Domingo, 23 de outubro de 2022, nas dependências da Comunidade ucraniana Santa Terezinha de Rio Azul, Paróquia de Mallet, aconteceu um belo encontro regional do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), com uma programação bem contextualizada, instrutiva e dinâmica. Vindos de Curitiba no sábado à tarde, o encontro contou com a presença de Dom Volodemer – Arcebispo Metropolita, Ir. Alice Bartoski, SMI – Coordenadora do MEJ, e Sra. Ilza Volochen – Coordenadora do MEJ na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora do Martim Afonso, Curitiba, e auxiliar na coordenação do MEJ da Metropolia. E o tempo colaborou: depois de semanas chuvosas, o sol brilhou o dia todo com todo o seu esplendor.
A partir das 8 horas, os mejistas foram chegando e sendo recepcionados pela comunidade local. O café da manhã foi bem farto para eles. Aproximadamente 140 adolescentes compareceram, vindo das seguintes localidades: Rio Azul, Vera Cruz, Mallet, Dorizon, Ponta Grossa, União da Vitória e Cruz Machado.
Vale a pena destacar que o MEJ em Rio Azul possui uma equipe forte e bem organizada, contando com os seguintes líderes: Maria Paula Bihuna, Margarete Kornelo Surmacz, Eugênia Osatchuk, Anderson Kava, Mateus Zub e outros. Lembrando que as Irmãs de Sant’Ana sempre estão fazendo o devido acompanhamento.
As celebrações começaram às 9 horas. Após a leitura das intenções, Maria Paula Bihuna – Coordenadora do MEJ em Rio Azul saudou a todos, especialmente os mejistas, e motivou o encontro: “Olhemos para Jesus e nos perguntemos: o que ele quer falar para nós hoje durante este encontro? Jesus nos sensibiliza a praticar obras de caridade. Em Jesus encontramos atitudes de amor com as pessoas e esta vivência de Jesus deveria influenciar cada pessoa que é discípulo d’Ele, em especial cada mejista aqui presente”.
Prosseguindo, Maria Paula dirigiu as entradas dos diversos símbolos da nossa fé, cujos textos foram elaborados pelos grupos do MEJ que desfilaram com os respectivos símbolos: Terço – Ponta Grossa; Bíblia – Mallet; Pão e vinho – São Cristóvão, União da Vitória; Vela – Vera Cruz; São Tarcísio – Dorizon; Sagrado Coração de Jesus – Rio Azul. Finalizando a procissão, dois grupos entraram com os estandartes do movimento: “‘Prapor’: é o grande alicerce e distintivo dos membros que consagram sua vida a Jesus, fazendo parte do MEJ. Com este ‘Prapor’ defendemos a nossa comunidade e expressamos a nossa fé, compromisso e missão da vivência do Evangelho no testemunho da vida cristã. Com estes símbolos consagremos a nossa vida a Jesus Eucarístico e hoje, de modo especial, renovemos a nossa consagração de sermos missionários da evangelização.”, concluiu Maria Paula.
O Arcebispo Metropolita celebrou a Divina Liturgia, durante a qual o Pe. Clayton Martins Katerenhuk, tendo celebrado para a Comunidade de Ouro Verde, atendeu confissões. A celebração foi muito bem entoada pelos cantores locais. Os mejistas se revezaram com alegria, entusiasmo e devoção no ato de segurar seus estandartes e obedeceram exemplarmente ao pedido da coordenação para não usarem seus celulares. Eles se comportaram igualmente durante a palestra e outras atividades, merecendo o reconhecimento dos coordenadores a animadores do encontro.
