No dia 21 de fevereiro de 2025, sexta-feira, às 18h30min, no Seminário São Basílio Magno, junto à FASBAM – Faculdade São Basílio Magno, em Curitiba, Dom Volodemer Koubetch – Arcebispo Metropolita foi convidado para presidir o Moleben em honra do Padroeiro São Basílio Magno e proceder a benção da capela, que foi belamente reformada.
Todo o projeto e o cuidado com os trabalhos de restauração e reforma ficou por conta do Pe. Domingos Starepravo, OSBM, obra nascida e formada em sua testa, como ele mesmo relatou: “Meu sonho de quatro anos. Rezando e projetando na minha mente, toda vez que estava em orações. E assim nasceu e se desenvolveu este projeto”.
Sempre orientados pelo Pe. Domingos, os marceneiros Neverson Muzyka e Sr. Amauri Shultz instalaram o lambril baixo no corpus e o alto do chão até o teto em forma oval. O Amauri e Neverson trabalham na firma de bombeiros do Cleberson Muzyka, mas sabem lidar com madeira. Antes ainda, eles confeccionaram a capelinha na da FASBAM e tinham muito medo, porque nunca fizeram algo parecido. Agora, eles realizaram esta nova obra e tudo saiu muito bem e perfeito. “Obra de mestres, mas de primeira e segunda viagem”, avaliou Pe. Domingos.
O lixamento foi uma firma que fez. As várias madeiras de lei, foram “escolhidas a dedo” numa firma de exportação de um chinês, no contorno indo para Ponta Grossa e para as praias. O lambril é o tauari do Mato Grosso e as tábuas decorativas nas colunas é da famosa garapeira. Os bancos que estão perto do altar são também de madeira valiosa, Angelina Pedra, muitíssimo pesada. As molduras são da Vidraçaria Batel. A sanca é um material importado da Bélgica. O lustre e as arandelas são do Paraguai. Muito baratas e bonitas.
Toda a pintura da capela, seja as paredes e depois a exaustiva e minuciosa decoração, pintando peça por peça, desenho por desenho, com a medição exata, foi um trabalho artístico detalhado e exclusivo do Pe. Domingos. “Ninguém pôs aí a sua mão, a não ser Mão Divina, que me orientou, sem fazer erro algum”, confidenciou o Padre. A restauração do iconóstase também foi seu esmerado trabalho.
Na conclusão da obra, disse o Pe. Domingos: “No final, estava exausto. Queria somente dormir para me recuperar! Diariamente, ao entrar na capela, ou quando passo perto, agradeço a Deus por tudo e por todos que me ajudaram a realizar esta obra”. Ele agradece principalmente aos benfeitores/as de Worren, Astoria e New York. Metade da obra foi doação póstuma ou in memória dos já falecidos benfeitores do Pe. Mauricio Popadiuk, OSBM – Julian e Maria Batchenski de Nova York e do seu coirmão adotivo, o Andrew e Olha Ilniski.
Sempre, durante quatro anos, o Pe. Domingos tinha esperança que um dia alguém o ajudaria financeiramente, e foi isso que aconteceu: recebeu ajuda necessária quando estava em Roma para a celebração memorial por ocasião dos três anos da morte de seu sobrinho Pe. Estefano Starepravo, OSBM, estando no dia 13 de maio em Fátima e depois nos USA, New York, Astoria, Worren e Ditroit. Com muita satisfação e alegria, concluiu o Pe. Domingos: “Tudo se resolveu como um milagre. Obtive o suficiente para realizar toda a obra, sem faltar um centavo”.
Além do pessoal da casa, dos marceneiros e pintores da capela, a cerimônia da benção da capela teve a participação de Dom Dionísio Lachovicz – Exarca dos católicos ucranianos na Itália, do Pe. Antônio Zubek, OSBM – Superior Provincial, do Pe. Samoel Hupolo – Pároco da Paróquia Sant’Ana no Pinheirinho e do Vigário Paroquial Pe. Luis Boiko, do Pe. Edson Ternoski – Reitor do Seminário Maior São Josafat e Pároco da Arquicatedral.
Dom Volodemer teve a satisfação de reencontrar o Pe. Josafat Bardal, OSBM, seu antigo professor de português e latim no Seminário basiliano de Curitiba e também, já como presbítero, seu superior em Prudentópolis. Nos seus 88 anos, “idade do Papa Francisco”, como ele mesmo lembra, na cadeira de rodas, o mestre está de memória muito boa e bem humorado.
Após a proclamação do Evangelho de Lucas 6,12-13, Dom Volodemer proferiu sua homilia, falando sobre a importância da capela num seminário e da oração na vida cristã em geral, sobretudo na vida consagrada. Ele enfatizou o exemplo de oração de Jesus: “A identidade divina de Jesus foi vivida e cultivada por ele na oração, em profunda unidade com o Pai”. Afirmando que a capela é um lugar e símbolo de esperança e renovação, um lugar por excelência para o cultivo espiritual, o Metropolita concluiu: “Que esta capela sempre seja sempre um autêntico um lugar sagrado de bençãos, graças, iluminações e inspirações para todos que aqui estiverem em reflexão, oração e contemplação, na busca do Caminho, da Verdade e da Vida!”
Após o Moleben, assessorado pelo Pe. Domingos, num breve ritual, Dom Volodemer fez a unção com o santo óleo de duas colunas atrás do altar e aspergiu todo o espaço da capela com água benta.
Tomando a palavra, o Pe. Genésio Viomar, OSBM – Superior do Convento agradeceu a todos pela presença e agradeceu principalmente e parabenizou o Pe. Domingos e sua equipe pela magnífica obra artística, mas de grande valor espiritual para a comunidade.
Todos os presentes foram convidados para o jantar de confraternização.
Secretariado Metropolitano