CNBB em Assembleia

A Assembleia Geral da CNBB, em sua 56ª edição, realizada em Aparecida entre os dias 11 a 20 de abril, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida/Santuário Nossa Senhora da Conceição Aparecida, ficou especialmente marcada tanto pelo contexto religioso-eclesial quanto pelo sociopolítico.

Como assembleia ordinária, ela teve sua programação diária e temática anual normal: abertura solene, incluindo a Santa Missa e a sessão especial, com a participação da Presidência, Núncio Apostólico, Arcebispo de Aparecida e do Prefeito municipal da cidade; relatório anual da Presidência; análise de conjuntura social e eclesial; tema central e outros temas atuais; reuniões privativas, geralmente com a presença do Núncio Apostólico, reuniões dos regionais e reuniões de estudos em grupos; debate dos temas e propostas apresentadas; muitas comunicações; celebração ecumênica; retiro espiritual; celebrações litúrgicas; mensagens especiais; experiências evangelizadoras e partilhas pastorais; entrevistas concedidas aos diversos meios de comunicação social; presença das editoras católicas e também estandes de informática de administração paroquial e de arte sacra e paramentos litúrgicos; disponibilidade do Núncio Apostólico em atender os Bispos;  encerramento solene. As atividades das sessões e o temário caracterizam-se por uma enorme riqueza que reflete a pluralidade cultural-religiosa do tamanho do nosso Brasil continental.

Os pontos que diferenciaram a Assembleia deste ano foi a ausência do Secretário Geral Dom Leonardo Ulrich Steiner, que se encontra em tratamento médico. Ele foi substituído ad hoc por Dom Esmeraldo Barreto de Farias – bispo auxiliar de São Luís, Maranhão. Notou-se uma notável melhora na própria organização da Assembleia: colaboradores da CNBB Matriz trabalharam vários meses para deixar prontos todos os documentos, o material de suporte e a logística para o encontro. Sob a coordenação do Pe. Antônio Silva da Paixão, a equipe do Centro de Eventos se esmerou para preparar um espaço simples, mas bem funcional, muito bem iluminado e confortável para que os Bispos pudessem enfrentar jornadas pesadas de trabalho. O momento atual de crise mundial e principalmente de grave crise político-econômica e moral do Brasil tomou a atenção de todos os palestrantes e praticamente de todos os debatedores. O Ano do Laicato e ano eleitoral no Brasil temperou as reflexões. Também o lançamento recente da Exortação apostólica do Papa Francisco Gaudete et exsultate – Alegrai-vos e exultai-vos deu a tonalidade a muitos temas abordados, a começar pela homilia da Santa Missa de abertura proferida pelo Presidente da CNBB e Arcebispo de Brasília Cardeal Sergio da Rocha. Destaque-se ainda que a Arquidiocese de Aparecida, que já há vários anos sedia as Assembleias Gerais da CNBB, celebra 60 anos de fundação. Mas o elemento que mais destacou a 56ª Assembleia Geral foi a eleição dos delegados e suplentes para a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá em Roma no mês de outubro.

São apresentados a seguir os principais trabalhos e mensagens da 56ª Assembleia Geral.

Tema central: Diretrizes para a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil

As atuais Diretrizes para a Formação Presbiteral foram aprovadas na 48ª Assembleia Geral da CNBB em 2010. Nesta Assembleia, um grupo formado por bispos e peritos redigiu um novo texto, seguindo documentos do Magistério eclesiástico e, principalmente, a Ratio Fundamentalis Instituitionis Sacerdotalis, que é o documento da Santa Sé, publicado no dia 8 de dezembro de 2016. Este documento oficial da Igreja católica dá pistas para a formação de seminaristas e do clero, atualizando as orientações de 1985. A equipe consolidou o texto enviado aos participantes antes da Assembleia e sistematizou as últimas sugestões antes da apresentação à plenária.

