Nos dias 10, 11 e 12 de novembro de 2023, o Seminário Maior de Curitiba e o Seminário Menor de Mallet, ambos consagrados a São Josafat, e a Paróquia Sagrado Coração de Jesus homenagearam o grande Santo Mártir da união – São Josafat Kuntsevych, lembrando os 400 anos de seu martírio. A Paróquia organizou o tríduo e os dois Seminários, o encontro vocacional, no dia 11, motivado pelo testemunho do Santo. Todas as celebrações do tríduo foram transmitidas pela página oficial do Facebook da Paróquia.
Dia 10 de novembro, sexta-feira, às 19 horas, iniciando o tríduo, as relíquias de São Josafat foram levadas em procissão da capela do Seminário até a igreja, sendo colocadas no altar do lado direito, especialmente confeccionado. Durante a procissão, os fiéis entoavam a oração do Santo Terço Mariano.
A Divina Liturgia foi presidida pelo Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch e concelebrada pelos Padres Edson Ternoski – Reitor do Seminário Maior São Josafat de Curitiba, Luiz Pedro Polomanei – Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Michael Barbusa – Reitor do Seminário Menor São Josafat. A Divina Liturgia foi cantada pelos Seminaristas do Seminário Maior São Josafat de Curitiba.
Em sua homilia, o Arcebispo falou sobre a importância de São Josafat, sobretudo sua sinodalidade, tão necessária nos tempos atuais: espírito de unidade, união e comunhão e seu esforço em prol da unidade da Igreja. Por isso, ele se tornou o mártir da união. “Toda a vida de São Josafat, desde a infância, foi colocada no caminho de Deus, que é o fundamento da sinodalidade”, enfatizou Dom Volodemer. São Josafat foi um escolhido por Deus para uma missão muito específica na época de grande decadência em que ele viveu na Ucrânia.
Após a Divina Liturgia, houve a celebração da novena em honra a São Josafat. Após a novena, o Metropolita fez ainda a benção dos remédios trazidos pelos fiéis da comunidade.
Dia 11 de novembro, sábado, nas dependências do Seminário Menor São Josafat, foi realizado um encontro vocacional envolvendo 10 jovens entre 10 a 25 anos.
O encontro começou com a acolhida dos jovens que foram recepcionados com um café da manhã no Seminário. Após o café, todos se dirigiram à capela para um momento de oração. Em seguida, os jovens foram conduzidos à sala de reuniões onde, inicialmente, participaram de duas dinâmicas: a primeira conduzida pelos Seminaristas Matheus da Silva Kreczkiuski e Willian Carlos Ferreira, que trabalharam sobre o tema da unidade, dando ênfase à vida de São Josafat, o apóstolo da união; a segunda foi orientada pelo Seminarista Alexandre Pereira Hanchuck, que deu foco ao tema da unidade e trabalho em equipe.
Presenciando as dinâmicas, o Arcebispo saudou os organizadores do evento e os jovens participantes, manifestando seu contentamento pela iniciativa, que abre perspectivas de esperança para a Metropolia.
O Reitor do Seminário de Mallet Pe. Michael ministrou uma palestra apresentando o tema da vocação de modo geral. Ele afirmou que toda a vocação provém de Jesus Cristo e que ser cristão é um chamado de Deus para viver uma vida feliz, na vocação à qual o fiel foi chamado. Dando sequência ao tema da palestra, o Pe. Edson tomou a palavra dando foco à vocação sacerdotal. “É uma vocação específica para o serviço da Igreja”, explicou.
Às 11 horas, os jovens foram conduzidos à igreja matriz onde o Metropolita celebrou a Divina Liturgia. A partir das leituras At 9,1-18 – chamado de Paulo e Jo 1,35-42 – chamado dos primeiros discípulos, Dom Volodemer falou sobre o chamado e a vocação de São Josafat, que teve uma graça muito especial de receber uma fagulha, que do crucifixo caiu em seu coração, mas que ele, pelo esforço e cultivo pessoal, nunca deixou apagar, estando sempre ardendo de amor a Deus, à Igreja e ao próximo. O Metropolita deixou bem claro a necessidade do cultivo para se tornar um bom padre.
Após a Liturgia, no Seminário, os jovens tiveram um delicioso almoço, após o qual, debaixo da sombra das árvores do pátio da igreja, rezaram o Santo Terço Mariano e fizeram a Lectio divina sobre a vocação de Jonas. Enquanto isso, os dois Reitores falavam individualmente com os jovens, orientando-os e retirando suas dúvidas sobre as vocações leigas e a vocação sacerdotal.
Encaminhando-se para o final do evento, os jovens participaram de um momento de lazer nas dependências do Seminário. Foi realizado um jogo de futebol. Por fim, conduzidos ao pátio do Seminário, terminaram o encontro com um momento de oração. Tomaram um saboroso café preparado pela cozinheira do Seminário e cada um foi se despedindo e partindo para sua casa, levando a experiência adquirida nesse encontro vocacional.
No segundo dia do tríduo, a celebração da Divina Liturgia foi presidida pelo Pe. Edson e concelebrada pelos Padres Luiz Pedro e Michael. Novamente, a celebração foi iniciada com a procissão com as relíquias de São Josafat da capela do Seminário até a igreja e a oração do Santo Terço Mariano, conduzido pelos Seminaristas e Irmãs Servas de Maria Imaculada.
A Divina Liturgia, às 19 horas, foi cantada pelos Seminaristas presentes e pelas Irmãs Servas de Maria Imaculada.
No momento da homilia, o Reitor Pe. Edson destacou o tema da vivência da fé, que deve estar sempre bem alicerçada, sendo São Josafat um modelo por excelência. “Deus se utiliza do Santo Mártir para nos mostrar a importância do crescimento na fé”. O pregador narrou em detalhes o fortíssimo e belíssimo momento da vocação de Josafat, quando, ainda criança, recebeu a chama do amor. “A partir de então, a vocação de São Josafat, pela graça concedida por Deus, começou a se tornar mais plena. Era a vocação do grande mártir da união – São Josafat”, disse o Pe. Edson.
Como ontem, após a Divina Liturgia, foi celebrada a novena em memória de São Josafat.
Dia 12 de novembro, domingo, no terceiro dia do tríduo, mais uma vez, aconteceu a procissão como nos dois dias anteriores. A Divina Liturgia iniciou-se às 9 horas e foi presidida pelo Pe. Edson e concelebrada pelos Padres Luiz Pedro e Michael, com o serviço litúrgico do Diácono João Basniak. Foi cantada pelos Seminaristas maiores e pelas Irmãs Servas.
Proferida pelo Reitor Pe. Edson, a homilia focalizou o grande esforço de São Josafat em prol da unidade da Igreja, sempre anunciando o Evangelho de Cristo Bom Pastor, ou seja, “aquele que vai atrás das ovelhas, se aproximando cada vez mais delas”. São Josafat, levando uma vida de virtudes cristãs, com dedicação plena e profunda à oração, à espiritualidade e ao diálogo com as pessoas de todas as classes e condições religiosas e sociais, ele as atraía, conquistando-as. Ele era conhecido como um “ladrão de almas’’, porque anunciava a Palavra de forma vibrante, se aproximava e cativava as pessoas, sempre respondendo com atenção e carinho às suas perguntas e inquietações, dando-lhes sábias orientações e aconselhamentos espirituais.
Ao final da Divina Liturgia, realizou-se a novena em honra a São Josafat e também a benção dos ícones trazidos pela comunidade de fiéis.
Seminaristas Willian Carlos Ferreira e Matheus da Silva Kreczkiuski