Encontro do MEJ em Vera Guarani

No dia 22 de maio aconteceu o XIV Encontro Regional do MEJ na comunidade de Vera Guarani – Paulo Frontin com a participaram das seguintes comunidades: União da Vitória, Dorizon, Rio Azul, Paulo Frontin, Cruz Machado, Rio das Antas, Comunidade de Palmital e Charqueada, Cândido de Abreu, Vera Guarani, General Carneiro, totalizando 153 participantes.

Para iniciar o Encontro a Ir. Alice Bartoski acolheu os adolescentes chamando pelo nome cada comunidade dando as Boas-Vindas. Em seguida pediu que os adolescentes invocassem a presença de Deus e o Espírito Santo entoando o canto: “Dentro de mim” e após a oração inicial apresentou o palestrando Pe. Metódio Techy, OSBM o qual proferiu as palestras do dia que teve inicio com o Oferecimento do dia.

Durante o encontro foi trabalhado o tema que envolve toda a Igreja Católica neste ano Jubilar que reflete sobre a Misericórdia de Deus som o tema: “Misericordiosos como o Pai”. Destacando-se que a decisão em anunciar um ano jubilar extraordinário foi inspiração do Espírito Santo, visto que vivemos num mundo individualista, frio e impiedoso. A celebração do Ano da Misericórdia que despertar em nós o sentimento de “Amados de Deus”. Porque Deus Amou tanto o mundo (a nós) que entregou o seu próprio filho…

Precisamos redescobrir em nós o verdadeiro sentido do amor. E este sentimento do amor deve ser traduzido em ações, gestos concertos. “Sede misericordiosos como o pai do céu é misericordioso”. Deus é misericordioso. Mas a misericórdia de Deus depende de nós para ser presente no mundo. Esse Deus está sem braços no mundo. E quem são estes braços? – Somos nós.

O Ano Jubilar – quer proporcionar um verdadeiro encontro com Deus da misericórdia principalmente pelo sacramento da reconciliação. A Misericórdia de Deus não é uma utopia, um sentimento abstrato, a Misericórdia de Deus real, pode ser vivida e experimentada e a partir deste experiência do perdão Misericordioso de Deus, somos chamados a ser Misericordiosos como Ele próprio.

A celebração jubilara é uma tradição que vem desde o Antigo Testamento em que se chamava de Ano Sabático, nele eram libertados os escravos, as dividas eram perdoadas e as terras, deixadas de cultivar. Este ano tinha um objetivo precisos: restituir a igualdade a todos os filhos de Israel, oferecer novas possibilidades às famílias que tinham pedido suas propriedades e até mesmo a liberdade pessoal. Já no Novo Testamento – para Igreja Católica o Ano Jubilar consiste em um perdão geral, uma indulgência aberta a todos e uma possibilidade de renovar a relação com Deus e com o próximo.

Na História da Igreja já ocorreu 23 vezes o ano Jubilar que é representada pela abertura da Porta Santa nas Basílicas, catedrais e nas paróquias conforme a disposição dos Bispos para que todos tem acesso a ele e obtenham a indulgencia.

Para ilustrar o Ano Jubilar temos o logotipo e este ano para representar a misericórdia de Deus temos a imagem que ilustra Jesus que carrega um homem perdido, o resgate da ovelha perdida. O Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os seus olhos confundem-se com os do homem. Cristo olha com os olhos de Adão e Adão com os olhos de Cristo. Assim, cada homem descobre em Cristo, o novo Adão, a própria humanidade e o futuro que o espera, contemplando em seu olhar o amor do Pai.

O Tema geral: ”Sede misericordiosos como o Pai é misericordioso”, visa que possamos olhar com misericórdia para com os outros.

O que é misericórdia? – Misericórdia – é o mistério da fonte de alegria, serenidade e paz. Alguém que experimenta a Misericórdia de Deus e se propões a vive-la é uma pessoa alegre, serena e de paz. A Misericórdia transparece, mas para isso precisamos no “embriagar” de misericórdia, experimentar e não ter vergonha de viver. Isto é para todos inclusive para os Mejistas.

A Misericórdia de Deus se revela de uma forma plena na Pessoa de Jesus. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelas suas ovelhas”. Onde Jesus revela o rosto da misericórdia de Deus? Nas palavras, gestos, atitudes, nos seus relacionamentos com os pecadores, pobres, marginalizados, mulher adúltera, doentes, enfim, consolava a todos.

