No dia 21 de outubro de 2023 se reuniram na Casa Sagrado Coração de Maria, Colônia Marcelino, São José dos Pinhais: a Superiora Provincial Ir. Deonisia Diadio; as Conselheiras Ir. Dorilde Chiarentin de Curitiba, Ir. Anisia Horodenski de Irati, Ir. Marli de Melo Campanharo de Cascavel e Ir. Eliceia Harmatiuk de Apucarana; a Secretária Ir. Juliane Martiniuk; e a Ecônoma Ir. Marilda Cosar; mais outras irmãs, benfeitores; Sr. Pedro Valmor Nogas – Presidente-executivo da Paróquia Santíssima Trindade; Sra. Pali Valaski – representante da Prefeitura; bem como os pedreiros, o pintor e outros ajudantes para a “inauguração” da casa reformada. Às 10 horas, teve início o rito de bênção e Divina Liturgia presidida pelo Metropolita Dom Volodemer Koubetch e concelebrada pelos Padres Neonir Doopiat Gasperin – Pároco e Samoel Hupolo – Vigário Paroquial.
Para dar início, Ir. Deonisia Diadio – Superiora Provincial usou da palavra e fez a acolhida com uma introdução ao evento. Entre outras coisas, ela salientou a razão do nosso encontro. A casa construída sobre uma rocha – Cristo permanece firme e forte. E assim, em 1931, chegaram para a Colônia Marcelino as irmãs, quais faróis para iluminar, evangelizar e estar no meio do povo. Disse ela: “Assim como cuidamos da renovação do nosso interior, também, com o passar dos tempos, foi necessário renovar também o exterior, ou seja, a casa onde as irmãs habitam. E aqui estamos no lugar mais importante do ambiente, que é a capela, na qual as irmãs vão haurir forças, energias para serem envolvidas elas mesmas e levar essas bençãos no encontro com as pessoas que se aproximarem delas. Deus é fonte e é a quem as irmãs ofereceram suas vidas e sua pertença”.
Depois do canto à Mãe de Deus, Dom Volodemer iniciou a celebração, ungiu com o santo óleo os quatro ângulos do altar, enquanto o coral entoava o tropário.
Seguiu a bênção do sacrário com a oração do celebrante: “Senhor, Pai santo, que destes aos homens o verdadeiro pão do Céu, abençoai-nos a nós e a este sacrário destinado a reserva do sacramento do Corpo do vosso Filho, para que, adorando a Cristo aqui presente, participemos sempre do mistério da sua redenção, em nome do Pai + do Filho + e do + Espírito Santo… Amém!” O celebrante aspergiu-os com a água benta.
Enquanto os presentes se encontravam ajoelhados, o Metropolita rezou a oração diante do altar: “Senhor do céu e da terra, com inefável sabedoria Vós fundastes a Vossa Santa Igreja e como representação do serviço dos anjos no céu instituístes o sacerdócio na terra… pedindo aceitação de todas as nossas ações… enchei com a vossa divina glória este templo, construído para o Vosso louvor, e nele, edificado o altar do sacrifício, o santo dos santos, para que diante dele, como diante do terrificante altar do Vosso reino, possamos Vos servir, dirigindo preces por nós e por todo o povo, oferecendo o sacrifício incruento para o perdão dos pecados voluntários e involuntários, pela restauração da vida, pelo progresso da convivência fraterna, e pela realização de toda justiça. Porque o Vosso Santíssimo nome, Pai, e Filho e Espírito Santo, é glorificado hoje e sempre, e por todos os séculos… Amém!”
O rito prosseguiu com a bênção da casa. Voltando-se para a assembleia, o Metropolita proclamou recitando: “Onde dois ou três se reúnem em nome de Cristo, está Cristo no meio deles. Ao celebrarmos a bênção desta casa reformada, em que viverão unidas pelo amor de Cristo as Irmãs que professaram segui-Lo mais de perto em caridade, virgindade, pobreza e obediência, imploremos a bondade Daquele de quem procede todo o bem e supliquemos-Lhe que as ajude a pôr em prática o que prometeram, buscando em tudo, com Jesus, a glória do Pai; perseverando unidas na oração, manifestem a Imagem da Igreja orante e, conduzidas pelo Espírito, trabalhem continuamente, cada uma segundo a sua vocação e seus dons, para que habite sempre em todos, Jesus Cristo”. Fazendo uma oração específica da bênção da casa-convento, Dom Volodemer aspergiu com água benta todos os aposentos da casa reformada.
Foram recitadas mais outras orações, louvando, agradecendo e pedindo a proteção.
Durante a celebração da Santa Liturgia, Dom Volodemer proclamou a Palavra de Deus e, na sua homilia, salientou dois personagens que se transformaram, tendo se encontrado com Jesus Cristo. Dos Atos dos Apóstolos, falou sobre Lídia, mulher pagã, a qual queria entrar no judaísmo, e, quando ouviu São Paulo proclamar Jesus Cristo, com muito interesse e com o coração e mente abertos, acolheu a Palavra, se converteu ela e toda a família. E com suas posses ajudou muito na proclamação da Palavra e ofereceu sua casa sendo, a primeira igreja na Europa. Outro personagem é Zaqueu: pequeno de estatura, mas humilde e aberto à graça, recebeu Jesus em sua casa. Dom Volodemer convidou os presentes a refletir sobre a abertura à graça de Deus, questionando: “Em que árvore devemos subir para ver Jesus mais de perto?”
No final da Liturgia, a Superiora Provincial Ir. Deonisia, com alegria, agradeceu a Deus pela sua graça e por tudo o que ocorreu ao longo do trabalho de reforma; até mesmo as dificuldades enfrentadas são motivo de alegria por essa tão grande conquista. “Entregamos tudo a Deus, nosso Pai, pelas mãos e o Coração de Maria Santíssima”, destacou ela. Ir. Maria Gaioka – Superiora local agradeceu a todos os presentes, bem como a todos que ajudaram e acompanharam e reformaram a casa. “Louvemos e glorifiquemos, porque é eterno o amor de Deus”, proclamou a religiosa.
Usou da palavra o Padre Neomir, parabenizando as Irmãs Servas pela reforma da casa. Ele enfatizou que este fato engrandece a Colônia de Marcelino. Desejou a todos os bens e graças de Deus.
Para finalizar o Metropolita Dom Volodemer convidou a assembleia para cantar o tradicional Многая Літa por todos os que colaboraram, trabalharam, sugeriram e executaram esta bela obra.
Após a parte litúrgica, as Irmãs da comunidade local ofereceram o almoço a todos os presentes. Muitas pessoas estavam prestando serviço nesse dia quer na cozinha, quer em outros setores.
Deus seja louvado por tudo e que retribua a todos com seus benefícios divinos!
Texto: Ir. Benigna Koroluk, SMI
Fotos: Ir. Juliane Martinhuk, SMI