Dom Volodemer visita a Comunidade de Rio Azul

Entre os dias 08 a 12 de abril, o Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, OSBM esteve hospedado na Casa de Formação das Irmãs Catequistas de Sant’Ana para fazer a Visita Canônica na comunidade ucraniana de Rio Azul. Ele chegou à cidade dia 8 à tarde. Dia 9 de manhã participou do “Emaús” com os padres diocesanos na localidade chamada Serra do Tigre, Paróquia de Dorizon, Município de Mallet. À tarde, iniciou sua visita.

Às 19 horas, reunidas as lideranças da comunidade na entrada da igreja, foi feita uma homenagem ao Arcebispo Metropolita. Tomando a palavra, o Presidente-executivo Antonio Andreiko e sua esposa Ivani Bubniak fizeram uma saudação com pão e sal. Em seguida, o grupo do MEJ, dirigido pela Ir. Cláudia Michalichen, ICSA apresentou um jogral de boas-vindas. As crianças da catequese cantaram a canção “De zhoda v hromadi”. O Vigário Paroquial Pe. Daniel Horodeski fez seus cumprimentos e todos adentraram a igreja para a celebração eucarística entoando uma canção pascal. Em sua homilia, Dom Volodemer explicou o motivo de sua visita e falou sobre a cegueira moral no mundo atual.

Após a Divina Liturgia, os membros do CAP se reuniram na secretaria para um diálogo com o Arcebispo Metropolita. Estiveram presentes: Madalena Andreiko, Antonio Andreiko – Presidente-executivo, Janete Vasco, Luiz Valenga, Irineu Joch, João Kussi, Dirceu Joch, Teodósio Andreiko, Terezinha Kussi. Foram tratados diversos assuntos administrativos e pastorais.

Durante esses dias o Visitador verificou os livros documentais, a manutenção da igreja e seus pertences. Encontrou-se com os agentes de pastoral, os grupos organizados em movimentos e o Grupo Folclórico Ucraniano Dunay. Fez reflexões sobre os Mandamentos da Lei de Deus. Visitou algumas famílias, que sempre têm uma história bonita para contar, uma experiência de vida. Veja as fotos abaixo.

A visita à Sra. Verônica Grudz Basniak foi tocante. Aos 82 anos, bastante doente, Dona Verônica está muito lúcida e falante, podendo relatar em detalhes aspectos interessantes de sua vida como professora e agente de pastoral. Proveniente de Cruz Machado, em idade avançada, foi casada com Paulo Basniak, viúvo, falecido em 2003; não tiveram filhos. Mas ela diz que “teve 15.000 filhos”, pois lecionou durante 33 anos, ministrou cursos para noivos e para os jovens. Na comunidade de Rio Azul, ela foi coordenadora da cozinha por 15 anos. Muito linda sua experiência de vida! Verônica tem muitos ensinamentos para repassar às novas gerações; aqui, citam-se alguns: “A gente lembra de todas as pessoas que fizeram o bem. Espero ter um bom fim e morrer em paz. O bem que se faz se escreve nas águas do mar e o mal se escreve nas pedras; as águas virão e lavarão o mal”.

Domingo de manhã, dia 12, foi celebrada a Divina Liturgia com uma palavra conclusiva do Metropolita. Encerrando, as lideranças da comunidade se reuniram na Churrascaria Catarinense para o almoço de confraternização.

