Metropolita em Paulo Frontin

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Entre os dias 14 a 17 de abril de 2016, o Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, OSBM realizou a Visita Canônica na comunidade ucraniana, situada na cidade de Paulo Frontin, pertencente à Paróquia Natividade de Nossa Senhora, com sede em Vera Guarani. Este artigo, baseado no relatório geral, é composto por quatro pontos: 1 – História, 2 – Informações gerais, 3 – Vida eclesial, 4 – Visita Canônica.

1. HISTÓRIA

A história da comunidade ucraniana de Paulo Frontin, dentro do contexto da Paróquia de Vera Guarani, já é longa, preservou sua documentação e, assim, pode ter uma elaboração mais sistematizada: 1. Início, 2. Organização da comunidade, 3. Desenvolvimento, 4. Igreja atual, 5. Movimento do Apostolado da Oração, 6. Irmãs Servas de Maria Imaculada.

1.1 Início

Paulo Frontin, como tantas vilas e cidades da região sul do Paraná, surgiu devido à construção da estrada de ferro Ponta Grossa – União da Vitória. O nome da cidade é devido em homenagem ao Engenheiro Paulo Frontin que coordenava a construção da estrada de ferro. As primeiras famílias se estabeleceram ao redor da estação ferroviária por volta do ano 1913-1914, entre elas algumas famílias ucranianas; geralmente já filhos de imigrantes à procura de emprego na ferrovia, vindos de Dorizon, Mallet, Serra do Tigre ou das diversas colônias ao redor de Vera Guarani, que na época era um povoado.

Seja o atual município de Mallet, de São Mateus do Sul e de Paulo Frontin pertenciam ao município de São João do Triunfo. Paulo Frontin por muito tempo foi distrito de Mallet. No dia 14 de dezembro de 1952 foi emancipado, tornando-se município. Na época, as famílias ucranianas frequentavam as igrejas de Dorizon, Vera Guarani ou Serra do Tigre. A comunidade foi crescendo e surgiu a necessidade de construir uma capela para as celebrações.

1.2 Organização da comunidade

Em 1936, foi adquirido o terreno, pouco mais de um alqueire, comprado por R$ 1.000,00 reis da família de Francisco Haner. De início, o terreno foi escriturado em nome da Mitra de Ponta Grossa, depois União da Vitória e em 2002 em nome da Mitra do Bispado Católico de Rito Ucraniano. A primeira igreja, muito pequena, de madeira, foi construída já em seguida à compra do terreno. Na época, a comunidade era atendida pelos Padres Emiliano Ananevicz e Pedro Protzkiv de Dorizon e de Mallet, antes da chegada das Irmãs e inclusive no tempo delas.

Em 1940, chegam a Paulo Frontin as Irmãs Servas de Maria e com elas grande impulso no desenvolvimento da comunidade ucraniana e de toda localidade. Seja antes da chegada das irmãs ou quando já estavam aí, sempre houve ajuda de voluntários nas celebrações como também no transporte, que se fazia de carroça, dos sacerdotes, destacando-se os “Dhiakê” Miguel Olenka, Miguel Dozoretz, Professor Estefano Mudrek e Miguel Kotelok.

A casa das irmãs passou a ser ponto de referência para todos os moradores, pois as irmãs, além de dar a assistência espiritual à comunidade, trabalhavam também como professoras e pedagogas, pois aí funcionava a escola e o posto de primeiros socorros aos doentes; as irmãs atendiam os doentes do jeito que sabiam e com o que tinham.

A capelinha não era mais suficiente para abrigar os fiéis. Começou-se então a construção de uma igreja maior, tendo à frente o Pe. Pedro Busko que era o Pároco de Vera Guarani e Dorizon. Parte da madeira, em especial os vigamentos, foram trazidos de Mallet da igreja da Colônia Três, desativada por motivo do início da construção da nova igreja Sagrado Coração de Jesus em Mallet. A madeira foi transportada em carroças por 17 quilômetros e a maior parte foi doada por fiéis e empresários, donos de serrarias. A construção foi feita em sistema de mutirão sob a coordenação do Sr. Miguel Tomkiv. Em 1943, ela estava pronta.

