Histórica diaconia em Antonio Olinto

Mesmo em situação ainda muito complicada da pandemia do coronavírus, a Comunidade da Paróquia e Santuário Nossa Senhora dos Corais de Antônio Olinto decidiu fazer uma celebração especial no dia 14 de fevereiro de 2021 para homenagear as Irmãs Servas de Maria Imaculada, que marcam sua presença apostólica há 70 anos, e o Diácono João Karpovicz, que há 50 anos vem prestando vários serviços pastorais. A celebração aconteceu no centro de eventos, ainda todo aberto, em fase de construção, respeitando ao máximo as normas referentes ao Covid-19, emanadas pelas autoridades sanitárias municipais.

Tendo se paramentado na sacristia, os celebrantes Dom Volodemer Koubetch – Arcebispo Metropolita, Pe. Basilio Koubetch – Pároco e Reitor do Santuário Nossa Senhora dos Corais e o Diácono João Karpovicz saíram do santuário em direção do altar preparado no palco do centro de eventos.

Foi entoado um canto e lida a lista de intenções, focando as duas datas festivas. O Pároco Basilio fez a acolhida. O catequizando Felipe, filho de Antônio Melnechenko, entoou uma canção religiosa especialmente dirigida ao Jubilando Diácono. Em seguida, o Sr. Antônio leu uma biografia do Diácono João, finalizando-a com palavras de profunda gratidão: “Parabéns por todos esses anos de serviço e dedicação para o bem desta comunidade. Junto com Vossa Reverendíssima a comunidade católica ucraniana de Antônio Olinto agradece a Deus e à Nossa Senhora dos Corais pelos 50 anos de diaconia com grande alegria. Esta comunidade colhe os preciosos frutos do seu serviço diaconal. Somos todos edificados pela sua fé e dedicação. Lembrando as palavras de Vossa Reverendíssima: “ainda faço o que posso, mas tudo com Maria e por Maria. Cumpra-se em mim a vontade de Deus!” nós vemos que estas palavras se tornaram realidade para o bem de todos. Através dessas atitudes, frutos da fé, da esperança e da caridade, Vossa Reverendíssima foi e continua sendo para nós uma pessoa pela qual a luz de Deus nos ilumina e a infinita misericórdia de Deus nos trouxe e continua trazendo muitas graças por intercessão de Nossa Senhora dos Corais”.

Prosseguiu a Divina Liturgia, que contou com a participação do Diácono, o qual, apesar da idade, teve boas condições de entoar todas as “ektenias”.

Antes de iniciar sua homilia, Dom Volodemer lembrou o significado histórico das duas datas e fez efusivos agradecimentos às Irmãs e ao Diácono. A partir das leituras do dia, ele falou sobre quatro atitudes a serem consideradas principalmente no tempo da Grande Quaresma, que inicia na próxima semana: 1ª – vigilância e pureza que acontecem com o ensinamento do Apóstolo Paulo que pede para “despojar-se das obras das trevas e revestir-se das armas da luz, o que significa revestir-se do Senhor Jesus”; 2ª – jejum alegre e discreto, não como o praticado pelos fariseus; 3ª – ajuntar tesouros eternos, não prendendo-se nas coisas materiais; 4ª – perdoar para ser perdoados. O pregador se deteve um pouco mais sobre o grande valor espiritual e humano do perdão.

Ao final da celebração litúrgica, o Metropolita homenageou as Irmãs Servas a quem foi entoado um solene “Mnohaia lita”. Para homenagear o Diácono João, ele convidou a esposa Lúcia para subir ao palco. Foram décadas de valiosa diaconia espiritual, pastoral e cultural à Comunidade de Antônio Olinto, prestada com muita dedicação e sacrifício pelas Irmãs Servas e pelo Diácono João, enfatizou Dom Volodemer. As Irmãs pioneiras e o Casal João e Lucia foram pessoas extraordinariamente batalhadoras, que superaram as dificuldades da vida com muita coragem e amor a Deus e aos semelhantes. Exerceram uma autêntica missão – uma verdadeira diaconia.

As três religiosas, Ir. Egídia Pastuch, Ir. Zenovia Kozechen e Ir. Elizabete Adamek, que estavam representando as Irmãs da Província brasileira São Miguel Arcanjo e de toda a Congregação, também subiram ao palco para receber, juntamente com o Diácono, as homenagens da Comunidade na forma de presentes e buquês de flores. Ir. Egídia tomou a palavra, relembrando as primeiras décadas do trabalho das Irmãs na localidade e agradecendo ao Diácono pelos inúmeros serviços prestados e à Comunidade pelas diversas colaborações. Com gratidão e emoção, mergulhado no distante tempo já vivido, o Diácono João narrou várias passagens de sua vida, confirmando a sua profunda ligação a Maria Santíssima, que, desde a sua infância, foi o chamando para uma missão específica na Igreja, servindo-lhe como diácono permanente em Antônio Olinto.

Texto: Secretariado Metropolitano

Fotos: Ana Paula de Camargo Karpovicz