FOTOS: Metropolia e Janete Vasco
1. Igreja Santa Terezinha
2. Casa de formação das Irmãs Catequistas de Sant’Ana
3. Religiosas Catequistas de Sant’Ana: Ir. Leocádia Vodonós Ir. Cláudia Michalichen, Ir. Demétria Krochmalni; postulantes: Fernanda Martins Paiva, Kauane Michalichen Cordeiro, Maiara Sechuk, Thalia Pacheco
4. Conselho Administrativo Paroquial: 1ª fila: Madalena Andreiko, Dom Volodemer, Antonio Andreiko – Presidente-executivo / 2ª fila: Janete Vasco, Luiz Valenga, Irineu Joch, João Kussi, Dirceu Joch, Teodósio Andreiko, Terezinha Kussi
5. Visita à Sra. Madalena Andreiko – Ir. Cláudia Michalichen ICSA, Maria Paula Bihuna, Ir. Leocádia Vodonós ICSA, Dom Volodemer
6. Visita aos Pais do Pe. Josafat Roiko – Sr. Januário Roiko, netinha Ana Flávia (filha de Alzira Roiko Duda), Sra. Cecília Juk Roiko
7. Membros do Apostolado da Oração
8. Revnetelí – Zeladores do Apostolado da Oração: Marília Melek, Lídia Joch Zub, Terezinha Bassuma, Paulo Pincoski
9. Atual Diretoria do Apostolado da Oração: Eugênia Osatchuk, Marília Melek, Lídia Joch Zub – Presidente, Madalena Andreiko, Alceu Firman
10. Grupo do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ)
11. Visita à Sra. Verônica Grudz Basniak
12. Visita à Família Firman: Alceu Firman, Andrey, Maria Luzia Pacholok Firman
13. Crianças da catequese
14. Catequistas e membros da equipe de apoio à catequese; na frente: Vanessa Soares (cat), Patrícia Haracem (cat) e Maria Luzia Pacholok Firman (cat); de pé: Janete Vasco (cat), Joel Gonçalves (cat), Taislaine Kussi (cat), Madalena Andreiko (apoio), Eugênia Osatchuk (apoio), Marli Martinhuk (cat), Ir. Cláudia (coordenadora), Maria Paula Bihuna (cat), Marina Veronez (apoio), Francisco Veronez (apoio)
15. Integrantes do Grupo Folclórico Dunay, jovens da comunidade
16. Visita à Família Osatchuk: Francisco Márcio Veronez, Marina Woichik Veronez, Gustavo André Veronez, João Osatchuk Filho, Eugênia Woichik Osatchuk, Miriam Matos, Guilherme Francisco Veronez
17. Divina Liturgia: procissão com os Santos Dons
18. Maria Paula Bihuna agradece ao Metropolita pela visita
19. Bruna Ferreira entrega um buquê de flores ao Metropolita
20. Celebrantes, coroinhas e lideranças
21. Almoço de confraternização

HISTÓRIA DA COMUNIDADE UCRANIANA DE RIO AZUL

As lideranças se organizaram, distribuíram as tarefas de pesquisa e elaboração, conseguindo montar um ótimo texto sobre a história da comunidade católica ucraniana de Rio Azul. Aqui é apresentada uma síntese.

1.1 Construção da Igreja Atual

As Divinas Liturgias eram celebradas na igreja antiga até a data da inauguração da igreja de alvenaria. A mudança para a agreja nova ocorreu com uma procissão, uma Divina Liturgia, seguida por grande festa comemorativa. A inauguração ocorreu no dia 19/10/1969, um domingo muito bonito, de muito sol, com gente vinda de várias partes, com a presença de sacerdotes, irmãs e outras autoridades, conforme relato do Sr. Emílio Lébit. Os sacerdotes presentes na inauguração foram os Padres Pedro Busko e Severo Preima.
No dia da inauguração foi colocada uma faixa grande na Igreja, na qual constava a data do dia da inauguração. A comissão administrativa trouxe uma grande banda de música de campo Mourão. O povo ficou encantado com a música, pois ninguém tinha visto coisa igual até então. O Sr. Emílio Lébit conta que este dia foi inesquecível para todos os presentes. E para terminar a festa, a banda musical foi tocar um bailão no depósito do Sr. João Jasinski, que durou perto da madrugada. Ressalta-se que a festa da inauguração da igreja está registrada na filmagem do Cinquentenário de Rio Azul.
Depois de inaugurada a igreja nova de alvenaria, o Sr. Emílio Lébit relata que o primeiro casamento que ocorreu foi no sábado seguinte, dia 25/10/1969, dos noivos Otávio Chauszcz e sua noiva Neusa.
A comissão administrativa que coordenou os trabalhos da construção da igreja de alvenaria era presidida pelo Sr. Vitor Burko. Os pedreiros que construíram a igreja foram os Srs. Antonio Domingues e seus filhos Valfrido Domingues, Miro Domingues e Severo Domingues. A obra durou aproximadamente sete anos.