1.3 Desenvolvimento

Com a ida do Pe. Emiliano Ananevicz (1938) para os Estados Unidos e a morte do Pe. Pedro Protskiv (1941), a igreja São João foi espiritualmente atendida pelo Monsenhor Pedro Busko até o mês de maio de 1980, quando adoeceu e veio a falecer aos 14/07/1980. Com a morte do Monsenhor Pedro Busko, a comunidade da igreja São João Batista passou a fazer parte da Paróquia Natividade de Nossa Senhora, sendo que, na época, até 1987, o Pároco era o Pe. Sergio Hryniewicz.

Em 1988, assume a paróquia o Pe. Dionizio Zaluski. Nesta época, foi construída a casa paroquial em Paulo Frontin e o padre passa a residir aí em 1990. É necessário destacar o mérito do Pe. Dionizio na construção da nova casa, inclusive investindo muito do seu dinheiro, pois assim ficou mais fácil e prático para atender as outras comunidades.

Em 1996, assume a paróquia o Pe. Sergio Krasniak, que é natural de Paulo Frontin. Por breve tempo, foi pároco o Pe. Mário Carlos Lazoski (1999-2000), que foi transferido para a Paróquia de Cascavel onde coordenou a construção da nova igreja.

De 2001 até 2008, foi Pároco o Rev. Pe. Luiz Pedro Polomanei. Em maio de 2008, voltou à paróquia o Pe. Sergio Hryniewicz, que está à frente da mesma até o dia de hoje.

As famílias que do início deram sustento a comunidade foram: Andreiv, Badelhuk, Basniak, Berejanski, Bernartchuk, Boikivski, Bozek, Bulat, Busko, Cheika, Danelhuk, Demzuck, Diduch, Dolenei, Dozoretz, Feduniv, Gruba, Hohorodnek, Hretiuk, Hupalovski, Ivasko, Jaremtchuk, Karatchuk, Karpovicz, Katchka, Kinal, Kmita, Kohut, Kostiuk, Kovalhuk, Koziolek, Mudrek, Nos, Noviski, Olenka, Pech, Polistchuk, Prestupa, Procheira, Retcheski, Retkva, Romko, Sak, Skibinski,Sokolowskei, Steciuk, Suda, Svidnicki, Tchupernatei, Tomkiv, Treuk, Tutchak, Vacelek, Valigura.

A Catequese, desde 1940, sempre foi coordenada pelas Irmãs Servas de Maria Imaculada. Na Catequese de preparação para a Primeira Comunhão, conforme o projeto antigo, ministrava-se um ou dois meses, geralmente em janeiro e fevereiro, um curso intensivo. Desde 1990, quando foi implantado o novo plano da Eparquia de 3 anos (1º, 2º e 3º nível), a Catequese passou a ser dada aos sábados; e a Primeira Eucaristia passou a ser celebrada ao final do 3º nível. Em 1999, iniciou-se a construção das salas de catequese sob o comando do Pe. Mario Carlos Lazoski e foram concluídas em 2009 pelo Pe. Sergio Hryniewicz.

Nestes quase 80 anos de história da comunidade, ocuparam o cargo de presidente da Comissão Administrativa os seguintes senhores: João Retcheski, Estefano Mudrek, Miguel Demczuk, Pedro Skibinski (durante a construção da atual Igreja), Luiz Romko, Basilio Hupalovski, Estefano Danelhuk, Paulo Chupernate, Igor Demczuk, Zenóbio Bozek, Irineu Car, João Elias Pech e o atual, já no segundo mandato, Luiz Carlos Kohut.

1.4 Igreja atual

 A atual igreja São João Batista é fruto de muito sacrifício, doações e participação ativa da comunidade. Na época, tudo era difícil, a comunidade era pequena constituída de pequenos agricultores, operários, empregados das pequenas empresas (madeireiras), funcionários públicos e ferroviários. Mas o entusiasmo, a fé, o amor ao Rito e às tradições era muito grande.

A construção foi iniciada em 1966. A primeira parte estava a cargo da construtora Floressa de São Cristóvão e a conclusão a cargo do Sr. Haristo Rasera. Quase toda a mão ficou por conta de voluntários para abrir a fundação bem profunda. A igreja está alicerçada em cima de espessas cintas de pedras bem-dispostas, com preenchimento de areia e cal. As pedras eram extraídas pelos nossos fiéis e trazidas em carroças; a areia, extraída do Rio Sant’Ana; os tijolos, fornecidos pela cerâmica Pech. As paredes foram sendo construídas ao redor da igreja de madeira e, na medida em que se levantavam, eram retirados o beiral e algumas paredes até a demolição completa.

