Curso catequético em Mallet

O Curso de Formação de Catequistas formou a primeira turma no ano passado e este ano chegou à sua quinta edição, ocorrida entre os dias 14 a 21 de julho de 2019, no Seminário Menor São Josafat de Mallet, que também é o Centro Metropolitano de Pastoral da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista. O presente relatório desse Curso está organizado nos seguintes eixos: 1) ambientação e assessorias, 2) celebrações diárias, 3) corpo discente, 4) corpo docente e disciplinas, 5) formatura.

 1. AMBIENTAÇÃO E ASSESSORIAS

Graças a Deus, a Metropolia possui um local e pessoas dedicadas para que o Curso de Formação de Catequistas funcione da melhor forma possível. É claro que são necessários muitos melhoramentos, mas isso se fará com o tempo. Temos, então, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, com seu Pároco Ireneu Vaselkoski, e o Seminário Menor São Josafat, com seu jovem Reitor Pe. Clayton Martins Katerenhuk, que disponibilizam seus espaços – igreja, salão, capela, salas, dormitórios, cozinha – e um pessoal muito animado e pronto para ajudar, principalmente as cozinheiras, ligadas ao Movimento do Apostolado da Oração da Paróquia, e assessores em várias funções. A secretaria e arquivo da Pastoral Catequética e do Curso de Formação de Catequistas foram melhorados. Deus seja louvado por isso!

1.1. Paróquia e Seminário

A Paróquia de Mallet é muito generosa em acolher eventos eclesiais, como assembleias metropolitanas, encontros e retiros, e colaborar com os seus melhores paroquianos e paroquianas. Durante os quatro cursos catequéticos anos que já passaram colaboraram generosamente.

O Reitor Pe. Clayton é o responsável pela ambientação de acolhida, hospedagem e alimentação, é professor do Curso, atuando na área de Dogmática.

Os Seminaristas maiores e também menores são ao mesmo tempo cursistas e prestam ajuda na condução do Curso. Alguns Seminaristas maiores já concluíram o Curso (ainda em Prudentópolis), como o Samoel e o Michael.

Certamente, o Curso não funcionaria bem sem a ajuda das pessoas que serão lembradas a seguir.

1.2. Cozinha

A comida gostosa, preparada com muito carinho, saía quentinha da cozinha, sob o comando da Sra. Sirley Rumoviski, mãe do Pe. Juliano, auxiliada pelas outras dedicadas e alegres senhoras: Ilda Muran, Tereza Seretne, Lídia Olynek, Paulina Vergoski, Inês Gluszka, Elizabeta Chandocha, Kalena Chandocha, Margarete Surmacz.

Domingo, na preparação do almoço de confraternização em homenagem aos novos formandos, a parte do churrasco e carnes foi muito bem atendida pelos senhores voluntários da Paróquia: Dário Jorge Baran, Victor Muran, Severo Gluszka.

1.3. Assessoria

E o Curso transcorreu muito bem com o auxílio das seguintes pessoas: Ir. Dorilde Chiarentin, SMI – Coordenadora Geral da Pastoral Catequética supervisionou os trabalhos; Professora Eugênia Osatchuk – Secretária da Comissão Catequética Metropolitana que montou o programa das aulas; Ir. Márcia Marinhak, ISJ – secretária pedagógica; Catequista Vera Lucia Vinharski – secretária administrativa, recepção, inscrições; Fernando Bileski – secretaria; Wilson Surmacz – fotógrafo e serviços gerais; Orestes Bileski – apoio e ajuda geral; Seminarista Michael Barbusa – secretaria, Samoel Hupolo – serviços gerais.

1.4. Secretaria

O próprio Arcebispo Metropolita se encarregou de criar um esquema e organizar os materiais digitais num HD externo já existente. Por sua determinação, o Curso de Formação de Catequistas terá um recinto mais definitivo no Centro Metropolitano de Pastoral em Mallet a fim de que os materiais impressos e outros subsídios catequéticos sejam também mais protegidos e organizados.

