Celebração jubilar das Irmãs Servas

A Província brasileira São Miguel Arcanjo da Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada celebrou o jubileu de cinco religiosas no dia de sua Padroeira – Imaculada Conceição – 8 de dezembro.

Um grupo de irmãs participou do retiro espiritual, dirigido pelo Pe. Inácio Malinoski, OSBM – Superior do Convento de Ivaí e Mestre de Noviços.

Às vésperas, foi celebrada a “Lytia” e, no início da manhã da Festa da Imaculada Conceição, foi celebrada a “Utrenha”, presididas pelo pregador. Ao final da “Utrenha”, as retirantes receberam a bênção apostólica.

A festividade jubilar, começou às 10 horas, com a entrada das irmãs jubilandas e os celebrantes. As Irmãs Nádia Gavanski, Júlia Denychevicz, Olívia Michalovski e Teresa Cristina Slobojian celebram este ano 50 anos de vida consagrada. Ir. Janete Bulat celebra 25 anos e ela participou da solenidade pelo Facebook, estando em tratamento de saúde no Hospital Bom Jesus de Ponta Grossa.

Posicionando-se em frente o altar, as Irmãs Jubilandas foram saudadas em ucraniano pela Ir. Celina Sloboda, SMI. Em meio às palavras de louvor e agradecimento pela vida e trabalho das jubilandas, Ir. Celina lembrou os desafios que as coirmãs homenageadas enfrentaram no decorrer de seus anos. “Só Deus sabe o que vocês vivenciaram. Nós contamos os anos. No entanto, nossas contas não são contas de Deus”, disse. A certa altura de sua homenagem, referindo-se às velas acesas que as irmãs traziam, Ir. Celina destacou: “Cada pessoa é chamada a carregar a Luz em si mesma e iluminar tudo ao seu redor. … A vida consagrada é como uma vela, uma pequena chama, como a luz da chamada que Jesus acendeu em seus corações. As Irmãs Jubilandas, guiadas pelo ideal da Bem-aventurada Josafata, que convida a serem luz viva entre o povo, atenderam com sinceridade ao chamado, não guardaram a luz para si, mas compartilharam com todos os seus fiéis, pregaram a Cristo com sua fidelidade, perseverança, palavra, trabalho e oração”.

A Divina Liturgia foi presidida pelo Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch e concelebrada pelos Padres Inácio, já apresentado, e Luís Slobojian, OSBM – Pároco de Ivaí. Ele é irmão da Ir. Teresa Cristina. Ir. Leonidia Hanicz, SMI prestou serviços litúrgicos e também serviu o incenso, todas as vezes bem cheiroso, sem a mistura de elementos que alteram seu perfume.

Antes de iniciar sua homilia, Dom Volodemer saudou as Jubilandas e cumprimentou especialmente a Ir. Janete, que virtualmente acompanhava a celebração, desejando-lhe rápida recuperação. Dentro da perspectiva eclesial de preparação para o Sínodo 2023, a homilia focalizou Nossa Senhora como a “mulher da escuta”, colocando-a como modelo perfeito de ouvinte de Deus e dos irmãos; e, portanto, ela é também um modelo de sinodalidade – uma “mulher sinodal”. Explicou Dom Volodemer: “Sínodo significa convergência, confluência de caminhos. Maria soube fazer convergir os caminhos divinos e humanos para que a graça de Deus chegasse à humanidade, trazendo a salvação. Seus caminhos convergiram, se juntaram aos caminhos de Deus na pessoa de Cristo. Entendendo que Deus precisava de um caminho humano apropriado para chegar ao mundo e que para isso foi ela a escolhida, Maria pronunciou aquele magnífico SIM que ecoa até os dias de hoje. Maria foi o caminho traçado por Deus e ela considerou isso uma maravilha; maravilha que vinha sendo realizada desde a sua concepção, pois ela foi preservada imune de toda mancha do pecado original. Ela é a IMACULADA; por isso pôde proclamar: “O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor” – fez em mim maravilhas (Lc 1,49)”. E concluiu: “Vamos então aprender com ela a sermos melhores ouvintes da voz de Deus e assim nos tornarmos melhores ouvintes dos nossos irmãos e irmãs com seus anseios e necessidades. Vamos nos esforçar em fazer convergir os nossos caminhos com os caminhos de Deus. Vamos convergir nossos caminhos com os caminhos da Igreja a fim de formar a grande família de Deus, que é o Reino de Deus!”

