Sábado, dia 03 de setembro de 2022, aconteceu mais um importante encontro regional dos catequistas na Paróquia Sant’Ana, Bairro Pinheirinho, Curitiba. Foi um dia invernal, chuvoso e frio, mas as nossas catequistas demonstraram nunca perder o ânimo, sempre em alto astral, porque miram o Reino de Deus, a pessoa de Jesus Cristo e o bem da Igreja.
De manhã os participantes foram recepcionados com um delicioso café para aquecer a manhã gelada e chuvosa. Retornando de Aparecida, onde participou da 59ª Assembleia Geral da CNBB, o Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, mesmo cansado e sonolento depois de uma noite mal dormida, compareceu para prestigiar e incentivar a missão dos catequistas. Ele sempre repete que a Pastoral da Catequese é uma pastoral primordial, fundamental, porque deve tocar a todos os fiéis, desde o Bispo até o nascituro.
Todos os participantes se dirigiram à igreja, onde foram acolhidos pelo Pároco Edison Boiko. O Pe. Samoel Hupolo, Vigário Paroquial da Paróquia Santíssima Trindade, Colônia Marcelino, São José dos Pinhais, desenvolveu o tema “Sinodalidade: que todos sejam um em Cristo”. Ele descreveu em detalhes vários problemas da nossa catequese, focando principalmente a falta de senso de pertença dos adolescentes à Igreja, à paróquia, à comunidade, ao MEJ. Mas essa falta de pertença é, sobretudo, das famílias, dos pais que mal aguentam a fase de preparação de seus filhos para a Primeira Comunhão. Disse o Pe. Samoel: “A catequese deve ser para todos. Que a nossa catequese não seja só até fazer a Primeira Eucaristia, como se fosse uma formatura, mas deve continuar. O papel que o catequista desempenha na comunidade é de fundamental importância”. Em base a Lucas, 5,1-11 – “Lançai as redes para as águas mais profundas” – o catequista encontra muitos desafios na sua caminhada, mas deve sempre focar em Jesus para não desanimar; e, com a sua criatividade, prosseguir o seu trabalho. Citando a Exortação apostólica Evangelii gaudium – Alegria do Evangelho do Papa Francisco, o Pe. Samoel disse que o documento pontifício nos motiva para uma catequese com métodos criativos, para que o catequizando, depois da Primeira Eucaristia, continue na comunidade. “O método não pode ser apenas cobrança, mas conquista do coração”, concluiu.
Em seguida, foi deixada a palavra livre aos participantes expor as suas experiências e inquietações, partilhando com todos os presentes. Sete catequistas deram seus depoimentos a partir dos quais surgiram algumas ideias catequéticas importantes: conversar com os pais em particular para ajudá-los também; as pessoas têm problemas e vem para resolvê-los, querem ser acolhidos; planejar atividades para os catequizandos que já fizeram a Primeira Eucaristia.
Tomando a palavra, Ir. Edilma Vesolovski, ICSA – Superiora Geral da Congregação das Irmãs Catequistas de Sant’Ana e Coordenadora da Catequese na Paróquia Sant’Ana do Pinheirinho fez suas considerações e agradecimentos pela presença do Metropolita, Pe. Samoel e de todas as catequistas, que, apesar do tempo um tanto dificultoso, compareceram para compartilharem suas experiências e crescerem em sua missão evangelizadora e catequética.
Às 11 horas, foi celebrada a Divina Liturgia, toda cantada em ucraniano, presidida pelo Metropolita e concelebrada pelo Pe. Samoel. O Pároco estava atendendo confissões. Na homilia, o Arcebispo Metropolita, transmitindo a bênção de Nossa Senhora Aparecida, falou da grande Catequista – Maria Santíssima, que ensinou e formou o grande Mestre – Jesus Cristo. Comentando a parábola (alegoria) dos vinhateiros homicidas, ele disse que nesta parábola está representada uma situação dramática, o desafio do mundo de hoje, da realidade eclesial e também da catequese. É o que mais se houve nestes tempos: muitos problemas, desafios, crises, dúvidas, incertezas, desânimo, desesperança. “O que vamos fazer?” perguntou Dom Volodemer e respondeu: “Nós, os agentes da pastoral, devemos convergir para Jesus, que é a via rápida, principal”. Nessas dificuldades, é preciso procurar um método adequado, criando um caminho inovativo para chegar à meta. “Se necessário, mudar de metodologia, que significa mudar de caminho para entrar no caminho certo”, enfatizou o Prelado. Como bons servos da vinha, precisamos criativamente produzir frutos, frutos do Reino, pois este é o critério principal da ação dos bons servos da vinha (Reino – Igreja), sejam eles bispos, padres, religiosas, catequistas, agentes de pastoral.