2. CELEBRAÇÕES DIÁRIAS

A seguir, estão descritas as celebrações de cada dia, que foram a oração da manhã e a Divina Liturgia, celebrada às tardes, com homilias catequéticas proferidas.

Dia 14 – domingo. A abertura do Curso se deu no domingo, dia 14, após a janta, às 19 horas. Na capela do Seminário, o Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch presidiu a Novena ao Sagrado Coração de Jesus e ao final dirigiu-se aos professores e cursistas lembrando a importância da preparação esmerada e séria de todos os agentes de pastoral e, muito especialmente, das catequistas para essa missão fundamental na Igreja. A Pastoral Catequética é uma pastoral fundamental, que está intimamente relacionada à evangelização. E para evangelizar, é preciso estar pessoalmente evangelizado, unido e transformado pelo Evangelho de Cristo Jesus. Tomando a palavra, Ir. Dorilde Chiarentin, SMI reforçou o que disse o Metropolita e deu algumas orientações sobre o uso da casa e a convivência fraterna.

 Dia 15 – segunda-feira. A oração da manhã, a partir do Salmo 63 em que o salmista se volta para Deus buscando-o ansiosamente, foi dirigida pela Catequista Sra. Margarete Surmacz. Na meditação, ela explicou que o “tamanho” de Deus na nossa vida depende da nossa fé: se nossa for grande, Deus terá um significado importante em nossa vida; se nossa fé for nula, Deus não significará nada.

A Divina Liturgia, celebrada à tarde (17h30min), foi presidida pelo Metropolita, como a de todos os demais dias. Sendo dia de São Volodemer, o Metropolita comentou um pouco as leituras do dia. O Apóstolo São Paulo se esforça em provar que o Evangelho por ele pregado é de Jesus Cristo. O bom pastor narrado no Evangelho de São João transmite aos catequistas a dinâmica da catequese. O batismo do povo ucraniano oficializando o Cristianismo de matriz bizantina na antiga Rush de Kiev pelo príncipe Volodemer faz lembrar a respectiva tradição litúrgica e cultural a ser sempre preservada e vivida, sem cair em tradicionalismos estéreis.

Após a celebração, o Pe. Elias tomou a palavra saudando o Metropolita pelo seu onomástico e o Pe. Juliano Rumoviski pelo seu aniversário e pediu um solene “Mnohaia lita”, completado pelos “parabéns”. Após a janta, tendo preparando um bolo, as cozinheiras prestaram uma homenagem ao Padre aniversariante, com palavras de reconhecimento da Sra. Margarete Surmacz.

Dia 16 – terça-feira. A Catequista Vera Lucia Vinharski dirigiu a meditação lendo e comentando o texto sobre a Samaritana, que, à primeira vista, considerou Jesus como um mero forasteiro, e, no decorrer do diálogo instigante de Jesus, reconheceu-o como profeta e, finalmente, tornou-se missionária, falando a todos sobre o encontro transformador com Jesus.

Na homilia da Divina Liturgia, o Pe. Elias leu o texto do Evangelho sobre o joio e fez profundas considerações para a vida cristã.

Dia 17 – quarta-feira. Ir. Márcia Marinhak, ISJ refletiu e fez orações em torno do vaso de barro, cujo oleiro é Deus, que nos molda, pois somos vasos em suas mãos.

Tendo proclamado o texto de São Mateus sobre a perfeição, o Pe. Basilio Koubetch fez uma longa explanação sobre vários aspectos litúrgicos e pastorais que precisamos melhorar em nossa Metropolia.

Dia 18 – quinta-feira. Dirigindo a oração da manhã, Ir. Ariane Andruchechen, OSBM proferiu belíssimas orações centradas na “Oração a Cristo” escrita pelo Papa Paulo VI.

