O encontro se deu no dia 15 de junho, sábado, na Comunidade paroquial do Santuário Nossa Senhora dos Corais em Antônio Olinto. Iniciou-se com a recepção às catequistas no pavilhão. Conforme elas vinham chegando, era servido o café e realizada a inscrição com a entrega de crachás e material para anotações durante o dia.
Às 9 horas, todos dirigiram-se para a igreja, onde foi celebrada a Divina Liturgia, presidida por Sua Excelência Dom Volodemer Koubetch – Arcebispo Metropolita e concelebrada pelo Reverendíssimo Pároco e Reitor Pe. Irineu Vasselkoski. Após o canto inicial, uma catequista da Paróquia fez a recepção, dando as boas-vindas, e a leitura de uma breve introdução com a entrada dos símbolos da Eucaristia: cálice, pão, vinho, uva, trigo e cruz.
Em sua homilia, Dom Volodemer comentou os dois textos da Festa de Corpus Christi, proclamados hoje, porque o tema do encontro é um tema eucarístico: 1Cor 11,23-32 e Jo 6,48-54. O texto do Evangelho de São João expressa a essência da Eucaristia: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. … Quem come minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (vv. 51 e 54). São Paulo, no trecho da sua Carta aos Coríntios fala sobre a instituição da Eucaristia e adverte para que a recepção da Santa Comunhão seja digna: “Eis por que todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor” (v. 27). Prosseguindo, o Metropolita interpretou o tema/lema do encontro: “Somos pessoas da Eucaristia!” Foi dado destaque ao verbo “somos”, porque a soma dos irmãos e irmãs forma a comunidade dos crentes, ou seja, a comunidade cristã/católica, e cria a base para a vivência da Eucaristia. Uma comunidade em que há brigas e divisões não é eucarística. Para explicar um pouco o conceito de pessoa/persona, Dom Volodemer lembrou os debates cristológicos e trinitários do século IV, distinguindo as pessoas da Santíssima Trindade. Falou da importância em viver aquilo que é ensinado aos catequizandos: “Se falamos que Deus é amor, devemos ser esse amor onde nós vivemos, onde quer que seja, em casa, na rua, no trabalho; devemos ser mães e pais espirituais”. Concluindo a homilia, Dom Volodemer pediu para que todos se levantassem e dessem as mãos, repetindo por três vezes “Somos pessoas da Eucaristia!”
Ao final da celebração, o Metropolita desejou um bom e abençoado encontro a todos os presentes. Enfatizou que os catequistas merecem muitas bençãos e graças por todo o esforço e dedicação, deixando seus afazeres para participar de encontros para o seu crescimento. Falou que participará do encontro somente até o meio-dia, porque retornará a Curitiba para honrar outros compromissos.
Encerrada a Divina Liturgia, foi tirada a foto oficial em frente ao Santuário com todos os participantes do encontro. Foi dado um tempo para tomar um ar fresco, ir ao banheiro e organizar o datashow para a palestra Sr. Leandro Lima, militar, palestrante, catequista de adultos numa Paróquia latina em Ponta Grossa.
Às 10:30, Leandro iniciou a palestra, contando que nunca imaginou que um dia seria catequista. Ele viu na família algumas crianças que estavam para fazer a Primeira Comunhão e, mesmo tendo três anos de formação, não sabiam o porquê, o real significado disso. Então, Leandro preparou um material para explicar melhor para eles a caminhada catequética, cristã e católica. Outras pessoas gostaram e acharam interessante a sua abordagem; as coisas foram se desenvolvendo e ele já apresentou esse trabalho em vários lugares do Brasil.
Focando o objetivo de conhecer melhor a Eucaristia, Leandro falou sobre esse sacramento do ponto de vista bíblico, histórico, científico e pastoral, transmitindo informações úteis e o legado de Carlo Acutis. Pela fé, cremos que a presença de Jesus na hóstia e no vinho não é só simbólica, mas é real; e isto se chama mistério da transubstanciação, já que o que muda é a substância do pão e do vinho. O Palestrante apresentou em fotos vários milagres eucarísticos. Foi profunda, tocante e emocionante a apresentação do legado de Carlo Acutis, que catalogou os milagres eucarísticos. Ele foi atrás, viajou, fotografou e catalogou 121 milagres eucarísticos ocorridos em 107 cidades do mundo. Leandro enfatizou a importância do Sacramento da Penitência/Confissão para receber dignamente a Santa Comunhão e alertou para que se evite ao máximo a comunhão sacrílega: “O sacrilégio consiste em profanar ou tratar indignamente os sacramentos e outras ações litúrgicas, bem como as pessoas, as coisas ou lugares consagrados a Deus. O sacrilégio é um pecado grave, sobretudo quando é cometido contra a Eucaristia, porque, neste sacramento, é o próprio corpo de Cristo que se torna presente substancialmente. Aquele que come e bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação”. Recordando casos registrados de santos que viveram por anos ou décadas apenas se alimentando da Eucaristia e água, Leandro concluiu: “A Eucaristia é a principal ferramenta para a entrada na vida eterna do Céu!”
