final da Divina Liturgia, o Pároco Luis Pedro Polomanei leu um testemunho sobre o Padre Josafá enviado por Dom Daniel Kozlinski – Bispo Eparca da Argentina. Dom Daniel lembra que conheceu o Padre Josafá desde a sua infância e que ele é proveniente de uma família que sempre cuidou da formação cristã de seus filhos, o que determinou a vocação sacerdotal do pequeno Josafá. O Bispo destaca que acompanhou o ministério do Padre Josafá e as crises por causa das enfermidades físicas, sem reclamar, resignando-se à vontade de Deus. O Eparca argentino considera o Padre Josafá um modelo de vida sacerdotal para os tempos atuais: “Já no passado, buscava atuar como um sacerdote que a Igreja busca no momento: escutando seus fiéis, buscando juntos o discernimento para agir com muita coragem e vontade para edificar comunidades fortes e atuantes”.
O Arcebispo Metropolita ainda presidiu a “Panakheda”, fazendo a oração de despedida com o derramamento do santo óleo sobre a face do Padre Josafá. As exéquias foram concluídas com o sepultamento no cemitério local, no jazigo onde estão sepultados alguns padres diocesanos. Esses ritos finais foram realizados pelo Pároco de Mallet.
O Metropolita teve que retornar para a Colônia Marcelino finalizar o Curso de Formação de Catequistas e celebrar a formatura de duas novas catequistas.
O Padre Josafá Firman deixa um vazio no Clero da Metropolia e muitas saudades em inúmeros corações agradecidos pelos momentos compartilhados com ele.
Eterna é a sua memória – Вічна йому пам’ять!
Texto: Gislene Bartoski e Secretariado Metropolitano
Fotos: Gislene Bartoski (União da Vitória) e Wilson Surmacz (Mallet)