Por algum tempo, de 1971-1975, as celebrações realizavam-se numa das salas do novo colégio Madre Anatólia. Muita gente ajudou; além dos nossos fiéis, também os fiéis do Rito Latino, que sempre eram muito bem acolhidos pelo Monsenhor Pedro Busko. No dia de Missa, toda a cidade participava, as irmãs preparavam as crianças do Rito Latino para a Primeira Eucaristia. Foi assim até 1978, quando foi fundada a Paróquia do Rito Latino, sendo o primeiro Pároco o Pe. José Chipanski. Os senhores prefeitos da época ajudaram na medida em que podiam, bem como as empresas locais e DER na doação e transporte do material. Grande mérito é do Monsenhor Pedro Busko que, além da assistência espiritual, esteve sempre à frente da construção, incentivando, apoiando, coordenando e, inclusive, fazendo doações do seu próprio dinheiro para que a obra fosse concluída o quanto antes.

Chegou o dia esperado da inauguração da nova igreja, o que veio a acontecer aos 19 de outubro de 1975. Além da bênção da nova igreja, aconteceu também a primeira visita pastoral de Dom Efraim Basílio Krevey, OSBM.

Em 1978, o Sr. Antônio Petrek, depois de ter pintado a igreja matriz Sagrado Coração de Jesus de Mallet, a igreja Anunciação de Nossa Senhora em Cândido de Abreu, iniciou a pintura da igreja São João Batista. Trabalho delicado e difícil, mas em 1990 estava concluído, valeu a pena.

Em 1992, foi construído o atual salão paroquial e em 1997 a gruta em honra a Nossa Senhora de Lurdes.

Em 1987, foi feito o loteamento do terreno ao lado da igreja. Restando uma pequena área entre a rua e o terreno da igreja, ela foi adquirida na época, e hoje aí está o pavilhão e parte da casa paroquial. Em 2002, o terreno foi legalizado, tendo unificado e transferido em nome da Mitra do Bispado Católico de Rito Ucraniano.

1.5 Movimento do Apostolado da Oração

Com 34 mulheres, o movimento foi instaurado em 1938 pelo Pe. Emiliano Ananevitch.

Em 1940, com a vinda das Irmãs Servas de Maria Imaculada, o grupo passou a ser coordenado pelas Irmãs. Infelizmente, não foi encontrado nenhum registro de 1938 até 1958.

A partir de 1958, eram membros 44 mulheres. Os registros eram feitos em um livro de chamada com as intenções do mês. Comenta-se que os homens se reuniam em separado das mulheres.

De 1959 a 1968, eram 48 mulheres e em 1973 o grupo reduziu-se para 33 mulheres.

Em 1974, apareceu o primeiro registro de 17 homens ingressos no AO, totalizando 50 membros. Todas as reuniões até 1994 foram registradas em ata escrita em ucraniano.

Entre os anos de 1974 a 1999, o número de membros foi aumentando, apesar do falecimento de vários membros. Destaque para o ano de 1987, quando o grupo estava com 78 membros, dos quais 30 homens. Foi o ano do ingresso do Sr. Dionísio Retcheski.

De 1999 até hoje, o número de membros nunca foi inferior a 70. Destaque para 2015 – 84 membros.

1.6 Irmãs Servas de Maria Imaculada

No dia 22 de maio de 1940, chegaram a Paulo Frontin duas Irmãs Servas de Maria Imaculada: Ir. Teresa Tecla Katerenhuk e Ir. Apolinária Ana Museka. Elas vieram cheias de coragem e expectativas para atender o povo ucraniano que migrou da Ucrânia para o Brasil, chegando para o sul do Paraná através do Rio Iguaçu.

A história da presença das irmãs nesta localidade sempre registrou uma resposta aos apelos do carisma da primeira religiosa da Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada – Irmã Josafata Hordachevska, beatificada pelo Papa João Paulo II, recentemente canonizado: “ir lá onde há maior necessidade”, bem como atender as necessidades da Igreja na área da pastoral, espiritualidade, educação, saúde e assistência social.

