Jovens marianos na Paróquia de Reserva

Dando continuidade a suas Visitas Pastorais, dentro das possibilidades pandêmicas, o Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch esteve na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Reserva da tarde do dia 30 de outubro até a manhã do dia 01 de novembro de 2020. O auge dessa visita, que trouxe muito contentamento aos agentes de pastoral da Paróquia e ao próprio Metropolita foi a cerimônia de recepção de 13 jovens que, durante a Divina Liturgia do sábado à noite, ingressaram no Movimento da Congregação Mariana.

Sexta-feira, dia 30 de novembro, após uma noite de chuva leve, com a temperatura baixando drasticamente, Dom Volodemer participou da primeira parte de uma importante reunião com os canonistas da Metropolia, incluindo o Pe. Fabiano, Reitor do Seminário da Arquidiocese de Curitiba.

Saindo de Curitiba pelas 10h30min e almoçando num restaurante na região de Ponta Grossa, o Metropolita chegou ao destino pelas 15h30min, sendo recebido pelo Pároco Josafat Roiko. Depois que um paroquiano eletricista trocou as lâmpadas, ele se instalou no quarto que lhe foi preparado. As Irmãs Basilianas serviram-lhe um lanche. Elas estão em três: Ir. Mateia Grestchuk, Ir. Lucia Salkovski e Ir. Thays Hamulak. Às 18h30min, generosamente, elas ofereceram o jantar, sempre com a presença do Pároco.

Após a janta, em companhia do Pe. Josafat, o Metropolita foi conversar um pouco com um grupo de nove jovens, que participaram do Santo Terço e estavam ouvindo as explicações da jovem Ir. Thays para a recepção no Movimento da Congregação Mariana amanhã durante a Divina Liturgia.

Sábado, último dia de outubro, o dia amanheceu com céu nublado e muito frio, fora do normal. Mais ou menos às 09h30min, na secretaria da casa paroquial, o Metropolita conversou com o Pe. Josafat e a Ir. Thays sobre a recepção dos jovens no Movimento da Congregação Mariana. Eles falaram um pouco sobre a iniciativa em renovar o movimento na Paróquia.

Grupos de jovens sempre existiram, mas sem uma identidade e sem uma espiritualidade definida. Com o incentivo do Pároco, a vinda da Irmã Thays em julho de 2019, o trabalho da Metropolia, tendo à frente o novo Coordenador da Pastoral da Juventude na pessoa do Diácono Samoel Hupolo, os jovens se interessaram e assim as forças confluíram e possibilitaram a formação de um grupo mariano. Recentemente, o Diácono Samoel, vindo de Mallet, a jovem Ir. Simone Prestupa, ISJ e a jovem Gislaine Bartoski, vindas da Paróquia Santíssima Trindade de São Cristóvão, União da Vitória, estiveram na Paróquia, reunindo mais ou menos 35 jovens da matriz e das comunidades adjacentes. Eles apresentaram a metodologia de trabalho e animaram para formar o grupo mariano.

Há mais um menos um ano, Ir. Thays assumiu o acompanhamento do grupo e já vinha focando no Movimento Mariano. Aproveitando a dinâmica do ano litúrgico, em setembro do ano passado, quando iniciou o ano, falando sobre a Festa da Natividade de Nossa Senhora, ela explicou o significado da presença de Maria na Igreja, sobretudo nas Igrejas Orientais, e a correspondente espiritualidade. Ela falou também sobre a história do movimento e sua força dentro da Igreja. O grupo começou com sete jovens, que foram trazendo seus namorados e amigos, chegando a formar um grupo com mais de 20 jovens. Serão uns 25 jovens no próximo ano. 14 deles foram preparados para a recepção.

O Pároco Josafat destacou o trabalho paroquial em conjunto, que resultou na retomada da Pastoral da Juventude e a formação do grupo mariano, reconhecendo especialmente os esforços da Pastoral metropolitana com a atual equipe, muito dinâmica, e da Ir. Thays.

Por sua vez, Ir. Thays relatou que foram os próprios jovens que vieram solicitá-la para formar um grupo de jovens e ela lhes propôs uma espiritualidade mais específica – a espiritualidade mariana. Segundo a jovem religiosa, uma característica a ser destacada nesse grupo é que, ao contrário de outros lugares em que os jovens encontram desculpas (estudo, trabalho, vida social) para não fazer parte, os membros do grupo de Reserva incorporam sua realidade social na vivência: eles “se ajudam, se comunicam e tudo o que lhes é proposto, eles abraçam, dão suas ideias, suas impressões e fazem aquilo se transformar e criar vida no movimento”.

Depois desse diálogo, o Pároco explicou a Dom Volodemer as melhorias que estão sendo realizadas na parte do presbitério da igreja matriz. O altar principal e os dois laterais estão sendo talhados em madeira pela Tudo Arte de Irati, cujos donos e operários são evangélicos. A construção da iconóstase será para mais tarde. Entrando no enorme centro de eventos, o Pároco lembrou a ampliação já realizada no pavilhão e informou que, quando houver recursos, receberá novos elementos.