O texto destaca que o futuro padre deve ser acompanhado na totalidade das quatro dimensões que interagem simultaneamente no processo formativo e na vida dos ministros ordenados: humana, espiritual, intelectual e pastoral. Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, foi um dos responsáveis pela elaboração do texto. Ele contou que os novos presbíteros a serem formados pela Igreja no Brasil devem ter as seguintes características: “Homens verdadeiramente apaixonados pelo Evangelho do crucificado-ressuscitado, homens entusiasmados pela proposta do Reino e, por isso, capazes de se lançar generosamente no trabalho apostólico”.

O novo documento assumiu as inspirações da Ratio Fundamentalis e suas quatro características que precisam ser fortemente destacadas no contexto religioso-eclesial contemporâneo: “a formação deve ser única, integral, comunitária e missionária”. Para o Bispo auxiliar de São Paulo Dom José Roberto Fortes, também membro da equipe preparatória do texto, os futuros padres devem ter um coração semelhante ao coração de Cristo: “Que sejam homens misericordiosos, que tenham espírito de serviço, se dediquem com todo seu ser ao serviço da evangelização, tenham amor pelo povo, forme comunidades maduras e adultas na fé e colaborem com a graça de Deus para o advento do Reino”.

Após a aprovação final pelo episcopado brasileiro em sua 56ª Assembleia Geral, este texto também seguirá para o Vaticano – Congregação para o Clero para ser referendado. Só então, o texto se tornará um documento oficial da CNBB, que orientará a formação de novos presbíteros no Brasil.

Atualização dos estatutos da CNBB

Um dos trabalhos mais importantes desta Assembleia foi a atualização dos estatutos. Os trabalhos partiram do resultado do trabalho da Comissão de Reforma do Estatuto instituída em 2015 a pedido da própria Assembleia Geral. O Estatuto Canônico e Regimento da CNBB foi aprovado em 2001 e publicado como Documento nº 70, tendo já completado 17 anos de funcionamento. “A vida é dinâmica e, por isso, se faz de vem em quando alguns ajustes e atualizações nos estatutos da Conferência”, avaliou o Cardeal Dom Raymundo Damasceno, Arcebispo emérito de Aparecida e que preside o trabalho de revisão.

A Comissão trabalhou anteriormente com as contribuições de muitos bispos. “Recebemos sugestões muito importantes e positivas. Fizemos uma análise destas e estamos aproveitando-as para atualizar o documento. Também as que, pelos anos de experiências na CNBB e nas comissões, julgamos oportunas inserir”, disse o Cardeal. Após todo o processo de estudo e de redação, o texto vai para a aprovação dos bispos, que poderão propor outras sugestões e emendas; aprovado pela Assembleia Geral, o texto seguirá para a Congregação dos Bispos no Vaticano para aprovação final.

Projeto “Cada Comunidade Uma Nova Vocação”

Por ter sido uma iniciativa muito bem-sucedida não somente no Regional Sul 2, mas também em outros regionais, o projeto dignou-se de ser apresentado à 56ª Assembleia Geral da CNBB, suscitando novos interesses em implantá-lo nas dioceses.

O projeto, iniciado pelas dioceses dos Regionais Sul 2, Sul 3, Sul 4 da CNBB e as dioceses de Osasco (SP), Tefé (AM) e Bafatá no continente africano, tem o intuito de suscitar uma cultura vocacional em toda a Igreja para despertar as mais variadas vocações. De acordo com o secretário executivo do Regional Sul 2 da CNBB, Padre Mário Spaki, uma das grandes propostas desta ação evangelizadora é utilizar todos os meios de comunicação à nossa disposição, em especial as redes sociais para divulgar vídeos que mostram a beleza do chamado de Deus, testemunhos de quem vive sua vocação com alegria. “Na ação evangelizadora Cada Comunidade Uma Nova Vocação”, nós divulgaremos aquilo que é positivo, os fatos bonitos, que são tantos. Queremos que a alegria do Evangelho contagie muitos corações”, disse o Padre.

Ainda segundo o Padre Mário, outro ponto importante do projeto é o convite à oração por todas as vocações. “Propomos que todos os encontros da Igreja, todas as reuniões de pastorais, movimentos eclesiais, organismos e serviços, grupos de reflexão, assim como todas as celebrações comecem ou terminem com uma dezena do rosário, conscientemente, pelas vocações”, completou.