As Irmãs Servas de Maria Imaculada, através de seu serviço apostólico, educativo e assistencial deram continuidade ao grande sonho da Bem-Aventurada Josafata em servir o povo “de todo o coração”, como aconteceu em Paulo Frontin. Fixando aqui sua residência com grandes dificuldades, as Irmãs iniciaram sua missão educativa numa escolinha construída pelos voluntários da comunidade, onde atendiam os adultos, instruindo-os para os desafios da vida, porque a pobreza era grande. Ensinavam Catecismo às crianças e aos jovens. Curavam os doentes com ervas medicinais. Atendiam as pessoas que vinham buscar alívio para suas dores, porque não existia naquela época hospital ou posto de saúde. Assim, as irmãzinhas faziam o bem a todos como podiam e com o material que tinham. Eram tudo para todos: professoras, missionárias e enfermeiras.

Como as famílias aumentavam e eram pobres e necessitadas de recursos, em 12 de janeiro de 1951, foi inaugurada mais uma construção de madeira com o nome Colégio Santa Ana, onde as irmãs atendiam crianças pobres e órfãs, em regime de internato e semi-internato, para as quais ministravam aulas de ensino religioso, cultura básica, artesanato, trabalhos manuais e domésticos. As Irmãs recebiam auxílio do Governo para a manutenção das crianças órfãs e pobres.

Para sobreviver e ajudar na manutenção do colégio e orfanato, as Irmãs trabalhavam no Grupo Escolar como professoras efetivas e administraram a escola do Governo de 1951 até 1974. Foram diretoras: de 1951 a 1958 – Ir. Eudocima Eufrosina Dobrovolski; de 1959 a 1968 – Ir. Efrema Josafata Spak e de 1969 a 1974 – Ir. Pelágia Maria Liszcyszyn.

Com o passar dos anos, o Colégio Santa Ana já não conseguia atender a demanda das crianças abrigadas, devido ao espaço e às necessidades da época. Aos 24 de agosto de 1966, iniciou-se a construção de um novo prédio em alvenaria para melhor atender as crianças pobres. A construção demorou vários anos por motivos financeiros, mas como a obra era divina, houve ajuda de benfeitores; e entre muitos sacrifícios e lutas incansáveis, o prédio foi concluído sob nova nomenclatura: Associação Amparo à Infância Madre Anatólia.

Desde 1980, a casa abriga meninas vocacionadas, isto é, pré-aspirantes, sob a responsabilidade de uma irmã formadora. Pré-aspirantado é uma etapa de formação inicial que possibilita à adolescente crescer no conhecimento de Jesus Cristo, nos valores humanos e cristãos, no desejo de conhecer o modo de vida das Irmãs Servas, como: oração, vida fraterna e missão apostólica para assim perceber a autenticidade de seu chamado à vida religiosa; aprofundar-se no conhecimento de si mesma e ser capaz de integrar-se no processo de formação pessoal. As irmãs dedicam o seu tempo na formação intelectual, espiritual, cultural, artística e social das pré-aspirantes.

Até os dias de hoje, as Irmãs Servas continuam o mesmo trabalho de formação específica de sua congregação e um intenso trabalho pastoral no âmbito da paróquia.

2. INFORMAÇÕES GERAIS

120 famílias pertencem à comunidade de Paulo Frontin. A composição social da comunidade é de tipo urbano e rural, incluindo funcionários públicos, empresários, operários, pedreiros, carpinteiros. O segmento rural e agrícola trabalha com soja, milho, feijão, fumo, melancia, leite, hortifrutigranjeiros, erva-mate, mel.

3. VIDA ECLESIAL

A vida eclesial da comunidade pode ser descrita considerando os seguintes pontos: administração, espiritualidade, Pastoral Catequética, movimentos e atividades culturais.

3.1 Administração

Liderada e orientada pelo Pároco Sergio Hryniewicz, que, naturalmente, é o Presidente, o atual Conselho Administrativo Paroquial, eleito no dia 09 de outubro de 2015, é assim constituída: Presidente-Executivo – Luiz Carlos Kohut; 1º Vice Presidente – João Stupka; 2º Vice Presidente – Marcos Bojek; Tesoureira – Letícia Ribeiro; 1º Vice Tesoureiro – Mario Antonio Kohut; 2ª Vice Tesoureira – Vania Paula Dias;  Secretário (os) –  Irineu Car, Dionisio Retcheski,  Claudete Kohut; Conselho Fiscal: Artemio Opaloski, Carlos Alberto Valigura, Celso Estefanski, Ircélio Carlotto, Januário Markievicz, Jerson Dias, Jeferson Pech, João Berezanski, Dionizio Retkva, Mario Kretski, Mario Polistchuk, Olindo Andreiv, Paulo Chupernate, Paulo Franczak, Zenóbia Zacarias Godoi. Patrimônio: Junior Chojnacki, Miguel Szeremeta, Vitor Markievicz, Zenóbio Bozek, Miroslau Koziolek, Maicon Bulat, José Francisco Kohut.

