O domingo, dia 13 de setembro de 2020, foi especial para a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, conhecida como “Paróquia do Martim Afonso”, que fica no centro de Curitiba, mais precisamente no Bairro São Francisco, próximo da Telepar. Apesar da situação ainda muito restritiva por conta da pandemia do coronavírus, as lideranças paroquiais decidiram iniciar as celebrações presenciais um pouco mais abertas aos fiéis, sempre respeitando as normas sanitárias emanadas pelas autoridades estaduais e municipais. E o motivo principal foi a comemoração de duas datas importantes: 50 anos da inauguração da nova igreja e 25 anos de vida sacerdotal do Pároco Eufrem Krefer, OSBM e do Vigário Paroquial Elias Marinhuk, OSBM.
A primeira igreja no local, de madeira, foi construída entre 1900 e 1902 e a segunda em 1930. A Paróquia foi criada no dia 17 de dezembro de 1951 por Dom Manuel da Silveira d’Elboux, Arcebispo de Curitiba. A terceira igreja, em alvenaria, foi construída entre 1963 e 1970. Um fato curioso é que ela foi construída em volta da segunda. Ideia bem interessante, uma vez que igrejas no geral são construções demoradas, grandes e dependem dos recursos da comunidade. Assim, durante a construção, as celebrações continuaram no mesmo local. A consagração aconteceu no dia 6 de dezembro de 1970, efetuada por Dom José Romão Martenetz, OSBM. A atual igreja é considerada um dos cartões postais de Curitiba pela sua belíssima e majestosa arquitetura bizantino-ucraniana. Segundo informações do Pe. Domingos Starepravo, OSBM, que esteve presente na celebração jubilar, ela foi projetada pelo Pe. Clemente Bjukhovsky, OSBM, que era arquiteto profissional.
Iniciando a celebração às 9 horas, a Presidente-Executiva do Conselho Administrativo Paroquial Elisabete Maria Maciura Beltrame leu as intenções, saudou o Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch e a todos e, especialmente, os dois Padres Jubilares Eufrem e Elias, que neste ano, constituíram “uma dupla pra lá de especial” e “completaram o ramalhete de graças” recebidas de Nossa Senhora Auxiliadora, celebrando bodas de prata de vida presbiteral. “Ao chamado de Deus e da Igreja, o Padre Eufrem e o Padre Elias foram fortificados pelo amor de Maria Santíssima e, como Ela, pronunciaram o seu ‘sim’ com generosidade”, complementou a Líder paroquial.
A Paróquia possui um grupo de bons cantores e cantoras, dirigidos pelo Maestro Mário Tkaczuk, que preencheram o grandioso templo com sons harmoniosos de louvor ao Senhor. A Divina Liturgia foi transmitida pelo Facebook, sob os cuidados técnicos do Seminarista João Paulo Vituriano, OSBM. Presidida pelo Metropolita, foi concelebrada pelos seguintes sacerdotes basilianos: Superior Provincial Antônio Zubek, Pároco Eufrem Krefer e Vigários Paroquiais Elias Marinhuk, Domingos Starepravo e Arsenio Krefer.
Em sua homilia, Dom Volodemer falou um pouco sobre a origem da Festa da Exaltação de Santa Cruz, que será celebrada hoje e amanhã, e o significado da cruz conforme as duas leituras bíblicas de hoje. São Paulo (Gl 6,11-18), buscando sempre a nova criatura em Cristo, se diz crucificado para o mundo do pecado e, se ele tem algo com que se gloriar, é somente a cruz de Cristo. O Evangelista João (Jo 3,13-17) transmite uma mensagem que nos faz entender a cruz como uma ponte pela qual Jesus desceu dos céus e pela qual ele subiu para a glória junto do Pai. A razão disso é a seguinte: “Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). E a nossa resposta a esse grande amor de Deus deve ser dada pela vida teologal nas três virtudes da fé, esperança e amor, fazendo sempre a vontade do Pai, como fez Jesus, “até mesmo deixando-nos crucificar por causa dele”.
Ao final da celebração, o Metropolita saudou toda a Paróquia e os dois Jubilandos Padres Eufrem e Elias, que foram enaltecidos por um solene “Mnohaia lita”. Tomando a palavra, o Pároco Eufrem agradeceu pelas homenagens jubilares e pela colaboração dos paroquianos, entre os quais sempre aparecem bons líderes prontos a colaborar, falou um pouco sobre o significado histórico da igreja jubilar e explicou alguns detalhes da promoção paroquial de organizar o almoço festivo da Festa da Padroeira na forma “drive-thru”.
Hoje, seria realizada uma grande celebração litúrgica e festa popular, o que, evidentemente, nas condições pandêmicas, é impossível. De qualquer forma, um grupo significativo de paroquianos se dedicaram no preparo dos alimentos; e o serviço em “drive-thru”, realizado pela primeira vez, foi além das expectativas. Os celebrantes degustaram um almoço saboroso nos recintos da casa paroquial e os paroquianos operários, após terminarem o serviço de entrega dos pratos feitos, puderam almoçar no salão paroquial com muita alegria e animação. Foi uma festividade simples, mas muito confortante pelo fato de favorecer a confraternização da comunidade paroquial, ao menos dos mais próximos dedicados.
Nossa Senhora Auxiliadora, proteja a igreja jubilar, os Padres Jubilares e todos os paroquianos, e auxilie a todos a serem bons servidores do Reino!
Secretariado Metropolitano