1.2 Construção das cúpulas
Marcelino Bassuma
Maria Paula Bihuna
O desejo de construir cúpulas na igreja inaugurada da década de 60 concretizou-se no dia 25/11/2001, quando, durante a Divina Liturgia celebrada por Dom Efraim Krevey, OSBM e pelo Pároco Sérgio Krasniak realizou-se a bênção e inauguração das três cúpulas.
Para a escolha do modelo das cúpulas, o Sr. Marcelino Bassuma e o Sr. Roberto Wronski visitaram as igrejas ucranianas da região: Prudentópolis, Paulo Frontim, União da Vitória, Rondinha; mas foi em uma revista que o modelo foi encontrado.
O projeto foi elaborado pela Engenheira Lucimara Farias com a assistência do Sr. Roberto Wronski. O início da construção ocorreu em 2000, tendo como pedreiro construtor e responsável pela mão de obra o Sr. Marcelino Bassuma. As cúpulas foram confeccionadas pelo Sr. Bobalo de Prudentópolis.
A comissão administrativa responsável pela construção das cúpulas era composta pelas seguintes pessoas: presidente Sr. Marcelino Bassuma, vice-presidente Sr. Leonardo Jasinski, tesoureiro Sr. Nicolau Chauszcz, secretária Alzira Roiko, coordenadora de cozinha Sra. Madalena Andreiko e Dorotéia Skiba.

1.3 Construção e inauguração do novo campanário de Rio Azul
Maria Paula Bihuna
Eugênia Osatchuk
O primeiro campanário da Igreja foi construído por volta da década de 40 e passou por várias reformas, sendo utilizado até o ano de 2012. Este sineiro faz parte do livro “Igrejas Ucranianas: Arquitetura da Imigração no Paraná” de Fábio Domingues Batista, Marialba Rocha Gaspar Imaguire e Sandra Rafaela Magalhães Corrêa (pág. 368 e 369).
Devido à sua precariedade em termos de segurança, era necessária a construção de um novo campanário. Com esta intenção, no dia 30 de junho de 2010, o Conselho Administrativo Paroquial, reuniu-se juntamente com Dom Daniel Kozlinski para tratar do referido assunto.
Nesta época, o CAP era presidido pelo Sr. João Osatchuk Filho e composto pelas seguintes pessoas: vice-presidente Sr. Izaías Lechechen, tesoureiro Sr. Emílio Lebit coordenadoras da cozinha: Sra Madalena Andreiko e Eugênia Osatchuk, secretárias Maria Paula Bihuna e Janete Vasco, conselheiro fiscal Sr. Antonio Andreiko.
Optou-se pela construção de um novo campanário e o modelo foi escolhido, tendo como base o campanário da igreja de Ontário – Canadá. Como em 2011 seriam comemorados os 120 anos da Imigração Ucraniana no Brasil, a comunidade de Rio Azul, por meio desta obra faria sua homenagem aos imigrantes.
O Engenheiro Civil da empresa Oásis Engenharia, Sr. Dagoberto Waydzik, foi contratado pela comunidade para a execução do projeto, no dia 03 de setembro de 2011. Constou do projeto do novo campanário uma área construída de 6,78m², altura aproximada de 15 metros com uma cúpula no alto. Na base, foi prevista uma área para a realização da bênção de água.
As obras se iniciaram no dia 22 de novembro de 2010 com pedreiros da empresa do referido engenheiro. A cúpula foi confeccionada pelo Sr. Bobalo de Prudentópolis em abril de 2011. O assentamento das pedras foi realizado posteriormente pelo Sr. Tarcísio Solda. Os sinos foram retirados da antiga sineira e restaurados pela empresa de Rio Azul do Sr. José Michaloski e colocados no novo campanário no dia 04 de abril de 2012.
Os primeiros toques dos sinos puderam ser ouvidos na cidade de Rio Azul no momento em que se iniciava a Divina Liturgia de corpo presente de Dom Efraim Basílio Krevey, OSBM na Catedral São João Batista em Curitiba, às 15h do dia 04 de abril. As primeiras pessoas que tiveram a honra de tocar os sinos foram: Sr. João Osatchuk Filho, Sr. Emílio Lebit e Sr. Tadeu Ales, sendo este evento filmado pela Sra. Eugênia Osatchuk.
No início de outubro de 2012 foi colocada a placa de granito, confeccionada pela Marmoraria Cristina de Irati. Nesta placa, está estampado o logotipo da Comemoração dos 120 Anos da Imigração Ucraniana no Brasil e a seguinte frase: “Homenagem e gratidão da comunidade Santa Teresinha aos destemidos imigrantes que vieram semear em nossas terras brasileiras o espírito ucraniano por meio da fé inabalável e de sua cultura. Rio Azul – 2011”.
O total aproximado investido nesta obra foi de R$64.000,00 (sessenta e quatro mil reais).
A bênção e inauguração oficial do novo campanário foi realizada no dia 21 de outubro de 2012, antes da Divina Liturgia, presidida pelo Eparca Dom Volodemer Koubetch, OSBM, às 10h da manhã, por ocasião da festa da Padroeira.
Após a conclusão da obra, foi realizada a eleição para a nova diretoria, dirigida pelo Sr. Joaquim Pacholok e sua equipe.