Durante a Divina Liturgia, após a proclamação do Evangelho sobre o semeador, o Pe. Juliano Rumoviski refletiu sobre as condições atuais que impedem o crescimento da graça divina em nossa alma, como o excesso de barulho e bombardeio de informações, que eliminam por completo o silêncio, a condição imprescindível para ouvir a voz e ficar mais tempo com Deus.

Dia 19 – sexta-feira. Usando a metáfora da formação da pérola, a Catequista Vera Lucia Vinharski dirigiu a oração da manhã. Ela lembrou que, assim como a pérola é criada pelas lágrimas e dores da ostra na qual entra um corpo estranho, assim também nós formamos pérolas com os diversos sofrimentos da vida. A ofensa é uma dor, mas se torna pérola espiritual quando o cristão perdoa de coração.

Partindo de duas parábolas do Reino de Deus, o Pe. Neomir Doopiat Gasperin ressaltou a centralidade da fé e adesão a Cristo, o verdadeiro tesouro e a verdadeira pérola. Por esse tesouro ou pérola vale a pena se dispor de tudo a fim de obtê-la.

Dia 20 – sábado. Para a oração da manhã, Ir. Dorilde Chiarentin, SMI leu o texto da festa matrimonial em Caná, falou e dirigiu uma oração com dinâmica sobre as virtudes de Maria. Foram expostos um ícone de Maria da Ternura e uma arvorezinha seca em cujos galhos foram colocadas flores com as virtudes da Mãe de Deus.

Na Divina Liturgia, o Pe. Juliano Rumoviski utilizou-se dos textos das duas leituras do dia para falar sobre o Santo Profeta Elias, cuja festa se celebra hoje. O Profeta anima os catequistas a denunciarem os ídolos do mundo de hoje, como o dinheiro, a ganância e outros tantos falsos deuses, enfatizou o Pregador.

3. CORPO DISCENTE

Apresentam-se aqui algumas observações gerais sobre o acompanhamento dos cursistas e catequistas por parte da Metropolia e o nome dos cursistas que vieram para o Curso este ano.

3.1. Acompanhamento da Metropolia

A Metropolia orienta e exige que as candidatas a catequistas sejam pessoas mais maduras e com certa experiência na Pastoral Catequética em suas comunidades. Por isso, o número delas no Curso é bem seleto, facilitando um trabalho formativo mais eficiente e personalizado. Este ano o número de cursistas ficou bem mais reduzido por vários motivos: sério problema hidráulico no prédio do Seminário, que colocou em dúvida a viabilidade do Curso; greve dos professores; atividades escolares; problemas de saúde, cirurgias.

A dinâmica do Curso prevê ainda um acompanhamento das candidatas e também das catequistas formadas por parte da Comissão Metropolitana da Pastoral Catequética e por parte das Paróquias e comunidades com a intervenção direta dos Párocos, Vigários Paroquiais e Conselhos Administrativos Paroquiais.

3.2. Cursistas 2019

No primeiro ano, tivemos a satisfação de ter em nosso meio as Dirce Aparecida Vaselechen de Ponta Grossa, Emerson Gabriel Pacholok de Rio Azul, Filomena Slabey de Campina, Antonio Olinto, Hellinton Savitzki de Colorado, Santa Terezinha, SC, Matheus Zub de Rio Azul, William Carlos Ferreira de União da Vitória, Neli Terezinha Sobanski Costin de Mallet.

No segundo ano estavam Alda Riski Muchinski de Mico Magro, Antonio Olinto, Paula Fátima Wladyka de Mallet, Sílvia Piskorski Jaremczuk de Paulo Frontin.

No terceiro: Amanda Helena Oracz de Pratinha, Iracema, Francieli Symczak de Pratinha, Iracema, Glaucia Fernanda Travinski de Paulo Frontin, Santa Terezinha, Iracema, Margarida Drozda Symczaka de Colorado, Santa Terezinha, Iracema.