Retiro espiritual – chamado à santidade

O pregador foi Dom José Luiz Azcona – Bispo emérito da Prelazia do Marajó (MA). Nomeado bispo por São João Paulo II, em 1987. Sobre a sua vocação ao sacerdócio ele disse: “Deus foi muito misericordioso comigo. Eu fiz a experiência da graça de Cristo. Estive entre aqueles que denuncia o Papa Francisco como ‘pelagianos’ e ‘voluntaristas’, e Deus me colocou nos trilhos da sua Graça e de seu Evangelho”, disse. Foi o seu sim que marcou sua opção missionária, especialmente quando atendeu a um pedido de seu provincial para vir ao Brasil. Desde então vem rompendo muitas barreiras, entre elas a cultural. Ele permaneceu na prelazia marajoara até a renúncia ao governo pastoral, em 2016. Ele está entre as pessoas ameaçadas de morte na região Norte. Esta realidade marca a sua espiritualidade e é parte desta experiência de compromisso que ele compartilhou no retiro ao episcopado brasileiro.

O tema do retiro foi a Exortação apostólica Gaudete et exsultate como pano de fundo das reflexões. Segundo Dom Azcona, o Pontífice quer “fazer ressoar mais uma vez o chamado à santidade”, indicando “os seus riscos, desafios e oportunidades”. Em suas reflexões, ele aprofundou os desafios de ser santo no mundo de hoje dentro da realidade de bispos do Brasil. Para o religioso, as raízes da santidade e, portanto, do bispo sempre estão na sua condição primeira de cristão. É necessário chegar primeiramente à identidade de cristão para ser missionário. “Às vezes, falamos de Cristo como a nossa paixão, mas muitas vezes ocultamos e deixamos na sombra a sua identidade como crucificado”, disse. A identidade de Cristo, ao qual queremos seguir, é marcada pelas chagas”, disse Dom Azcona.

Dom Frei Evaristo Spengler, atual Bispo do Marajó, recordou o exemplo do seu predecessor e também falou da importância do retiro: “Dom Azcona tem um grande reconhecimento não somente pelos paroquianos, mas de todo o povo que vive nas cidades que compõe a Prelazia do Marajó e até mesmo das cidades vizinhas, como a capital Belém (PA). Muito reconhecido pelos trabalhos que desenvolveu no enfrentamento ao tráfico humano, nas denúncias aos casos de exploração e abuso sexual, ele tem um grande caráter moral, espiritual e sempre com muita coerência. Por isso a palavra da nossa prelazia é vista com muito respeito e autoridade. E no retiro a nós bispos, Dom Azcona conseguiu passar aquilo que ele é: um homem de Deus, que busca a santidade e quer levar todos a fazerem constantemente um encontro pessoal com Cristo, que leve a uma conversão e a uma transformação e vida”, disse o Prelado.

Por ocasião do lançamento da Exortação, na segunda-feira, 9 de abril, o site oficial da Santa Sé divulgou um resumo do documento no qual se afirma que em uma das suas passagens principais, o Papa Francisco trata as bem-aventuranças como oito caminhos de santidade: “Além de todas as ‘teorias sobre o que é santidade’, existem as Bem-aventuranças. Francisco coloca-as no centro do terceiro capítulo, afirmando que com este discurso Jesus ‘explicou, com toda a simplicidade, o que é ser santo’. O Papa as repassa uma a uma. Da pobreza de coração – que também significa austeridade da vida ao reagir ‘com humilde mansidão’ em um mundo onde se combate em todos os lugares. Da ‘coragem’ de deixar-se ‘traspassar’ pela dor dos outros e ter ‘compaixão’ por eles – enquanto ‘o mundano ignora, olha para o lado’ – à sede de justiça”.