1.4 Melhorias da Igreja
Maria Paula Bihuna
Para embelezar a Igreja, entre os anos 1997 a 1998, os quadros laterais de Nossa Senhora e Jesus, adquiridos em 1952, e o quadro central de Santa Teresinha, foram substituídos por pinturas, realizadas pelo Sr. Igor Pelep com auxílio do Sr. Tadeu Ales.
Mais tarde, entre os anos de 2006 a 2008, novas pinturas foram realizadas na igreja Santa Teresinha, com o objetivo de trazer características orientais às imagens. Foi então convidado o pintor Antonio Petrek para essa missão. Ele iniciou os trabalhos na igreja, pintou a imagem de Santa Teresinha no fundo do altar, a pomba na parede do altar da Proscomedia e iniciou a pintura de Jesus na parede lateral direita. O Sr. Antonio Petrek posava em uma das salas da catequese, recebia a alimentação da panificadora Schaidak. Preferia pintar à noite devido às interrupções que ocorriam durante o dia. Sr. Antonio não conseguiu concluir as obras da Igreja por motivo de sua idade avançada e problemas de saúde.
No ano de 2011, a igreja adquire dois novos quadros para as laterais, que foram pintados pela Ir. Sílvia Potchenek, SMI, originalmente para a igreja de São Cristóvão, União da Vitória, mas por serem arredondados e não combinarem com a estrutura daquela igreja, foram redirecionados para Rio Azul. As pinturas do altar foram retocadas em 2010 pela pintora Madalena Ianoski.
Com o intuito de embelezar ainda mais a Igreja, em 2006 foram adquiridos lustres para o altar e paredes laterais. Em 2007 foram ainda colocadas as colunas de gesso no altar e posteriormente nas paredes laterais da Igreja.
Em 2013, foi feita a reforma da cobertura da Igreja, trocando a antiga estrutura de madeira por metal e em 2014, iniciou-se a reforma do churrasqueiro, que foi então construído maior e contou ainda com a construção de duas novas salas. Nesta época, também foi realizado o projeto de prevenção de incêndio, o que é uma exigência do Corpo de Bombeiros e colocado o sistema de monitoramento, devido a assaltos. Estes trabalhos foram realizados na comissão administrativa presidida pelo Sr. Joaquim Pacholok (2012-2014).
Sobre a cozinha do pavilhão de festa da Igreja, em 2004, sob presidência do Sr. Paulo Pinkoski foram iniciados os trabalhos para a construção de nova cozinha, maior e melhor equipada. Tal obra foi concluída pela comissão administrativa presidida pelo Sr. João Osatchuk Filho. Ressalta-se também que com a ampliação da cozinha, também investiu-se em novos utensílios equipamentos com a aquisição de freezeres, geladeiras, fogões, amassadeira, batedeira industrial, fato que tornou a comunidade uma referência em termos de qualidade de cozinha para a região, sendo também um ponto de referência para os casamentos do município até o presente ano de 2015.
Junto à reforma da cozinha, trocaram-se também os tacos de madeira por lajotas, no piso do salão paroquial.