No quarto: Amélia Zubacz de Ponta Grossa, Andressa Walter Urbaneck de São Mateus do Sul, Elaine Karoline Tzechuk de São Mateus do Sul, Ilda das Chagas Metzko de Cruz Machado, Jairo Kuczynski de Dorizon, Paula Daniele Schoma Trentin de Ponta Grossa, Suelin Nataly Melek Cieslak de Rio Azul.

O programa do Curso foi bem carregado, mas os cursistas, a maior parte sempre de mulheres e jovens moças, aguentaram o “chá de cadeira’, participando das aulas com muita atenção e bom humor.

4. CORPO DOCENTE E DISCIPLINAS

Este ano o Curso alcançou a definição definitiva no que se refere aos diversos conteúdos distribuídos nas diversas disciplinas. Foi realizado um ajuste, espera-se que seja o último, na área temática da “Vida da Igreja”, na parte do estudo dos Sacramentos do qual foi retirada a matéria “Disciplina sacramental” (Direito Canônico), porque isso é apresentado na exposição das aulas sobre os Sacramentos. A seguir, pode ser verificada a organização das disciplinas por área, conteúdo e seus respectivos professores.

4.1. Bíblia: Fundamento da Igreja

Todas as disciplinas bíblicas foram explanadas pelo Pe. Elias Marinhuk, OSBM – Secretário da Cúria Provincial Basiliana.

4.2. Igreja na História: Oriente, Ocidente, Ucrânia, Brasil

O Professor Pe. Mario Marinhuk, OSBM teve que aproveitar o período de férias e passar por duas cirurgias e não pôde ministrar presencialmente suas aulas. Então, sob sua autorização, foram utilizadas as apostilas por ele elaborada nos anos anteriores e os Seminaristas Samoel Hupolo e Ivan Kerniski trabalharam as matérias nas salas de aula.

4.3. Fé da Igreja: Doutrina, Dogma, Credo

As aulas de Dogma foram dadas pelo Pe. Clayton Martins Katerenhuk, que é Reitor do Seminário Menor São Josafat de Mallet.

4.4. Vida da Igreja: Liturgia – Sacramentos – Moral – Espiritualidade

Como se vê, são quatro áreas específicas, cujas disciplinas ficaram distribuídas da seguinte forma:

1) todas as quatro disciplinas de Liturgia foram dadas pelo Pe. Basilio Koubetch – Chanceler da Metropolia;

2) as disciplinas sobre os Sacramentos foram trabalhadas pelo Diácono Romeu Smach, vindo da Comunidade de Boqueirão, Paróquia da Arquicatedral São João Batista;

3) as quatro subáreas da Teologia Moral ficaram por conta do jovem sacerdote Pe. Juliano Cezar Rumoviski – Vigário Paroquial de União da Vitória;

4) as matérias de Espiritualidade têm a seguinte configuração:

I – Espiritualidade do Leigo – Coronel Sr. Miguel Chokailo Neto – Paroquiano de União da Vitória;

II – Espiritualidade do Catequista – Ir. Anselma Peremida, SMI, trabalhando atualmente em Mallet;

III e IV – Espiritualidade Cristã Oriental e Espiritualidade Cristã Contemporânea – Dom Volodemer.

4.5. Igreja Mãe e Mestra: Educadora da Fé

Trata-se da área especificamente de formação pastoral com três subáreas: Catequética, Prática Litúrgica e Animação Catequética.

A Catequética I – História da Catequese e dos Catecismos é ministrada pelo Pe. Neomir Doopiat Gasperin – Doutorando em Direito Canônico em São Paulo.

Duas matérias dadas no segundo e terceiro ano – Catequética II – Fundamentos da Catequese e Catequética III – Agentes, destinatários e âmbitos da Catequese são desenvolvidas pela Ir. Ariane Andruchechen, OSBM.

A Catequética IV – Metodologia catequética foi ministrada pela Professora Vera Vinharski, membro do Instituto Secular Sagrado Coração, trabalhando em Ponta Grossa.

A Prática Litúrgica nos quatro anos está sob a responsabilidade da Ir. Arcenia Rudek, ICSA, atualmente exercendo seu trabalho em Rio Azul.

