Mejistas se encontram na Serra do Tigre

Domingo, dia 30 de julho de 2023, na Serra do Tigre, na comunidade São Miguel Arcanjo, Paróquia de Dorizon, totalizando 130 participantes, aconteceu um belo encontro regional do MEJ com as seguintes comunidades: União da Vitoria, Antônio Olinto, Vera Guarani, Rio Azul, Dorizon, São Cristóvão, Serra do Tigre, Paulo Frontin e Cândido de Abreu. Apesar do denso nevoeiro, que encobriu a serra até a hora do almoço, e do frio intenso, os adolescentes estavam firmes e animados.

No salão de festas, a Coordenadora Ir. Alice Bartoski, SMI deu as boas-vindas e dirigiu a oração inicial com as palavras vida e tempo, que nos são dadas por Deus.

Após a oração, a senhora Marli Painko, da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Curitiba, trabalhou o tema do perdão em quatro etapas: 1ª – Quais são as qualidades da pessoa escolhida? 2ª – Quais foram as coisas que essa pessoa fez para você, que não perdoa? 3ª – Quais foram as coisas que você fez para essa pessoa, que possa ter ferido? 4ª – O perdão é uma decisão; você decide perdoar tudo, lembrando de mente e coração! Marli insistiu no olhar do nosso coração pelo qual se olha afetivamente, ou seja, com amor, para outras pessoas, percebendo seus acertos, que nos alegram, e também seus erros, que nos machucam. E para se libertar das feridas, é preciso perdoar, como Jesus nos ensina. Após um exercício mental, de olhos fechados, foram feitas algumas partilhas interessantes.

Dando continuidade, o Pe. Thiago Protexe, vindo de Prudentópolis, ministrou a palestra sobre a vocação, fazendo eco ao Ano Vocacional: Vocação: graça e missão – corações ardentes e pés a caminho! Ele falou sobre a multiplicidade de vocações, que podem ser classificadas em quatro categorias, isto é, somos chamados: à vida; a sermos pessoas humanas; a sermos cristãos; a prestarmos serviços específicos na Igreja e na sociedade. “A Igreja é um barco que abarca todas as vocações: como o Corpo Místico de Cristo, precisamos do corpo, precisamos das nossas mãos, uma ajudando a outra, uma pessoa precisa da outra. A Igreja precisa da universalidade”, enfatizou Pe. Thiago.

Para concluir este momento, foi realizada a dinâmica com a pipoca. Todos receberam um pacotinho de pipoca e um grão de milho, tendo o cuidado para não perder o grão de milho e não comer a pipoca até a permissão pelos coordenadores. O Pe. Thiago explicou os elementos necessários para a transformação da pipoca: a panela, o azeite, os grãos, o óleo, o sal, o fogo. “Nós precisamos nos sentir pertencentes à comunidade. Eu preciso do meu irmão e da minha irmã. A panela é minha Igreja. Eu sozinho não faço a diferença. Precisamos do óleo que usamos no batismo. Precisamos de sal para dar o sabor. Precisamos das pessoas que trazem ânimo”, explicou o palestrante.

Reunidos na histórica igreja consagrada a São Miguel Arcanjo, antes da Divina Liturgia, os diversos grupos das comunidades de onde vieram trouxeram vários símbolos, que foram sendo comentados: banner do ícone de São Josafat, cruz, alianças, folha de palma, vela e Bíblia.

A Divina Liturgia foi celebrada pelo Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch e concelebrada pelos Padres Thiago Protexe – Vigário Paroquial da Paróquia da Catedral de Prudentópolis, Luiz Pedro Polomanei – Pároco de Mallet, Michael Barbusa – Reitor do Seminário Menor de Mallet, Vassilio Burko Neto – Pároco de Dorizon.

Após os “tropários”, um grupo numeroso de adolescentes das comunidades ingressou no Movimento Eucarístico Juvenil, fazendo a promessa de fidelidade a Cristo eucarístico e à Igreja e recebendo os distintivos do Movimento.

Antes de proferir a homilia, Dom Volodemer apresentou aos mejistas a relíquia de São Josafat, trazida do Seminário Menor São Josafat de Mallet, e a colocou em destaque no “tetrapod”. A partir das leituras deste 9º Domingo, ele fez uma reflexão em que focalizou Jesus como o centro de tudo e fundamento da construção, que é a comunidade eclesial e cada cristão. Comentando o fato de Jesus caminhar pelas águas do mar agitado, ele explicou que isso simboliza os poderes do mal sobre os quais Ele tem controle. E nós, viajando nestes mares da vida, enfrentamos tantos males, dificuldades e crises. Precisamos, então, encarnar em nossa vida o que Jesus nos ensinou e não o ver como “fantasma”. Precisamos pedir socorro quando estamos afundando. A epístola nos faz um alerta sobre a construção da comunidade e da nossa pessoa, que é templo do Espírito Santo. Alguns constroem com palha, feno, barro; mas nós devemos construir a nossa comunidade e a nossa casa pessoal com prata, ferro ou ouro, que quer dizer valores. Dom Volodemer usou a metáfora do escultor Michelângelo, que vendo uma pedra de mármore, ele via uma figura a ser libertada. Assim, também nós, precisamos esculpir em nós a figura de uma pessoa boa, cristã, consagrada, um bom profissional.

No final da celebração litúrgica, o sol apareceu e toda a bela paisagem ao redor da Serra do Tigre se tornou visível aos visitantes, aquecendo a temperatura e animando a todos.

Após o gostoso almoço, preparado pela comunidade local, foram realizadas atividades recreativas, incentivando a participação e entrosamento entre os grupos. Sob um céu azul e sol radiante, Ir. Alice animou algumas “hailkas”. Depois, os adolescentes da Comunidade da Serra do Tigre apresentaram um teatro sobre a vida de São Josafat. Em seguida, os adolescentes foram questionados com algumas perguntas sobre o estudo realizado nas comunidades: – Quais aspectos da vida de São Josafat te encantaram? – Quais qualidades virtudes você percebeu? – Quais exemplos você pode praticar?

Sob a orientação da Marli, os mejistas montaram a sua Roda da Vida no dia de hoje, focando os valores: solidariedade, respeito, liberdade, lazer, família, espiritualidade, saúde, amigos… Cada valor foi avaliado com uma nota. Foi uma reflexão sobre a vida que estamos vivendo na atualidade com o objetivo de auxiliar e favorecer a melhor escolha na caminhada pessoal. Marli relatou a história de sua própria vida, dando exemplos maravilhosos. Foram momentos vivenciados com muito ardor e que hoje trazem a satisfação na sua profissão e, principalmente, na sua vida pessoal. Prosseguindo, ela solicitou que cada um desenhasse outra roda, ligando os pontos. A dinâmica serviu para que os participantes tivessem uma fotografia da própria vida. E isso foi reforçado por algumas perguntas: O que vou fazer para melhorar as minhas notas até o fim do ano. O que vou fazer do dia 01 de setembro até o dia 31 de dezembro? O que eu me comprometi a fazer? Marli sugeriu assistir a um vídeo ou ler algum texto sobre inteligência emocional. E ainda pediu para que a Roda da Vida fosse compartilhada.

Na reflexão final, os adolescentes foram interrogados: Por que valeu a pena estar aqui hoje? Qual o perdão que você leva hoje daqui? Eles receberam uma ordem: Nunca julgar os outros, mas sempre ajudar! Finalizando o encontro, foi feito o sorteio de brindes, a entrega de lembrancinhas e se fez a dança do “korovai”.

Texto: Ir. Alice Bartoski, SMI e Secretariado Metropolitano

Fotos: Wilson Surmacz