Depois do delicioso almoço, preparado pela equipe de cozinha da Paróquia, Ir. Edilma conduziu uma dinâmica bíblica. Após a divertida e instrutiva dinâmica, foi dada a palestra sobre o comportamento humano com a Psicóloga Ir. Maria Hreciuk, ICSA, vinda de Pato Branco. Com muita clareza, ela abordou os transtornos e comportamentos de personalidade em crianças, explicando principalmente o autismo, a TDAH e a dislexia. O catequista precisa sempre acolher, buscar ajuda e estudar para entender o comportamento do catequizando para que, dentro das suas condições e capacidades de aprendizagem, tenha uma formação humana e cristã adequada. Precisa mostrar segurança e simpatia, mas não pode ser meloso e nem violento, tratando a todos de forma igualitária e sendo sobretudo atencioso e amigo, sem deixar de ser firme. Deve ter um olhar como o de Jesus: fazer e agir como Ele agia com as crianças, abraçando-as e abençoando-as. Às vezes, o catequista é a única pessoa que o acolhe a criança com dificuldades de aprendizagem e dá atenção e carinho. Por isso, é necessário ver o desenvolvimento humano, cognitivo, psicológico, sociocultural e religioso da criança. A catequese deve ser prazerosa para que a criança tenha curiosidade e vontade de conhecer Jesus e fazer o bem.
O dia, apesar de frio e chuvoso, foi bem aproveitado com a presença de catequistas comprometidos com a catequese, em busca de rever a catequese com o objetivo de formar discípulos missionários de Cristo e membros autênticos nas nossas comunidades.
O encontro teve o encerramento às 16 horas com os agradecimentos da Ir. Edilma – Coordenadora da Catequese da Paróquia Sant’Ana, e da Catequista Vera Lucia Vinharski – Coordenadora da Pastoral da Catequese da Metropolia São João Batista. Vera agradeceu aos catequistas que participaram do encontro, ao Pe. Edison, à Ir. Edilma, às catequistas pela preparação e a todos que contribuíram para que o encontro acontecesse com conforto e proveito.
A Coordenação agradece a participação dos catequistas das seguintes Paróquias e comunidades: Paróquia Sant’Ana – Pinheirinho, Curitiba; Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora – Martim Afonso, Curitiba; Paróquia Transfiguração do Senhor – Ponta Grossa; Paróquia e Santuário Nossa Senhora dos Corais – Antônio Olinto; Paróquia Santíssima Trindade – Colônia Marcelino, São José dos Pinhais; Comunidade Sagrada Família – Vila Oficinas, Curitiba; Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – São José dos Pinhais; Comunidade São Josafat – Boqueirão, Curitiba; Comunidade São José Operário – Bairro Alto, Curitiba; Comunidade Exaltação da Santa Cruz – Pinhais; Comunidade São Miguel – Campo Largo; Comunidade Nossa Senhora das Dores – Vila São Pedro, Curitiba.
Especialmente, a Pastoral da Catequese da Metropolia São João Batista agradece: ao Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch pela sua presença, celebração da Divina Liturgia e homilia; ao Pe. Samoel Hupolo pela sua presença, palestra e concelebração da Divina Liturgia; ao Pároco Edison Luis Boiko pela acolhida e disponibilidade das dependências da Paróquia para a realização do encontro; à Ir. Edilma Vesolovski, ICSA – Coordenadora da Catequese, Catequistas e equipe de catequese pela preparação do encontro e acolhida com tanto carinho; nosso muito obrigado à equipe da cozinha pela preparação da deliciosa alimentação; agradecemos à Ir. Maria Hreciuk, ICSA pela sua disposição em vir de Pato Branco para compartilhar seu conhecimento, experiência e contribuir para a formação de nossos catequistas.
Que Deus abençoe e retribua o dobro! Tudo para honra e glória do Reino do Senhor!
Coordenação da Pastoral da Catequese da Metropolia