Leandro agradeceu a oportunidade de estar presente, passando o seu conhecimento, e a acolhida que recebeu da comunidade. Todos foram convidados a se dirigir ao pavilhão para o almoço.
No pavilhão, o Metropolita abençoou os alimentos e foi servido o almoço, num momento muito bom de socialização e conversas agradáveis.
Após o almoço, os catequistas se reuniram novamente na igreja para ouvir Roberto Farias (Dunga) de União da Vitória. Ele deu as boas-vindas e se desculpou por ter que se retirar antes do final do encontro, tendo compromissos pessoais em sua cidade ao final da tarde. Dunga falou sobre o trabalho em equipe: a soma de pessoas com sua individualidade e perspectivas diferentes. Ele dirigiu uma dinâmica com quatro grupos para treinarem a convivência e colaboração entre si, o que não é fácil por causa das diferenças. Cada grupo recebeu uma sacola com várias peças e cada grupo deveria construir algo relacionado com a sua comunidade, a catequese no tempo de cinco minutos. “Se ficar medindo força, cada um querendo do seu jeito, vamos ficar perdendo tempo, cansando. Devemos nos unir, somar nossas forças, e tudo vai ficar muito melhor. Se chegarmos inovando, abraçando cada vez mais, conseguiremos ir cada vez mais longe”, orientou o Palestrante.
Voltando para a igreja, o encontro seguiu com a Palestrante Vera Lucia Vinharski – Coordenadora da Pastoral da Catequese na Metropolia. Ela pediu para pensar um pouco na nossa vocação, porque somos “chamados para chamar”. Os catequistas são chamados para uma vivência intensa com Jesus Cristo, respondendo ao seu chamado; e, sendo por Ele preparados, são também por Ele enviados para chamar. É a função missionária dos catequistas dentro da Igreja. “A missão do catequista é ser um servidor da Palavra”, disse a Palestrante. Vera descreveu inúmeros desafios do trabalho catequético nos dias de hoje, o que exige uma preparação esmerada e uma espiritualidade muito forte de adesão a Cristo para poder vencer e ser eficiente. Para isso, ela acentuou a necessidade de vivência espiritual autêntica: “A mensagem a ser transmitida vem acompanhada do testemunho de vida regada pela oração, coerência de vida, reflexão e no jeito de ser pessoal e comunitário”. E concluiu: “Essa é a nossa missão – o mandato divino de cuidar das pessoas e levá-las ao encontro com Jesus”.
Para finalizar, foram entregues orientações para a catequese sobre a oração. Vera agradeceu o sacrifício de todos em estar no encontro. O Pe. Irineu agradeceu a todos que estiveram presentes no dia de hoje. Reunidos no Santuário Nossa Senhora dos Corais, declarada Padroeira do povo ucraniano no Brasil, o Pároco-Reitor lembrou que em todo terceiro domingo de novembro é realizada a Romaria Mariana. Ele aproveitou a oportunidade para reforçar o convite, principalmente aos jovens a se fazerem presentes este ano na Romaria. Ir. Aurélia Romankiv, SMI, com muita alegria viu as pessoas chegando e queria que todos se sentissem muito bem acolhidos. Hoje, ela teve a alegria de abrir a igreja e acolher a todos, agradecendo a presença e participação.
Após os agradecimentos, foi cantado o canto mariano “Pid tvij pokrov”, foram rezadas a Consagração a Nossa Senhora dos Corais, a Oração do Pai nosso e Ave Maria, finalizando com a benção final ministrada pelo Pároco. Ainda foram entregues as lembrancinhas. No pavilhão, foi servido o lanche de despedida e, assim, encerrando esse dia muito produtivo e abençoado.
Secretariado Metropolitano