O resumo apresentado ainda apresenta a seguinte reflexão: “a realidade mostra-nos como é fácil entrar nas súcias da corrupção, fazer parte desta política diária do ‘dou para que me deem’, onde tudo é negócio. E quantos sofrem por causa das injustiças, quantos ficam assistindo, impotentes, como outros se revezam para repartir o bolo da vida. Do ‘olhar e agir com misericórdia’, o que significa ajudar os outros ‘e até mesmo perdoar’, ‘manter o coração limpo de tudo o que mancha o amor’ por Deus e o próximo, isto é santidade. E finalmente, do ‘semear a paz’ e ‘amizade social’ com ‘serenidade, criatividade, sensibilidade e destreza’ – conscientes da dificuldade de lançar pontes entre pessoas diferentes – ao aceitar também as perseguições, porque hoje a coerência às bem-aventuranças ‘pode ser malvista, suspeita, ridicularizada’ e, no entanto, não se pode esperar, para viver o Evangelho, que tudo à nossa volta seja favorável”.

Sínodo dos Bispos sobre a juventude

Durante a Assembleia foram eleitos os Bispos delegados que participarão do Sínodo de 3 a 28 de outubro, em Roma, tendo como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Seus nomes não podem ser divulgados, porque deverão ter primeiramente o aval do Vaticano.

Dom Vilsom Basso, Bispo diocesano de Imperatriz do Maranhão, que está à frente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, na Coletiva de Imprensa do dia 17 de abril, colocou algumas ideias que norteiam os trabalhos preparatórios do Sínodo: “A Igreja no Brasil quer oferecer aos jovens a experiência de se encontrar com Jesus e se tornar missionários da boa nova do Evangelho”. “O Papa Francisco está fazendo algo novo ao colocar os jovens no centro da atenção da Igreja”, disse. Para Dom Vilson, este Sínodo é grande oportunidade para ouvir os jovens e abrir novos caminhos de evangelização. Ele lembrou que, na preparação ao Sínodo, o Papa tem defendido a ideia de que os jovens sejam protagonistas e deixem sua marca na história e não tenham a postura apenas de turistas que estão de passagem pelo mundo.

Cerca de 25% da população brasileira é formada por jovens o que totaliza cerca de 50 milhões de pessoas. É um número que representa um enorme desafio, mas também um enorme potencial pastoral que deve ser devidamente contemplado. Segundo Dom Vilson, após fazer a experiência de encontro pessoal com Jesus Cristo, o jovem esparrama a boa notícia do Evangelho nos ambientes onde atuam e nos areópagos modernos como as escolas e universidades.

Mensagens importantes

Eleições 2018

Na última coletiva de imprensa, a CNBB apresentou a mensagem ao povo brasileiro sobre as eleições 2018. O texto foi lido pelo Vice-Presidente da CNBB Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador (BA). Partindo da frase “Continuemos a afirmar a nossa esperança, sem esmorecer” (Hb 10,23, os Bispos ressaltam que o Brasil vive um momento complexo, com uma crise que abala as estruturas democráticas: “A atual situação do País exige discernimento e compromisso de todos os cidadãos e das instituições e organizações responsáveis pela justiça e pela construção do bem comum”.

A endêmica corrupção leva ao descrédito da política, alerta o texto em tom profético. A idolatria do mercado leva à exploração dos mais necessitados e vulneráveis. A visível judicialização da Política e a politização da Justiça travam as soluções. Porém, as eleições trazem a possibilidade de reanimação do povo brasileiro: “É imperativo assegurar que as eleições sejam realizadas dentro dos princípios democráticos e éticos para que se restabeleçam a confiança e a esperança tão abaladas do povo brasileiro”.

O recado aos candidatos e também aos eleitores é bem contundente: “Não merecem ser eleitos ou reeleitos candidatos que se rendem a uma economia que coloca o lucro acima de tudo e não assumem o bem comum como sua meta, nem os que propõem e defendem reformas que atentam contra a vida dos pobres e sua dignidade. São igualmente reprováveis candidaturas motivadas pela busca do foro privilegiado e outras vantagens. Reafirmamos que “dos agentes políticos, em cargos executivos, se exige a conduta ética, nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos” (CNBB – Doc. 91, n. 40 – 2010). “Exortamos a população brasileira a fazer desse momento difícil uma oportunidade de crescimento, abandonando os caminhos da intolerância, do desânimo e do desencanto. Incentivamos as comunidades eclesiais a assumirem, à luz do Evangelho, a dimensão política da fé, a serviço do Reino de Deus”.