1.5 Padres que atuaram na comunidade

Os padres que atenderam a comunidade de Rio Azul foram: Mons. Pe. Clemente Preima – 1º Vigário Geral dos ucranianos no Brasil, falecido no dia 19 de abril de 1979, Pe. Emiliano Nakazny, Pe. Valdomiro Haneiko, Pe. Demétrio Poperechnei, Pe. Severo Preima, Pe. Carlos Frenk, Pe. Paulo Barabach, Pe. Josafat Gaudeda, Pe. Edison L. Boiko, Pe. Jaroslau Susla, Pe. Metódio Kravetz, Pe. José Hadada, Pe. Sergio Krasniak, Pe. Bogdan Fleituch, Pe. Samuel Kozlinski, Pe. Mário C. Lazoski, Pe. Jorge Chainiuk, Pe. Vassilio Burko Neto, Pe. Daniel Kozlinski, Pe. José Kerniski, Pe. Joaquim Sedorowicz, Pe. Sandro Dobkovski, Pe. Demétio Kovalski, Pe. Luiz Pedro Polomanei

1.6 Santas Missões

As Santas Missões foram dadas nas seguintes datas: 1977 – Pe. Tarás Olinek, OSBM; 1989 – Pe. Tarás Olinek, OSBM; 17 a 24/10/1999 – Pe. Bonifácio e Pe. Mário, Ir. Paulina e Ir. Sandra; 2007 – Pe. Gregório Hunka, OSBM.