Falar da misericórdia hoje no mundo não é fácil. Nós queremos ser justiceiros, somos impacientes, intolerantes, não temos piedade, não temos misericórdia. Para nós hoje falar de misericórdia e viver a misericórdia é um desafio. Mas pelo Batismo todos nós junto com a Igreja temos o compromisso de proclamar e anunciar a misericórdia sem excluir ninguém.

Como viver a Ano Santo concretamente? Celebrar a Ano Santo nos chama para a missão, viver este à luz da Palavra de Deus, viver o perdão, cultivar e viver uma fé determinada, ter a alegria de viver, não julgar, reconciliar-se ser instrumentos do perdão movidos pelo Espírito Santo. Fazer uma confissão sincera que deve ser clara e objetiva, pois muitas vezes não expressamos o que estamos sentindo, seja por vergonha ou por medo. A confissão deve ser buscada sempre que necessário e oportuno for, ou seja, frequentemente, pois, se demoramos entre uma confissão e outra, esquecemos do que aconteceu e muitos pecados tornam-se práticas habituais e se perde o senso se pecado precisamos cultivar a nossa consciência. Dizia o Papa João Paulo II “o maior pecado da atualidade é a falta de consciência do pecado”.

A confissão e a participação da comunhão Eucarística deve ser uma prática constante para todos os Mejistas. Aproveitando do Ano Santo, fazer uma boa confissão e receber a Indulgência Plenária que é uma graça Divina que restitui em nós a plenitude de filhos de Deus apagando todas as marcas do pecado.

Após a Palestra os adolescentes participaram da Divina Liturgia a qual se iniciou com o Hino do MEJ, introdução com símbolos da misericórdia e encenação da parábola do Filho Pródigo apresentada pelos adolescentes de Vera Guarani.

Na homilia da Divina Liturgia o Pe. Metódio Techy fez uma breve reflexão sobre a festa de Todos os Santos. Quem são os santos? São todos que aceitaram a mensagem de Cristo. E nós no batismo somos colocados no caminho da santidade, somos chamados a santidade. Portanto a vida dos santos é o exemplo para nós. Quando falamos de santidade imaginamos padres, irmãs, Papa, os velhinhos piedosos, mas a santidade é para todos nós. Lembrando que a santidade é obra do Espírito Santo. É Ele que nos move para buscarmos a Deus, é Ele que nos capacita para vivermos a Misericórdia de Deus. Peçamos que nos ilumine, purifique e nos agracie com os seus frutos: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fé mansidão e assim se tornamos espiritualizados e estes frutos nos tornam santos.

Após o almoço os adolescentes de General Carneiro conduziram a animação do Encontro. Os adolescentes de Vera Guarani também apresentaram algumas músicas. Em seguida os adolescentes de Paulo Frontin encenaram a “Parábola do Bom Samaritano.” E os jovens de Vera Guarani com seu Grupo Folclórico Juventude – “Molodj” abrilhantaram com três danças.

Dando continuidade Ir. Alice Bartoski com suas assessoras: Ir. Salete Melnik – Irmã da Congregação de Santa Ana, Ir. Cristina Jusak – Irmã da Congregação de São José, e Catequista Adriane Zaiats do Sagrado Coração de Jesus desenvolveram gincana recreativa com os participantes, tendo como objetivo a integração, conhecimento, momentos de partilha, criatividade e respeito.

Depois da gincana os adolescentes se dirigiram para a Igreja para a continuidade da palestra sobre as obras de misericórdia – Corporais e Espirituais

Por fim falou-se sobre o MEJ segundo o que nos é repassado pelo Metropolita Dom Volodemer: definição, espiritualidade, responsabilidades, atividades, etc., lembrando que o MEJ é a primeira fonte de vocações.

O encontro foi finalizado com o Pe. Serginho Hryniewicz apresentando brevemente a linda história da Nossa Senhora de Vera Guarani, rezou-se a oração à ela dedicada e o Pe. Metodio deu a benção final.

Por último definiu-se que o próximo encontro da região será realiza na Paróquia São Basílio Magno de União da Vitória – PR, dia 28 de maio de 2017.