O almoço foi com as Irmãs. O sol apareceu um pouco e logo se escondeu, mas voltou a brilhar durante a tarde. Mas o frio persistiu.

Às 19 horas, foi dado início à Divina Liturgia em português, presidida pelo Metropolita e concelebrada pelo Pároco. Entoado um canto mariano, a jovem Marcia Cristina Baranhuke, que se preparou para ingressar no Movimento da Congregação Mariana, proferiu um discurso, saudando o Metropolita em nome da comunidade, como aquele que “vem nos trazer esperança, alento, sustento e renovação de nossa fé”. Ela ainda disse: “A sua presença nos proporciona crescimento, fortalecimento de nossa fé, e nos incentiva a sermos cada vez mais católicos engajados na busca de um mundo melhor”.

Após os “troparios”, foi celebrado o rito pelo qual 13 jovens (um jovem não pôde vir porque tinha que trabalhar) ingressaram no Movimento da Congregação Mariana. Primeiramente, a Ir. Thays, que os preparou, fez uma introdução, citando alguns pensamentos de São Carlos Borromeu, grande divulgador dos movimentos marianos, que “são como arcas de Noé, onde os pobres pecadores encontram refúgio contra o dilúvio diário”.O Movimento Mariano proporciona aos seus membros, muitos meios de defesa contra o inferno e fornecem-lhes, para conservar a graça divina, muitos meios que fora dele dificilmente serão alcançados”, explicou ela. Ir. Thays concluiu sua fala animando os jovens para uma autêntica vida espiritual: “Que este dia, queridos jovens, seja um marco na vida de vocês e seja também um passo a mais no caminho de busca da santidade, vivendo com compromisso as suas obrigações e com amor dedicando-se a vida sacramental”. São eles: Alessandro Lima Konopacki, Claudio Fernando Baranhuke, Luiz Felipe Lima Konopacki, Marcia Cristina Baranhuke, Mayla Caroline Trelinski da Luz, Samara Verenka Cieniava, Silvia Spack, Taisa Camila Domingues, Cassiano Ribiski, Isaac Sedor, Luiz Gustavo Vozniak, Maria Helena Pisini.

Em sua homilia, Dom Volodemer manifestou sua alegria e satisfação em celebrar o rito de recepção dos jovens marianos e explicou a missão dos movimentos na Igreja, que é o de formar verdadeiros cristãos, católicos, e ajudá-los a viver sua fé no mundo e na sociedade. Especialmente, ele enfatizou a beleza e a força apostólica do Movimento da Congregação Mariana.

Domingo, 1 de novembro, às 08h30min, foi dado início à Divina Liturgia em ucraniano, com as leituras bíblicas em português e as partes principais cantadas, celebrada pelo Arcebispo Metropolita. O Pároco Josafat atendeu confissões durante meia hora e, acompanhado pela Ir. Thays, foi celebrar na Colônia Serra dos Macacos.

Interpretando os textos deste 22º domingo do tempo comum (Gl 6,11-18 e Lc 16,19-31), em sua homilia, o Metropolita falou sobre a salvação e suas mediações, nas quais estão incluídos os movimentos eclesiais, como o MEJ, a Congregação Mariana e o Apostolado da Oração. Enfatizou a necessidade de colaborar com a salvação dada por Deus: “ninguém se salva sozinho; quem não colaborar para a salvação de alguém não é digno da própria salvação”, disse o pregador.

Após a celebração litúrgica, houve a reunião do Apostolado da Oração, cujo grupo é coordenado pela Ir. Mateia Grestchuk, OSBM e pela Zeladora Sra. Irene Starustchak Makoski. Reuniram-se cerca de 20 membros, a terça parte do grupo existente na Paróquia, sempre respeitando as normas emanadas pelas autoridades sanitárias por causa da pandemia do Covid-19.

Rezadas as orações iniciais, Dom Volodemer explicou a intenção pela evangelização, que contempla o tema da inteligência artificial com o seguinte pedido: “Rezemos para que o progresso da robótica e da inteligência artificial esteja sempre ao serviço do ser humano”. Usando o exemplar da Revista Missionário, ele citou e comentou uma frase do Papa Francisco: “A IA oferece um enorme potencial quando se trata de melhorar a  coexistência social bem-estar pessoal, aumentando as capacidades humanas e possibilitando ou facilitando muitas tarefas que podem ser realizadas de forma mais eficiente e eficaz”. Detalhou a explicação de que em todas as coisas é necessário aplicar o uso correto – sempre para o bem de todos, para melhorar e não piorar. Com certo espanto, o Metropolita citou um estudo recente que, pela primeira vez, constatou que as novas gerações estão tendo QI inferior ao de seus pais por causa do mau uso das tecnologias, mas também por outras causas, como o excesso de pesticidas nos alimentos.

Com o Pároco Josafat, o Metropolita almoçou na casa das Irmãs. Descansando um pouco, às 14h30min mais ou menos, ele partiu de volta para Curitiba, agradecendo ao Pároco e às Irmãs pelo trabalho pastoral e lhes desejando sucessos contínuos com as graças divinas.

Secretariado Metropolitano