Falece Padre Josafat Gaudeda

Na manhã do dia 1º de dezembro de 2025, segunda-feira, por volta das três horas da madrugada, na Santa Casa de Prudentópolis, aos 84 anos, o Pe. Josafat Gaudeda partiu deste mundo para seu encontro com o Juiz Divino. O sacerdote faleceu em decorrência de complicações de um recente quadro de pneumonia, agravado por uma saúde fragilizada que, há anos, carregava como parte de sua cruz.

As exéquias tiveram início logo que seu corpo foi liberado e transferido para a Catedral Imaculada Conceição, lugar onde Pe. Josafat habitava desde 2021. As celebrações da Divina Liturgia sucederam-se às 14h, 17h e 19h. A primeira foi celebrada pelo Pe. Pedro Fulop – Vigário Paroquial da Catedral Imaculada Conceição. Às 17h, o Pe. Edson Ternoski – Reitor do Seminário Maior São Josafat de Curitiba presidiu a Liturgia, concelebrada pelos Padres Ricardo Mazurek Ternovski – Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Reserva, Tarcísio Zaluski, OSBM – Vigário Paroquial da Paróquia São Josafat em Prudentópolis, Metódio Techy, OSBM – Pároco e Superior do convento basiliano em Ivaí, Juliano Slominski, OSBM – Vigário Paroquial em Ivaí, sendo servida pelo Diácono Alexandre Hanchuck. O Pe. Tarcísio, grande amigo de infância do Pe. Gaudeda, proferiu a homilia, lembrando que o falecido sacerdote deixou sua marca em todas as comunidades por onde passou, sendo definitivamente recordado pelo zelo ao Evangelho e pelo amor à Igreja. Ao final da celebração, o Bispo Eparca Dom Meron Mazur presidiu a Panakheda. Às 19h, o Pe. Thiago Protexe – Pároco da Paróquia São José em Canta Galo celebrou a terceira Liturgia, novamente servida pelo Diácono Alexandre. Concluídas as celebrações, os fiéis, parentes e amigos do Pe. Josafat permaneceram em vigília até às 22h30.

Na terça-feira, dia 2 de dezembro, às 5h15 da manhã, o povo já se reunia para prestar suas últimas orações de corpo presente pela alma do Pe. Josafat.

Por volta das 8h50, o Seminarista Matheus Kreczkiuski leu uma breve biografia do falecido sacerdote. Eis um pequeno resumo da vida do Pe. Josafat: nascido em 11 de novembro de 1941, em Ponte Nova, Prudentópolis, filho de Valdomiro e Tecla Melnyk Gaudeda, iniciou sua formação no Seminário São José em 1953, passou pelo Noviciado dos Padres Basilianos, professou votos temporários em 1959 e votos solenes durante os estudos de Filosofia em Curitiba. Após iniciar a Teologia com os Frades Capuchinhos, discerniu sua vocação e aderiu ao clero secular. Foi ordenado sacerdote por Dom José Romão Martenetz em 7 de setembro de 1969. Ao longo de seu ministério, serviu em diversas comunidades, atuando como vigário paroquial, pároco, reitor e secretário da cúria, passando por Curitiba, União da Vitória, Mallet, Canoinhas, Pato Branco e Cascavel, além de atender periodicamente a comunidade de Andrecito, na Argentina. Em 2021, já com saúde fragilizada, foi acolhido na Catedral Imaculada Conceição, em Prudentópolis, onde permaneceu até sua Páscoa definitiva.