1.7 Atuação da Congregação das Irmãs Catequistas de Sant’Ana
Ir. Leocádia Vodonós, ICSA
Ir. Cláudia Michalichen, ICSA
A Congregação das Irmãs Catequistas de Sant’Ana, fundada no Brasil, no ano de 1932, pelo Pe. Emiliano Josafat Ananevitz, para auxiliar na educação das crianças e jovens, especialmente dos imigrantes.
As irmãs iniciaram seu trabalho pastoral no sul do Paraná. Uma das primeiras localidades do trabalho assumido pelas irmãs foi a de Serra Azul, município de Rio Azul.
Até o ano de 1962, as irmãs dedicavam-se à educação das crianças na Escola Santa Maria e no trabalho pastoral na igreja Apresentação de Nossa Senhora no Templo na localidade de Serra Azul, município de Rio Azul e na igreja Santa Terezinha na cidade de Rio Azul.
Com a doação do colégio pela comunidade ucraniana de Rio Azul, as irmãs passaram a residir primeiro na residência paroquial, na cidade de Rio Azul. Na época, o presidente da comissão da igreja Santa Teresinha em Rio Azul era o Sr. Vitório Burko, o qual auxiliou na mudança das irmãs de Serra Azul para Rio Azul.
Após a inauguração do Colégio Nossa Senhora de Fátima, as irmãs assumiram o Ensino Primário na nova residência e continuaram o trabalho pastoral na igreja Santa Terezinha, na cidade de Rio Azul, na capela Apresentação de Nossa Senhora no Templo em Serra Azul, na cidade de Rebouças e nas localidades vizinhas.
A primeira Diretora do Colégio N. S. de Fátima foi a Ir. Leocádia Maria Vodonoz, a qual exerceu também o cargo de professora. No ano de 1965, foi transferida para o Grupo Escolar de Vera Guarani, Município de Paulo Frontim e o seu cargo de Diretora e Professora, assumiu a Irmã Néli Laudires Ravanelli.
A primeira Superiora do Colégio foi a Irmã Francisca Maria Vodonis, a qual exerceu também o cargo de professora. Neste colégio, exerceram também o cargo de professores: Ir. Beatriz Margarida Oribka, Ir. Paulina Maria Procek, Ir. Sérgia Rosa Gaudeda, Ir. Liduina Irene Marceniuk, Ir. Cristina Lucia Liss, Ir. Melania Ana Noga, Ir. Ilaria Ana Helmann, Ir. Noemia Celeide Ravanelli, Prof.ª Júlia Pinkoski, Prof.ª Irene Tomal, Prof.ª Natalia Boiko, Prof.ª Maria Tzar, Prof.ª Helena Levandoski.
O Curso Primário de 1ª a 5ª Séries funcionou em dois períodos durante aproximadamente 10 anos, com uma média anual de 100 alunos matriculados.
Por ordem da Secretaria da Educação do Estado do Paraná, os alunos e professores estaduais passaram para o grupo Escolar Dr. Afonso Alves de Camargo de Rio Azul, no prédio do Governo do Paraná.
Com o decorrer do tempo, foi fundado no colégio, o Curso de Datilografia e Obra Assistencial “Abrigo e Jardim da Infância, para crianças necessitadas”. Foi aberto uma livraria e diversos cursos de curta duração.
Com o crescimento e interesse do Grupo de Jovens, surgiu a ideia de fundar o Grupo Folclórico Dunay, o que aconteceu com êxito. A primeira apresentação do grupo deu-se com muito sucesso no desfile por ocasião do dia do Município, no dia 15/07/1990. Com a perseverança, o grupo folclórico continua atuando com sucesso até hoje.
No ano de 2007, a Superiora Geral Ir. Aquelina Ana Palek, com a Diretoria da Congregação da Irmãs Catequistas de Sant’Ana, mantenedora do Colégio N. S. de Fátima, decidiu restaurar o prédio, o qual encontrava-se em estado precário.
No dia 4 de outubro de 2009, os Bispos Efraim B. Krevey, OSBM e Daniel Kozlinski abençoaram o prédio reconstruído. No mesmo dia, com a presença da Superiora Geral da Congregação Ir. Arcenia Maria Rudek, o Pároco Pe. Luis Pedro Polomanei, o Prefeito Municipal Sr. Vicente Solda, o Presidente-executivo Sr. João Osatchuk, o Deputado Estadual Dr. Felipe Luca, a Cônsul da Ucrânia no Brasil Sra. Larissa Mironenko e demais autoridades presentes, assim como grande número de sacerdotes, religiosas e fiéis foi inaugurada a nossa residência.
A partir desta data, o colégio passou a funcionar como Casa de Formação Sant’Ana. Atualmente, as irmãs dedicam-se na formação das jovens e continuam o trabalho pastoral.
Quanto às vocações, a congregação conta com 7 religiosas naturais do Município de Rio Azul e duas meninas na formação, também deste Município. As religiosas provenientes do município são: Ir. Emiliana Paulina Skiba (in memoria), Ir. Zenobia Pelagia Procek (in memoria), Ir. Madalena Maria Krauczuk (in memoria), Ir. Paulina Maria Procek, Ir. Zita Pszymus, Ir. Salete Lucia Melnik, Ir. Eugênia Tereza Procek.