Ultimamente, a comissão providenciou a reforma do salão de festas, tudo de acordo com as novas exigências de higiene e segurança. Em breve, será feita a troca do telhado da igreja e depois a reforma da casa paroquial.

3.2 Espiritualidade

Como a casa paroquial em Paulo Frontin fica ao lado da igreja São João Batista e o padre aí reside, a comunidade tem o privilégio de ter muitas celebrações. Todo final de semana, às vezes no sábado e no domingo, outras vezes somente no sábado ou somente no domingo acontecem celebrações eucarísticas. Toda quarta-feira, a Divina Liturgia e a Novena a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é transmitida pela Rádio Cidade, que é uma rádio comunitária. Toda sexta-feira celebra-se a Divina Liturgia e a Novena ao Sagrado Coração de Jesus. Fazem-se celebrações nos dias de guarda, novenas de natal, Via-sacra e Dons Pré-Santificados na Quaresma, Celebração de Corpus Christi em conjunto com a Paróquia do Rito Latino.

É de se ressaltar o bonito trabalho dos Padres dos dois Ritos, Pe. Sergio e Pe. Levi, que trabalham unidos. Durante o ano são muitas as celebrações comunitárias, quando se reúnem os fiéis dos dois ritos; como também nas festas de confraternização e as festas do padroeiro, existe muita colaboração.

As religiosas da Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada diligentemente continuam sua missão das origens: cuidam e zelam pelos altares da igreja local. Aos sábados, atendem crianças, adolescentes e jovens na formação catequética, coordenam a Pastoral Catequética e realizam mensalmente as reuniões de formação aos pais dos catequizandos. Ainda coordenam a Catequese e auxiliam o pároco nas seguintes localidades: igreja Bom Jesus de Carazinho I, igreja São Miguel Arcanjo de Carazinho II, igreja Sagrada Família de São Roque, igreja Assunção de Nossa Senhora de Vargem Grande. Organizam e conduzem grupos do Apostolado da Oração, jovens e do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ). Aos domingos, ensaiam cantos litúrgicos, preparam o povo para a Divina Liturgia, visitam as famílias, os doentes e as pessoas idosas da comunidade, levando palavras de conforto e apoio espiritual. Organizam cursos de “pêssanka”, língua ucraniana e artesanato. Toda a missão que as irmãs realizam oferecem para a maior Glória de Deus, Louvor a Maria e a paz entre as pessoas de boa vontade.

3.3 Pastoral Catequética

Como pastoral organizada, é a Pastoral Catequética que atua muito bem na comunidade de Paulo Frontin. São 43 crianças distribuídas em quatro turmas, incluindo a pré-catequese.

As Irmãs Servas sempre foram as coordenadoras; atualmente, é a Ir. Anselma Peremida, SMI que conta com a colaboração voluntária de catequistas leigas, algumas com o curso completo: Letícia e Luana Ribeiro, Claudilene Kohut e Raissa Dias (3º ano) e a auxiliar Lucia Polistchuk.

Também é de se destacar a colaboração da Equipe de Apoio à Catequese, sempre formadas por pais que têm filhos na Catequese, eleita para dois anos. A equipe atual é assim constituída: Leandra e Mario Kretzski, Vania Paula Dias, Rosália Novak, Cleonice Dias, Miguel Szeremeta.

A “kolhada” está a cargo da referida equipe e das crianças que visitam não só as famílias ucranianas, mas também são muito bem recebidas pelas famílias do Rito Latino. As doações são destinadas para a Catequese.

No dia das mães, é realizado o jantar de confraternização. As crianças recebem presentes por ocasião da Páscoa, dia das crianças e no encerramento do ano catequético.

3.4 Movimentos

Como em todos os lugares, também aqui o Movimento do Apostolado da Oração é o mais forte. Existe ainda o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ).