Às 9 horas, Dom Meron Mazur presidiu o Parástas, que contou com a presença dos seguintes Párocos: Cláudio Melniki – Catedral Imaculada Conceição, Dionísio Horbus, OSBM – São Josafat em Prudentópolis, Joaquim Sedorowicz – São Basílio Magno em União da Vitória, Michael Barbusa – São José em Dorizon e Reitor do Seminário Menor São Josafat em Mallet; Samoel Hupolo  Sant’Ana no Bairro Pinheirinho em Curitiba, Sérgio Schmil – Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Cascavel, Thiago Protexe – São José em Canta Galo, Vassilio Burko Neto – Natividade de Nossa Senhora em Vera Guarani, Metódio Techy – Sagrado Coração de Jesus em Ivaí, Irineu Kraiczyi – Nossa Senhora da Assunção em Guarapuava. Os seguintes Vigários Paroquiais marcaram presença: Edison Boiko – Sant’Ana em Curitiba, Marcos Gery – Catedral Imaculada Conceição em Prudentópolis, Paulo Serbai, OSBM – São Josafat em Prudentópolis, Pedro Fulop – Catedral Imaculada Conceição em Prudentópolis, Pedro Luiz Polomanei – São Basílio Magno em União da Vitória, Tarcísio Zaluski, OSBM – São Josafat em Prudentópolis, Valmor Szeremeta, OSBM – São Josafat em Prudentópolis. Tal número de padres presentes demonstra o respeito que o Pe. Josafat conquistou em sua vida sacerdotal.

Finalizado o rito fúnebre do Parastás, deu-se início à Divina Liturgia, celebrada pelo Bispo Eparca e demais padres presentes. A leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses foi entoada pelo Seminarista Matheus e recorda que “os cristãos não devem se entristecer como aqueles que não têm esperança”, pois, assim como “Jesus morreu e ressuscitou, Deus trará de volta os que morreram em Cristo, e, quando o Senhor vier, os mortos ressuscitarão primeiro e os vivos serão arrebatados junto com eles para encontrá-Lo”. O Evangelho segundo São João (5,24-30) foi proclamado pelo Pe. Samoel Hupolo, no qual Jesus afirma que “quem ouve Sua palavra e crê n’Aquele que O enviou já possui a vida eterna e não será condenado, pois passou da morte para a vida”; e declara que “chegará a hora em que os mortos ouvirão Sua voz e viverão, pois o Pai lhe deu autoridade para julgar, realizando a ressurreição para a vida dos que praticaram o bem e para a condenação dos que praticaram o mal”. Servindo-se das leituras das Escrituras, Dom Meron recordou a forte personalidade de Pe. Josafat, ressaltando que esse traço, unido à sua fé profunda e ao amor incondicional pelo Evangelho e pela Verdade, marcou todo o seu ministério e deixou frutos concretos por onde passou. O Eparca também agradeceu ao Pe. Cláudio Melniki pela caridade e paciência prestados ao Pe. Josafat por quatro anos enquanto permanecia na Catedral. Também reconheceu o serviço prestado pela cozinheira da Catedral, Sra. Cecilia Michalcheszen, que servia refeições, limpava o quarto e sempre conversava com o Pe. Josafat, dando-lhe a atenção que precisava, muito embora estava, por diversas vezes, atarefada com outros serviços.

Ao final da Divina Liturgia, o Bispo Eparca e os padres concelebrantes se posicionaram ao redor do corpo de Pe. Josafat, onde entoaram a Panakheda, seguida dos ritos finais com aspersão da água benta sobre o corpo por cada um dos sacerdotes. Por fim, familiares próximos e amigos se despediram pela última vez, e então, o caixão — e com ele todo o sacerdócio do Pe. Josafat Gaudeda — foi selado e confiado à esperança da ressurreição. Depois, foi levado ao Cemitério São Josafat e ali depositado em sua sepultura, a qual foi solenemente lacrada por Dom Meron.

Que o exemplo fiel do Pe. Josafat continue a iluminar o caminho do povo de Deus e que o Altíssimo o conduza agora ao descanso eterno preparado para os Seus servos.

Вічна йому пам’ять!

Texto: Seminarista Matheus Kreczkiuski

Fotos: Familiares e Comunidade da Catedral Imaculada Conceição