1.8 Grupo Folclórico Ucraniano Dunay
Maria Paula Bihuna
As primeiras manifestações de dança ucraniana no município ocorreram o ano de 1983, quando a Sra. Eugênia Osatchuk ensaiava coreografias no pátio da igreja, preparando uma apresentação para o dia de São Nicolau.
Em 1989, a ideia de formar um grupo de danças começou a ganhar força entre os jovens estudantes da língua ucraniana, que se reuniam semanalmente. Mas, tal sonho concretizou-se com o apoio e empenho de muitas pessoas.
Irmã Mihaíla reuniu-se com o Sr. João Slevinski, presidente do Grupo Folclórico Ucraniano Kalena de União da Vitória, o qual colocou o grupo à disposição para ajudar na empreitada. No dia 18 de junho de 1989, enviou dois casais para ensinar os passos das danças para os jovens de Rio Azul. Posteriormente, seis dançarinos se deslocaram até União da Vitória e para isto arrecadaram fundos para financiar as duas viagens. Os carros utilizados eram dos dançarinos Rafael Joch e Gervásio Surmacz. Lá passavam o dia aprendendo as danças com o grupo Kalena. Ao retornar para Rio Azul, os três pares repassavam as coreografias aos demais integrantes, que ficavam ansiosos esperando tal retorno.
Para a definição do nome do grupo, foi realizada uma votação entre seis opções, nas quais constavam nomes de cidades, de rios e personalidades ucranianas. Optou-se, então, pelo nome Grupo Folclórico Ucraniano Dunay. O nome Dunay homenageia um dos mais famosos rios da Europa que atravessa praticamente todo o território da Ucrânia.
Neste início, o grupo recebeu a visita da jovem canadense Orecha, dançarina de um grupo folclórico do Canadá, que passou uma semana em Rio Azul, incentivando os jovens e ensinando danças, incluindo o Hopak.
As contribuições não pararam por aqui. Era necessário providenciar os trajes típicos para as danças e o auxílio foi dado pelo Grupo Folclórico Ucraniano Barvinok, que cedeu parte dos trajes e equipamentos, já utilizados no desfile comemorativo ao aniversário do município, realizado no mesmo ano e que também usariam na primeira apresentação. Outra parte, o grupo conseguiu adquirir: as botas foram confeccionadas em Curitiba, as pequenas coroas foram feitas pelas mães e dançarinas, as “charavaras” e saias costuradas pelas irmãs do colégio.
Os recursos financeiros vieram de doações e da promoção da Festa Junina. Para isto, os dançarinos escreviam ofícios e solicitavam para as pessoas da comunidade, casas comerciais e políticos da de Rio Azul e cidades vizinhas. O Grupo Folclórico Ucraniano Dunay recebeu ajuda financeira dos bancos da cidade: Banco do Brasil e Banestado. O então candidato Sr. Hilário Besrutchka e o Sr. Felipe Lucas também contribuíram com valores significativos. Para aquisição das botas, as doações vieram de pessoas como o Sr. Davi Loginski – dois pares, Sr. Geraldo e Dr. Eduardo – seis pares, vereador Sr. Vicente Solda – um aparelho de som. Houve também doações espontâneas das pessoas e comércios da região que estão registradas no livro ouro.
A primeira apresentação aconteceu no dia 29/07/1990, no salão da Congregação Mariana da Paróquia Sagrado Coração de Jesus. O evento contou com a presença dos grupos Kalena de União da Vitória, Vesselka de Prudentópolis e Barvinok de Curitiba. Participaram também a capela de bandurristas de Prudentópolis e as meninas do colégio com canções.
No início de 2013, após a reunião com a secretária municipal de cultura Sandra Romaniuk, na qual o grupo expôs a necessidade de uma professora técnica de dança e do transporte para as apresentações, a prefeitura cedeu a dançarina Camila Camilo para trabalhar a técnica da dança com os componentes do folclore do corrente ano.
Nova oportunidade de formação dos coreógrafos do folclore surge em 2015, com o coreógrafo Andrij, do grupo infantil da maior companhia de danças da Ucrânia – Virsky. Participaram os dançarinos Luis Fernando Pacholok e Keissiane Lekki, que assumiram a coreografia a partir do dia 21/03/2015, que até então vinha sendo conduzida pela coreógrafa Maria Paula Bihuna.
O Grupo Folclórico Ucraniano Dunay segue em nova organização para divulgar e cultivar a cultura ucraniana por meio de suas danças, como já vem realizando nestes seus 25 anos de existência!