3.4.1 Movimento do Apostolado de Oração

Se, de um lado, é grande a importância da presença das Irmãs Servas de Maria, por outro, o grupo do Apostolado da Oração sempre foi e continua sendo muito importante na comunidade. Fundado em 1938 pelo Pe. Emiliano Ananevitch, em todo esse tempo nunca deixou de existir ou realizar seus encontros mensais.

Foram coordenadores – “revnetelhkas”: Vanda Skibinski, Joana Retcheski, Maria Hupalovski, Helena Procheira e o atual Mario Polistchuk, no terceiro mandato. Ainda fazem parte da atual coordenação: secretários Dionisio e Maria Irene Retcheski, Tesoureiros João e Tereza Stupka.

Em 2013, quando a atual Diretoria assumiu, o grupo contava com 83 membros.

No período de 2013 a 2016, o AO reuniu-se normalmente todos os meses coordenados pela Ir. Anselma. Todas as reuniões foram registradas em livro de atas e as presenças registradas em livro de chamada.

Atualmente, o AO conta com 81 membros, sendo 26 homens e 55 mulheres.

3.4.2 Movimento Eucarístico Jovem

O grupo do MEJ é coordenado pela Ir. Izaura Martenichen, SMI e as professoras Vania Paula Dias e Rosália Novak. Conta com mais de 25 integrantes. Os maiores estão sendo preparados para formar o novo grupo de jovens.

3.5 Atividades culturais

Em 2014, foi reativado o grupo folclórico, começando com o grupo infantil, sob a coordenação da Professora Cristiane Pech Nepomuceno, sempre com o apoio das Irmãs Servas e da Equipe de Apoio à Catequese.

Hoje, mais de 25 crianças fazem parte do grupo, ao qual foi dado o nome de “Zirka”, que significa estrelinha. O grupo já se apresentou diversas vezes, sendo muito aplaudidos.

4. VISITA CANÔNICA

O Arcebispo Metropolita Dom Volodemer esteve em Visita Canônica na comunidade de Paulo Frontin entre os dias 14 a 17 de abril de 2016. A seguir, o diário dessa visita.

14 de abril – quinta-feira

Tendo presidido a Assembleia Geral da Casa de Repouso Nossa Senhora do Patrocínio em Marcelino na parte manhã e fazendo uma rápida visita ao Seminário São Josafat de Mallet na parte da tarde, o Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, OSBM chegou a Paulo Frontin pouco antes das 19 horas. Ele foi hospedado na casa paroquial. As Irmãs Servas lhe ofereceram um jantar do qual também participou o Pároco Sergio Hryniewicz.

15 de abril – sexta-feira

Durante o dia, o Metropolita sistematizou e fez algumas correções e complementações no texto do relatório geral sobre a comunidade de Paulo Frontin.

O almoço foi servido na casa das Irmãs Servas. O Pároco também participou.

Após o almoço, Dom Volodemer fez registros fotográficos e verificou a manutenção da igreja, casa paroquial e do salão de festas. Juntamente com as Irmãs, ajudou a preparar as celebrações desses dias.

Às 18 horas, Dom Volodemer foi jantar na casa do Sr. Olindo Andreiv e Sra. Daria Diduch Andreiv, pais do Pe. Marcos Cézar Andreiv. Ao lado da residência do Sr. Olindo, mora a família do Sr. Januário Diduch casado com Olga Blaszko Diduch. Januário é irmão da Sra. Daria.

Às 19 horas, um grande número de paroquianos se reuniu em frente à igreja para receber o Arcebispo Metropolita. Vânia Paula Dias, que é professora, uma das coordenadoras do MEJ e 2ª tesoureira, fez o discurso de boas-vindas e dirigiu a cerimônia de recepção. Vânia relatou as expectativas em relação à visita: “Estamos felizes pelo privilégio de termos a graça de sua visita, como pastor, que chega até nós, para estar conosco, sentir os nossos anseios, escutar e dialogar com as diversas pastorais, reavaliar a nossa caminhada e reavivar os valores religiosos e étnicos de nossa comunidade. Desejamos que a sua visita produza resultados significativos para o nosso crescimento espiritual; que traga maior conscientização sobre o verdadeiro sentido de Igreja; maior integração entre as diversas lideranças pastorais existentes; maior incentivo e participação de nossas crianças, adolescentes, jovens e casais; maior interação de todos para com todos e um fortalecimento espiritual e moral de nossas famílias”.