Em sua homilia, Dom Volodemer se esforçou em fazer uma introdução à sinodalidade, explicando numa linguagem acessível aos adolescentes os conceitos centrais desse princípio fundamental da Igreja, aplicando o método ver-julgar-agir. Ele explicou as raízes gregas da palavra sínodo: syn, que dá o sentido de unir, convergir, juntar, e hódos, que significa caminho, estrada. Fazendo uma rápida alusão às atitudes sinodais da narração da ressurreição do filho único da viúva de Naim (Lc 7,11-16), os participantes apontaram as atitudes contrárias à sinodalidade no mundo de hoje: egoísmo, individualismo, orgulho… O pregador mencionou alguns princípios que levam à sinodalidade, como amor, união, compaixão. A conclusão foi feita pelos próprios mejistas, que disseram o que precisa fazer para construir uma comunidade mais sinodal: humildade, compaixão, empatia, trabalho em equipe…
Ao final, a Professora Eugênia Osatchuk apresentou a relíquia de Santa Terezinha, Padroeira da Comunidade, e explicou o valor espiritual de uma relíquia para a fé cristã-católica. Ela disse que foi um sonho antigo conseguir uma relíquia da Santa Padroeira e que isso aconteceu com a doação do Pároco da Colônia Marcelino e Administrador da Casa Nossa Senhora do Amparo – Pe. Neomir Doopiat Gasperin, quando esta casa, sendo de repouso para idosos, mudou para casa de retiros, eventos pastorais e formação. Os presentes ao evento puderam tocar a relíquia – um pequeníssimo fragmento de osso da grande Santa da Igreja para receber graças.
Após a celebração litúrgica, todos posaram ao lado da igreja para fazer a foto oficial. Reunindo-se no centro de eventos, houve um momento de animação com cantos religiosos motivacionais, dirigida pelo Endrigo Bruczkoski e equipe.
Em seguida, o Pe. Clayton, que atende a comunidade, deu uma breve palestra sobre a Igreja, seu mistério, estrutura e missão. Citando o documento Lumen gentium – Luz dos povos, do Concílio Vaticano II (1962-1965), ele destacou que a Igreja continua a obra de salvação de Jesus Cristo pela ajuda contínua do Espírito Santo. Mas deixou claro que todos os membros de seu Corpo místico, incluindo os leigos, como os pais e os próprios mejistas, devem desempenhar o papel de ajudar a Igreja a conduzir todos para o Céu, ou seja, colaboram na salvação.
Servido o almoço, pelas 12 horas, novamente se fez uma animação com atividades recreativas e culturais. O Grupo Folclórico local Dunay apresentou várias danças, durante as quais foram intercaladas canções populares ucranianas. Foi muito interessante e construtiva a oficina de contação de história, dirigida pela Professora aposentada Vera Zen. Primeiramente, ela deu dicas sobre o modo e meios de contar uma história, que pode ser tirada da Bíblia ou de tantas outras fontes. Com a participação dos mejistas, ela apresentou a historinha da formiguinha presa na neve, a parábola do Bom Samaritano e a estória do beija-flor que estava tentando apagar o incêndio na floresta. É claro que foram tiradas muitas mensagens práticas para a vida dos adolescentes mejistas. Vera enfatizou o grande valor da bondade, colocando Jesus no coração, sempre fazendo o bem, seja na família, na escola ou na comunidade. “Para ajudar o seu amigo você não precisa de grande coisa”, disse Vera. Ela ainda dirigiu uma dinâmica para movimentar o corpo.
Pouco depois das 15 horas, houve um belo momento de espiritualidade, quando os mejistas reunidos rezaram o terço – encenado e luminoso. Sob a orientação de Maria Paula Bihuna e o auxílio de Margarete Kornelo Surmacz, um grupo de mejistas de Rio Azul encenaram os mistérios gloriosos, enquanto colegas do MEJ das comunidades que vieram ao encontro colocavam velas em torno das imagens de Nossa Senhora e de Jesus crucificado, formando um belo círculo luminoso. Maria Paula concluiu o momento espiritual do encontro transmitindo alguns pensamentos. Da mesma forma que as velas formaram uma unidade luminosa, assim cada mejista colabora para fazer acontecer a sinodalidade em seus grupos, famílias, comunidades e escolas. Maria Santíssima nos leva a Jesus. Em Fátima, ela afirmou que pela Oração do Terço é possível vencer todas as guerras. Por isso, rezamos pela paz na Ucrânia e também pela paz no Brasil.
Ainda foram feitas algumas brincadeiras e sorteios de prêmios e, com o lanche, bem caprichado pela equipe da cozinha, foi encerrado o encontro. Sentiu-se muita alegria e vibração com a participação sempre calorosa dos mejistas nas diversas atividades, tanto espirituais, culturais e esportivas.
A Metropolia parabeniza e agradece aos coordenadores e organizadores do evento, que trouxe alento e esperança aos agentes de pastoral que sentiram que: semeando se colhe, educando a juventude, se garante vida à Igreja e à sociedade.
Santa Terezinha, orai por nós!
Texto: Secretariado Metropolitano
Fotos: Wilson Surmacz