Após a consagração, no momento de louvor a Maria Santíssima, ao som de uma bela canção mariana, as Jubilandas presentes trouxeram pétalas de rosas e as lançaram diante do ícone da Mãe de Deus. Ir. Celina narrou o significado do gesto: lembrança da profunda devoção da Beata Josafata a Maria Santíssima e a continuidade dessa devoção pelas Irmãs Jubilandas. “É um símbolo de espiritualidade, ternura, um símbolo de amor e beleza, boas ações. Comparamos tudo com pétalas de rosa caindo aos pés da Santíssima Virgem. O sacrifício do amor é lindo, como uma rosa, como suas pétalas. Sempre fica um pouco de perfume em quem toca a flor. Quem dá flores sempre cheira a fragrância delicada. Pois nós somos para Deus a fragrância de Cristo, a fragrância agradável de Cristo. As irmãs trazem as pétalas das virtudes adquiridas, os aromas do fecundo apostolado operante na Igreja, para o povo, na congregação, os aromas da oração e do serviço, os aromas da paz e da alegria, do amor e da ternura semeados, que floresceram no coração das crianças, dos jovens, das famílias, dos enfermos, onde a maior necessidade durante de 25 e 50 anos de vida consagrada”, disse Ir. Celina.

Antes da Santa Comunhão, Ir. Eliane Hadena Kmet renovou seus votos temporários e todas as Irmãs professas renovaram seus votos perpétuos.

Ao final da celebração litúrgica, a Superiora provincial Ir. Deonisia Diadio, SMI tomou a palavra para saudar, agradecer e incentivar suas súditas Jubilandas a continuarem alegremente a caminhada, fundamentando na inspiração de Maria Santíssima e no exemplo de consagração solidária da Beata Josafata: “ir onde há maior necessidade”. Continuando a analogia das pétalas de rosa, também a Ir. Deonisia transmitiu uma mensagem de ânimo, crescimento e superação: “Uma rosa para exalar o seu perfume, desabrochar, apresentar sua beleza e ternura, passa por vários processos… Certamente que, na vida, vocês também passaram pelo processo de transformação, encontrando muitas vezes espinhos, dificuldades, problemas… Rosas são os anos dedicados à formação humana, intelectual e espiritual. Anos de vida em comunidade, amor fraterno e vivência dos votos. Rosas simbolizam o trabalho na Igreja, pastoral, celebrações litúrgicas, cursos, encontros, retiros…” Rosas representam muitas outras coisas da vida. Ir. Deonisia concluiu sua fala: “Na vida de cada uma Maria sempre caminhou como mãe e hoje, como resposta de amor, jubilosamente ela recolhe os anos de consagração e entrega ao seu filho Jesus. Acolhidos pelo Senhor, voltemos o nosso olhar para pedir bênçãos e proteção divina para os próximos anos que virão. Que a luz do Espírito Santo sempre se revele, mostre, ilumine o projeto de vida, a missão e vos abençoe com muitos dons e sabedoria do amor divino, hoje, amanhã e sempre”.

Para finalizar a celebração jubilar, o Metropolita mais uma vez desejou melhoras para a Ir. Janete a fim de que ela possa servir ao Reino por mais 25 anos e para as Irmãs que celebram o Jubileu de Ouro, com a beleza e o perfume das rosas, mas também com os desafios de seus espinhos, que sirvam a Congregação, a Igreja e o Reino “por pelo menos mais 25 anos, mas também podendo ser 50”; e solicitou um solene e forte “Mnohaia lita”. A solenidade encerrou com a costumeira confraternização.

Texto: Secretariado Metropolitano

Fotos: Irmãs Servas de Maria Imaculada