A menina Mariana Markievicz entregou ao Metropolita um ramalhete de flores e o menino Nicolas Franczak, um presente. O Presidente-Executivo Luiz Carlos Kohut e sua esposa Claudilene do Rocio de Brito Kohut o saudaram tradicionalmente com pão e sal. O Pároco Sergio Hryniewicz cumprimentou o Arcebispo como o bom pastor, que vem conhecer de perto o seu rebanho.

Adentrando a igreja, foram lidas as intenções e iniciada a Divina Liturgia, toda cantada, com a homilia introdutória do Arcebispo Metropolita, que também fez uma reflexão sobre a misericórdia a partir da parábola do bom samaritano.

Após a celebração, dentro da igreja, porque o salão está com cheiro forte de tinta, houve uma reunião dos membros do Conselho Administrativo Paroquial, que auxiliou o Arcebispo na complementação do relatório geral e também pôde tirar suas dúvidas e pedir alguns conselhos práticos.

16 de abril – sábado

Às 9 horas, Dom Volodemer teve um belo encontro com as crianças da Catequese, adolescentes do MEJ, catequistas, alguns pais e a Equipe de Apoio à Catequese. Ir. Anselma Peremida, SMI – Coordenadora Geral da Catequese, fez uma explanação detalhada dos trabalhos catequéticos realizados e apresentou separadamente os diversos grupos. O Metropolita continuou a reflexão aberta ontem sobre a parábola do bom samaritano. Depois, ele sorteou vários prêmios e distribuiu pirulitos. Numa das salas de Catequese, ele teve ainda um encontro reservado com as catequistas.

Às 11:45, o Pároco levou o Arcebispo à Rádio Cidade FM 87,9, onde o radialista Sr. Ernani Kruk pediu para que o prelado comentasse sua visita em Paulo Frontin e desse uma mensagem para os ouvintes. Ernani trabalha com o Sr. Egidio Vial, o qual explicou a fundação, a manutenção e o funcionamento dessa rádio comunitária.

Daí, Dom Volodemer dirigiu-se para a casa do Sr. João Stupka, Vice-Presidente Executivo, casado com Tereza Kravetz Stupka, onde almoçou.

Às 18 horas, houve um encontro com os membros do Apostolado da Oração, quando compareceram praticamente todos os membros que compõem o grupo de Paulo Frontin. O secretário Sr. Dionisio Retcheski apresentou as atividades do grupo e um breve histórico do movimento. O Arcebispo Metropolita falou sobre a espiritualidade do Apostolado da Oração, comentando as “seis pilastras que fundamentam a casa do movimento”: oferecimento diário – vida de oração, sentir com a Igreja – formar comunidade, vida eucarística – vida sacramental, devoção ao Sagrado Coração de Jesus – espiritualidade do amor, devoção a Maria Santíssima – espiritualidade mariana, devoção ao Espírito Santo – dinamismo da vida cristã e eclesial.

Às 19 horas, foi celebrada a Divina Liturgia em português, com a animação de um grupo de músicos ligados ao MEJ. A homilia discorreu sobre o grande amor de Deus para com a humanidade, que chega a ser tematizado como “amor louco de Deus” (Paul Evdokimov) e “loucura de Deus – Cristo segundo João” (Alberto Maggi).

O jantar foi oferecido pela família do Sr. Dionisio Retcheski e Maria Irene Retcheski.

17.04.16 – domingo

Com início às 9 horas, foi celebrada a Divina Liturgia solene pontifical, com a concelebração do Pároco Sergio Hryniewicz e do serviço litúrgico do Diácono João Basniak, que trouxe dois acólitos de Mallet: Tiago Oszust e o seminarista Gabriel Lenartovicz. Em sua homilia, Dom Volodemer falou sobre a urgência da implantação da Pastoral Familiar a fim de que as famílias e muitos casais possam realmente receber o auxílio misericordioso, canônico, pastoral e humano da Igreja.

O almoço de confraternização, reunindo as principais lideranças paroquiais, aconteceu na casa da Sra. Maria de Brito, sogra do Presidente-Executivo Sr. Luiz Carlos Kohut, que é casado com Claudilene do Rocio de Brito Kohut. O evento foi muito alegre e teve a animação musical do Sr. Antônio Moreira que, juntamente com seus dois filhos, já lançou três CDs, presenteando-os ao Arcebispo. Algumas pessoas da família celebraram seus aniversários. A festa contou depois com a presença do Pároco latino Pe. Levi Godoi.