Retiro do Apostolado da Oração na Colônia Marcelino

Nos dias 16, 17 e 18 de junho de 2023, realizou-se o retiro do Movimento do Apostolado de Oração na Casa Nossa Senhora do Amparo, Colônia Marcelino, Município São José dos Pinhais, dirigido pela Equipe do Apostolado da Oração da Metropolia, sob o comando da Ir. Juliane Martinhuk, SMI, sua auxiliar Ir. Marta Anatólia Marinhak, ISJ e demais membros, tendo o Pe. Inácio Malinoski, OSBM – Mestre de Noviços em Ivaí como o principal palestrante e a participação especial do Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch.

No dia 16 de junho, sexta-feira, às 19 horas, os membros retirantes tiveram a celebração da Divina Liturgia, presidida pelo Pe. Inácio e concelebrada pelo Pe. Neomir Doopiat Gasperin – Diretor da Casa e Pároco. Foram dadas as boas-vindas a todos os membros participantes e foi repassado o cronograma do retiro pela Ir. Juliane. Logo foi servido o jantar.

No sábado, dia 17, na parte da manhã, foi servido o café e, em seguida, Ir. Juliane conduziu a Oração do Oferecimento e o canto ao Sagrado Coração de Jesus, falando também que estávamos comemorando o Dia do Imaculado Coração de Maria. Ela fez a leitura e meditação sobre o texto de Lucas 2,22-34, seguidos de orações e cânticos. Após ter meditado sobre as dores de Maria, Ir. Juliane concluiu: “Então peçamos a Maria, que nos ajude a enfrentar as espadas, as cruzes”.

Ir. Juliane perguntou se todos trouxeram a pedra, conforme solicitado, e pediu que todos permanecessem com elas até o momento oportuno. Ela deu as boas-vindas ao Pe. Inácio, que palestrou sobre a missão do Movimento de construir a Igreja de Cristo. Falando sobre os apóstolos, chamados a seguirem Cristo, o palestrante disse: “com as pessoas mais simples, Jesus começou a maior obra: a construção da Igreja”. Essa obra é continuada pelo nosso querido e dinâmico Movimento.

Após o intervalo para o cafezinho, o Padre falou sobre a oração, que é uma corrente, pois temos que voltar a nossa mente a Deus a fim de que tudo tenha um grande sentido. “Rezar é orar, rezar por si, pela minha santificação; oração é santificação, pensar que Maria está comigo, caminha comigo”, enfatizou o Pe. Inácio. Ele explicou de forma bem didática como adquirir a fé e orar mais e melhor. Precisamos rezar com todo o nosso ser, nosso corpo, usando a mente, o coração, os sentidos.

Após o almoço, ao ar livre, em volta da casa, as Irmãs Juliane e Marta dirigiram a meditação e oração da cruz a partir dos mistérios dolorosos do terço. Uma cruz de madeira estava sendo levada em procissão. No quinto mistério, sendo enterrada a cruz, os participantes colocaram aos seus pés as pedras que portavam. E a Ir. Juliane explicou: “Ser cristão não é fácil, pois Jesus diz que, se alguém quiser vir a mim, pegue sua cruz e siga-me. Jesus tomou sua cruz e seguiu; e o segredo de enfrentar nossas cruzes é fazer tudo com amor, pois na cruz Jesus mostrou que o amor passa pelo sofrimento, porque amar implica renúncia”.

Não é fácil carregar a pedra: é peso, incomoda; é o peso da falta de perdão. E Jesus perdoou os seus algozes. Se perdoarmos de verdade, nós nos libertamos de tantas coisas; quando perdoamos, a vida se torna mais leve. Um participante fez o seu depoimento, afirmando que, quando perdoou, se tornou outra pessoa, bem melhor.

Jesus não terminou na cruz, ele ressuscitou e trouxe sementes. Outro retirante apareceu vestido de Jesus e trazendo sementes de girassol. Entregamos nossas dores a Jesus e agora ele manda levar as sementes de girassol, a luz, a vida, a alegria. Cada retirante pegou a semente e se dirigiu à capela para o momento de reflexão, exame de consciência e confissão. Dom Volodemer e Pe. Neomir atenderam as confissões.

Na capela, foi feita a adoração ao Santíssimo e depois ensaio de cantos para a Divina Liturgia. Houve um momento de convivência e o jantar, servido às 18 horas.

Após o jantar, os participantes do retiro foram conduzidos até a Comunidade de Passo Amarelo, onde participaram da celebração da Divina Liturgia e da confraternização oferecida pela comunidade.

No domingo, dia 18, após o café, o pessoal se reuniu no salão e participou da oração da manhã, conduzida pela Catequista Dorotéia Nakonechny. Rezou-se a Oração do Oferecimento e uma longa oração baseada no Salmo 91 e no Pai Nosso.

Prosseguindo, Ir. Juliane ministrou uma palestra sobre “Membros do Apostolado da Oração conforme o Coração de Deus”, refletindo sobre o Evangelho de São João 15,1-17, que fala sobre a videira e seus ramos. “Nós produzimos frutos, mas podemos produzir melhor. Pensem no que precisamos cortar em nossa família, em nosso grupo do apostolado. O que não está dando fruto temos que cortar. O Movimento do Apostolado da Oração deve ser renovado”, disse Ir. Juliane.

Recebendo um papel, cada um escreveu o que precisa ser mudado, cortado; e, num gesto simbólico, um a um, os papéis foram acesos e queimados numa vasilha. E quanta coisa precisa ser mudada, transformada, melhorada! Com a ajuda de Jesus Cristo! Antigamente, a família tinha mais valores; hoje, as crianças estão perdendo esses valores: a confissão frequente, a eucaristia, o respeito, a paciência, a fraternidade. O Apostolado da Oração deve ser o guardião da Igreja, da vida, da participação dos sacramentos, da vida familiar e comunitária.

Ir. Juliane fez a pergunta: Que frutos queremos produzir? e disse: “Os galhos desta árvore que está aqui entre nós está esperando que nós produzamos bons frutos”. Todos escreveram num papel que frutos querem produzir em suas comunidades e penduraram nos galhos de uma pequena árvore seca e assim ela ficou cheia de frutos.

Finalizando, Ir. Juliane repassou alguns avisos; disse que foi uma benção todos estarmos nesse retiro; agradeceu e desejou um abençoado retorno. Pediu para que os grupos adquiram as “Taiemnethias” a fim de que seus membros possam trocar, refletir, rezar e caminhar junto com o Movimento. Ela falou também para realizar uma boa preparação antes das recepções de novos membros (preinhathias) e que eles conheçam a história e o compromisso que assumem. Que haja uma diretoria, mas que a zeladora (revnetelhka) não considere o cargo como vitalício. Para uma melhor organização, é aconselhável fazer eleição. O ideal é que se faça eleição a cada quatro anos para que mais líderes participem e assumam o compromisso e conheçam melhor o Movimento.

Na igreja matriz Santíssima trindade, com início às 10 horas, os retirantes participaram da Divina Liturgia e Novena ao Sagrado Coração de Jesus, sob a presidência de Dom Volodemer e concelebração do Pe. Neomir e do Diácono João. O Metropolita desenvolveu sua homilia a partir da frase que Jesus disse à Santa Margarida Maria Alacoc, em 1690: “Minha filha Margarida, vá e divulgue que o meu coração ama, sofre e ensina”.

Realizada a sessão de fotos, o encerramento do retiro se deu com um delicioso almoço.

Texto: Neli Terezinha Sobanski e Secretariado Metropolitano

Fotos: Luciane F. Tremba e Ir. Marta Marinhak, ISJ