A disciplina “Animação catequética” prevê a organização, as dinâmicas, os cantos e outros instrumentos de evangelização e catequese e foi trabalhada pela Ir. Márcia Marinhak, ISJ, vinda da nova Paróquia Santíssima Trindade do Bairro São Cristóvão, União da Vitória, onde as religiosas de sua Congregação dirigem uma escola elementar.

4.6. Estudos e atividades complementares

São temas da atualidade e elementos da cultura ucraniana, apresentados na parte da noite. Dessa programação também faz parte a apresentação dos trabalhos das formandas, uma espécie de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

No primeiro dia, 15 de julho, segunda-feira, as candidatas aprenderam vários cantos populares ucranianos, com a tradução do Pe. Elias Marinhuk, OSBM, nas vozes do Seminarista Samoel Hupolo e da Ir. Márcia Marinhak, ISJ, e com o acompanhamento ritmado de um acordeão tocado pelo Pe. Juliano Rumoviski.

Dia 16, terça-feira, sendo que o “sviatchene” pascal não foi possível ser realizado, a Professora Eugênia Osatchuk solicitou ao Arcebispo Metropolita Volodemer que falasse sobre o encontro do Papa com os principais representantes da nossa Igreja. O Metropolita relatou o drama da Ucrânia, apresentando em síntese a saída da Igreja Católica Ucraniana da clandestinidade e a independência do país, a situação atual e o trabalho que vem sendo pelo Papa Francisco, finalizando com as esperanças e perspectivas.

Na quarta-feira, dia 17, as pedagogas de São Cristóvão, União da Vitória, Claudia Treuke Snheszak e Teresinha Javorivski dirigiram oficinas e técnicas de contação de histórias bíblicas. Elas apresentaram um teatro de sombras do nascimento até a paixão de Cristo; depois confeccionaram a história de Zaqueu e a encenaram com uma música; e a mesma coisa foi feita com os pescadores.

O programa da noite do dia 18, quinta-feira, foi dedicado à reflexão sobre o modo de ser Igreja que o Papa Francisco está imprimindo. Para isso, foram convidados o Pe. Neomir Doopiat Gasperin e o Seminarista Samoel Hupolo, que desenvolveram o tema “A Igreja Católica sob a ótica de Francisco”.

Dia 19, sexta-feira, os catequistas formandos apresentaram seus trabalhos de conclusão de curso, focalizados em suas experiências catequéticas nas paróquias e comunidades. As exposições consistiram principalmente em apresentar e comentar fotos das atividades pastorais por eles desenvolvidos.

Finalizadas as apresentações, a Coordenadora Ir. Dorilde dirigiu-se aos formandos elogiando-os pelos seus trabalhos bem realizados e orientou para que as diversas atividades de cunho mais cultural, como a pintura da “pêssanka” e a confecção da “paska” sempre sejam colocadas no âmbito geral do Rito Bizantino Ucraniano e da nossa espiritualidade.

O Arcebispo Metropolita também elogiou o esforço dos formandos e agradeceu pelos trabalhos pastorais que eles vêm exercendo na Metropolia. Ele disse que, talvez, a exposição dos trabalhos pelos formandos é a parte mais interessante do Curso de Formação de Catequistas, porque se trata de algo não simplesmente teórico, mas prático e constitui uma verdadeira riqueza.

Dia 20, sábado, a parte da noite, após o jantar, foi de diversão com a participação do Pe. Juliano, Ir. Dorilde e a jovem formanda Andressa Walter Urbaneck que tocaram acordeão para animar a turma. Alguns até dançaram. Não faltou quentão e pipoca. Uns bons puxadores de modas se juntaram e foram entoadas principalmente canções sertanejas brasileiras das raízes e canções folclóricas ucranianas.

Pena que após o término das aulas alguns cursistas tiveram que voltar às suas comunidades.

5. FORMATURA

A formatura dos novos aconteceu na igreja matriz Sagrado Coração de Jesus durante a celebração da Divina Liturgia que começou às 9 horas com a entrada dos celebrantes.