Povo de Deus

Foi elaborado um documento final da Assembleia em forma de mensagem, que será enviado a todas as 277 circunscrições eclesiásticas do Brasil, incluindo arquidioceses, dioceses, prelazias, entre outras. O documento registra a comunhão do episcopado brasileiro com o Papa Francisco. O texto também destaca a necessidade de promover o diálogo respeitoso para estimular a comunhão na fé em tempo de politização e polarizações nas redes sociais. A mensagem retoma a natureza e a missão da entidade na sociedade brasileira.

“Em sua missão evangelizadora, a CNBB vem servindo à sociedade brasileira, pautando sua atuação pelo Evangelho e pelo Magistério, particularmente pela Doutrina Social da Igreja. “A fé age pela caridade’ (Gl 5,6); por isso, a Igreja, a partir de Jesus Cristo, que revela o mistério do homem, promove o humanismo integral e solidário em defesa da vida, desde a concepção até o fim natural. Igualmente, a opção preferencial pelos pobres é uma marca distintiva da história desta Conferência. O Papa Bento XVI afirmou que ‘a opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza’. É a partir de Jesus Cristo que a Igreja se dedica aos pobres e marginalizados, pois neles ela toca a própria carne sofredora de Cristo, como exorta o Papa Francisco”.

“A CNBB não se identifica com nenhuma ideologia ou partido político. As ideologias levam a dois erros nocivos: por um lado, transformar o cristianismo numa espécie de ONG, sem levar em conta a graça e a união interior com Cristo; por outro, viver entregue ao intimismo, suspeitando do compromisso social dos outros e considerando-o superficial e mundano (cf. Gaudete et exsultate, n. 100-101). … A Conferência Episcopal, como instituição colegiada, não pode ser responsabilizada por palavras ou ações isoladas que não estejam em sintonia com a fé da Igreja, sua liturgia e doutrina social, mesmo quando realizadas por eclesiásticos”.

Encerramento da Assembleia

No final da manhã do dia 20 de abril, na cerimônia de encerramento da 56ª Assembleia Geral da CNBB, o Núncio Apostólico no Brasil Dom Giovanni D’Aniello leu a mensagem enviada pelo Papa Francisco ao episcopado brasileiro, assinada pelo Secretário de Estado do Vaticano Cardeal Pietro Parolin. Em resposta à carta enviada pela CNBB no início da Assembleia ao Pontífice, o Santo Padre expressou seu carinho pelo episcopado brasileiro e agradeceu pelo ato de unidade. “O Santo Padre incumbiu-me de agradecer esta manifestação de unidade eclesial, assegurando as suas orações a fim de que não falte aos prelados brasileiros os dons necessários de discernimento e comunhão para enfrentar os desafios que o Brasil de hoje lhes apresenta”, escreveu Dom Parolin.

Francisco recordou a vivência do Ano do Laicato no Brasil e motivou o episcopado na continuidade dos trabalhos promovidos em parceria com os leigos e leigas. “O Papa os anima neste Ano do Laicato no Brasil a permanecerem atentos ao seu povo (…) ajudando os leigos e leigas a viver, sempre em sintonia com seus pastores, o protagonismo do chamado de ser cada vez mais uma Igreja em saída”, afirmou o Secretário de Estado do Vaticano.

O Presidente Dom Sérgio da Rocha convidou todos os bispos presentes para juntos rezarem a oração do Pai-Nosso e a oração de consagração à Virgem de Aparecida. Por fim, o Cardeal rezou pelo retorno dos Bispos às suas arquidioceses e dioceses de atuação e encerrou a 56ª Assembleia Geral agradecendo ao arcebispo de Aparecida Dom Orlando Brandes pelo acolhimento, bem como à imprensa, motoristas e hotelarias pelo apoio. “Nós queremos, neste momento antes da bênção, suplicar ao Senhor por todos aqueles que estiveram colaborando conosco nestes dias da Assembleia. Reafirmamos nossa gratidão”, finalizou Dom Sérgio.

Dom Volodemer Koubetch, OSBM