Dia 26 de novembro de manhã, a comunidade de Esperança, Prudentópolis, e, principalmente, a família Ternoski foi tomada de surpresa e abalada por uma tragédia que tolheu a vida do Sr. Pedro. Trabalhando, atingido na cabeça por um galho de árvore, ele foi levado ao Hospital Sagrado Coração de Jesus de Prudentópolis e logo ao Hospital Bom Jesus de Ponta Grossa, onde faleceu no início da madrugada do dia 30. Seu filho mais novo, Fernando, presenciou a triste ocorrência e auxiliou nos primeiros socorros.
O velório, de poucas horas, foi realizado à tarde em sua própria residência na Linha Ivaí. Às 05:30, foi dado início à Divina Liturgia de corpo presente presidida pelo Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, OSBM, que já havia rezado a Panakheda durante o velório, prestando apoio e solidariedade à família enlutada. O Bispo Eparca Dom Meron Mazur, OSBM, o Pe. Edson Ternoski, filho do falecido, e outros 20 sacerdotes concelebraram. Mesmo sob chuva fina e fria, uma multidão de fiéis marcou presença para se despedir de seu parente, amigo e companheiro de caminhada por esta terra, que o recebeu de volta no cemitério local.
Pedro Ternoski nasceu no dia 11 de março de 1959. Deixou sua esposa Natália Gardash Ternoski e quatro filhos: Elisete – casada, Edson – sacerdote diocesano, Rosângela – catequista na Paróquia de Ponta Grossa e Fernando. Foi uma pessoa de igreja e de profunda vivência cristã: muito religioso, estava sempre presente nas celebrações e nos eventos religiosos e comunitários, pertencia ao Movimento do Apostolado da Oração, foi presidente-executivo do Conselho Administrativo Paroquial, sempre pronto para ajudar a comunidade, disponibilizando seu tempo generosamente. Destacou-se como um paroquiano muito ativo e respeitado.
Na vida familiar, Pedro foi um trabalhador incansável, sobrevivendo da agricultura e pecuária, lutador, otimista, consciencioso e responsável. Evitava conversas negativas em relação aos seus vizinhos e outras pessoas da comunidade. Zeloso pelo bem espiritual e moral de sua família, recebia alegremente o rosário permanente. Foi um ótimo pai: educou seus filhos na verdadeira fé cristã, sendo ele mesmo um exemplo de vida, conforme o ensinamento da Igreja. Juntamente com sua esposa Natália, tendo muita satisfação e espírito de oblação, entregou seu filho Edson ao serviço da Igreja.
Em sua homilia, o Metropolita enfatizou a vida de virtudes cristãs do falecido Pedro. Refletiu sobre as dificuldades da vida, sua transitoriedade e fragilidade, as mortes de todas as espécies, sobretudo as mortes trágicas, e levantou duas perguntas fundamentais, que geralmente afloram na mente das pessoas: por que? para que? Diante de Deus não se pode perguntar “por que?”, mas somente “para que?”. Dom Volodemer citou as respostas do povo simples, mas que tem muita fé e aceitam tudo como vontade de Deus: “Deus sabe o que faz”, “tudo é por Deus”; e a Sra. Natália, esposa do falecido, em serenidade em paz de espírito, respondeu: “Stcho Boh dasth, to bude – O que Deus dá, assim será”.
Citando a bela reflexão de São Paulo na Carta aos Romanos (14,6-9), o Arcebispo Metropolita concluiu sua homilia: “Somos todos de Deus, pertencemos a Deus. Entreguemos com fé as nossas vidas ao Cristo Senhor, como rezamos várias em nossa Divina Liturgia! Entreguemos a Deus, com fé, os nossos mortos. Entreguemos com fé ao Deus da vida o nosso muito estimado paroquiano, amigo, irmão, parente, esposo e pai – Sr. Pedro Ternoski! Eterna é sua memória! Vitchnaia Pamiath!”