A cerimônia seguiu a mesma estrutura do ano passado. Antes da Divina Liturgia, aconteceu a entrada solene dos formandos, que foram apresentados à assembleia pela cursista de Mallet Neli Sobainski Kostim. Ela saudou os formandos e lembrou-lhes que missão do catequista é a do “serviço na gratuidade”, um ministério, cujo exercício “traz muitas responsabilidades, um constante renovar-se, a exigência de atualizar-se conforme os tempos, o que traz surpresas, dificuldades e desafios, muitas vezes assustadores. Mas ao deixar-se conduzir pelo Espírito Santo, a graça se faz presente e a sabedoria vos edifica”, animou a Leitora.

Após os “tropários”, realizou-se a cerimônia principal, que é a de envio missionário, com a entrega do Catecismo, vela, promessas e bênção. A Coordenadora distribuiu os exemplares do nosso Catecismo com a dedicatória assinada pelo Metropolita: “Pois a fé vem da pregação e a pregação é pela palavra de Cristo” (Rm 10,17). Querida Catequista…….., aumentando sua fé em Cristo aumentarás a fé dos seus catequizandos e da comunidade. Parabéns e bênçãos na missão catequética!”

Em sua homilia, o Metropolita comentou os textos das leituras do domingo Rm 12,6-14 e Mt 9,1-8. Cristo oferece ânimo aos que são curados, curando-lhes antes de tudo a alma. Esse poder de cura é dado aos seus ministros, em cujo quadro entram também os catequistas a quem é dado um poder especial, que é o da palavra. E o catequista, por sua função própria (“katequeuo” – produzir um som alto, ressoar alguma coisa), faz ressoar a palavra do Evangelho por meio de sua boca e por meios tecnológicos. Para ilustrar essa função, Dom Volodemer pediu para que cada um dos formandos lesse um versículo do texto da epístola, na qual o maior missionário de todos os tempos o Apóstolo São Paulo dá as recomendações sobre como deve ser e viver um cristão, o que vale principalmente para os catequistas.

No final da celebração litúrgica, procedeu-se a entrega dos diplomas pelo Metropolita e foram feitos alguns pronunciamentos. Ir. Dorilde, na função de Coordenadora Geral, saudou os novos catequistas e lhes desejou muito crescimento espiritual sob a proteção de Maria Santíssima. “Segurem firme nas mãos da Virgem Maria, entreguem seus conhecimentos ao Espírito Santo para serem transformados em Sabedoria, entreguem vossos passos a Jesus”, concluiu Ir. Dorilde.

Em nome dos formandos, falou Paula Daniele Schoma Trentim, fazendo vários agradecimentos. Ela agradeceu especialmente à Metropolia que, “com a graça do Espírito Santo teve a iniciativa de criar este abençoado curso”. E concluiu: “… criamos várias amizades e podemos nos comparar às sementes que caíram em terra boa, germinaram e, no decorrer desses quatro anos, vêm crescendo e gerando frutos”.

A jovem Franciely Symczak foi convidada para homenagear os colegas formandos. Ela lembrou o que é ser catequista e as dificuldades dos formandos que foram superadas durante os quatros anos, demonstrando “o quão fortes vocês são, o quanto a vocação é capaz de nos fortalecer na fé”. Franciely finalizou seu discurso desejando aos colegas formados “coragem e perseverança para continuarem essa longa caminhada”, que será alegre e animada eternizando os bons momentos vividos durante as quatro etapas de formação mais intensa no Centro Metropolitano de Pastoral.

No salão de festas da Paróquia, foi servido o almoço de confraternização, sempre carinhosamente preparado pelos paroquianos voluntários, com a distribuição de presentes aos catequistas formados e o belo momento da partilha do bolo festivo.

Texto – relatório: Secretariado Metropolitano

Fotos: Wilson Surmacz

Observação: o texto é passível de complementações e correções.