Domingo, na Festa de Pentecostes deste ano, dia 04 de junho, foi inaugurada oficialmente a nova Igreja Santíssima Trindade na Colônia Marcelino, Município de São José dos Pinhais, em magnífica solenidade presidida por Sua Excelência Dom Volodemer Koubetch, OSBM – Arcebispo Metropolita, na presença de autoridades eclesiásticas e civis, sacerdotes e religiosas e muitos fiéis, vindos de várias localidades especialmente para prestigiar a inauguração e bênção de uma obra arquitetônica realmente monumental: uma igreja moderna de estilo bizantino-ucraniano.
A colônia é o segundo maior produtor de camomila do Paraná e o terceiro dos país, se destacando na paisagem e deixando uma suave fragrância no ar. Sua área é de 2.642.600 m2, e faz divisa com as localidades de Campestre, Faxina, Espigão, Rio Abaixo, Queimadas, Retiro e Colônia Matos, e com os municípios de Mandirituba e Fazenda rio Grande.
A comunidade católica ucraniana da Colônia Marcelino é uma das comunidades mais antigas e sempre se destacou pela sua gente batalhadora e pelo amor aos valores religiosos e culturais de sua própria etnia, porém em convivência pacífica com as demais. O nome da colônia homenageou o antigo proprietário de toda a extensão de terras da localidade, o coronel Marcelino José Nogueira, que facilitou a venda de glebas aos imigrantes e descendentes de ucranianos e poloneses. As primeiras famílias, vindas de Castelhanos, estabeleceram-se na Colônia Marcelino por volta de 1897, ato representado por um Cruzeiro, edificado em 1899, agora substituído por outro de concreto e uma placa de mármore.
Pertencendo à paróquia Nossa Senhora Auxiliadora em Curitiba, a comunidade foi fundada em 1902. No ano da fundação havia 265 paroquianos. A primeira igreja de madeira foi construída em 1904. A igreja em alvenaria de 25x18m foi construída entre os anos de 1924 (segundo Demétrio Nogas (in memoriam), 1927) e 1932. O padre que atendia a comunidade era Rafael Krenetskyj, OSBM e o construtor foi André Pohranetchney, o mesmo que construiu a atual igreja de Prudentópolis. Os pintores foram João Chevchuk e Basílio Kozlinski, ambos de Antonio Olinto. O campanário foi construído em 1967. As primeiras irmãs servas – Eustácia Uhren, Ambrósia Sabatovicz e Cristófora Melhnek – chegaram no dia 7 de maio de 1931, dando início aos trabalhos pastorais, educacionais e de assistência aos doentes. A escola, juntamente com o convento, foi denominada “Escola Sagrado Coração de Maria”. Em 1951, foi construído o convento em alvenaria, sob constantes incentivos do Pe. Rafael Lotoski, OSBM, obtendo muita ajuda de toda a comunidade, tanto ucraniana como latina. A casa paroquial foi construída em 1962 e o salão paroquial em 1980. Este foi ampliado duas vezes: a primeira, sob a gestão de Pedro Nogas, em 1983, quando foram construídos os botequins; e a segunda, em janeiro de 2003, com Mário Nogas, que ampliou o pavilhão.
No âmbito da comunidade ucraniana se destaca a presença da Casa de Repouso Nossa Senhora do Amparo, considerada a melhor do gênero na região. Idealizada pelo então Bispo Eparca Efraim Basílio Krevey, OSBM, sua construção iniciou em janeiro de 1986 e foi inaugurada dia 11 de dezembro de 1988. Como instituição assistencial oficial, a Casa de Repouso foi criada no dia 24 de junho de 1991. A administração da casa foi confiada à Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada, atualmente sob a direção da Ir. Maurícia Gaiovis, SMI.
A comunidade de Marcelino ofereceu para o serviço da Igreja um número considerável de sacerdotes e religiosas. Padres Basilianos: Domingos e Estefano Starepravo; os Padres Krefer: Doroteu (in memoriam), Mateus, Eufrem e Arcenio e Adriano; e Sérgio Baran Ivankio. Irmãs Servas de Maria Imaculada: falecidas: Taícia Paranka Pudelko, Eleutéria Maria Skrobot, Emiliana Sofia Starepravo, Zita Sofia Boiko, Melécia Olga Drohomereski, Maria de Lourdes Ivainski, Andrea Olga Starepravo; na ativa: Genovefa Cieslinski (ex), Maria Anizia Cieslinski (ex), Deonísia Diadio, Josefa Angélica Guzik, Valdomira Anna Guzik, Basilina Josefa Ivankio, Bernarda Paraskevia Ivankio, Virgínia Tereza Ivankio, Adélia Olga Krefer, Nadia Krefer, Emília Nogas, Maria Inês Nogas, Teresinha de Lourdes Nogas, Verônica Nogas, Dominica Paulina Starepravo, Ana Mônica Starepravo.
Os jornais e sites da região enfatizam o fato de a comunidade ucraniana ser cultivadora assídua de seus costumes e tradições e que se tornou um dos principais pontos turísticos: os imigrantes ucranianos que povoaram aquela região construíram “umas das mais respeitadas comunidades do município”. “Da gastronomia à religião, do folclore às construções, tudo traz um pouco da história da Ucrânia e de sua gente. Na igreja da Santíssima Trindade, as missas são celebradas em ucraniano e acompanhadas com fervor pelos fiéis, que ainda preservam a língua do país de origem de seus pais e avós”. O Grupo Folclórico Soloveiko foi fundado em 1994 com o objetivo de manter vivas as tradições folclóricas da histórica Ucrânia, composto na sua maioria por descendentes de ucranianos. É altamente valorizada a tradicional Festa do Trigo, que este ano teve a sua 51ª edição. Na época, quando todo mundo plantava trigo, essa festa foi idealizada pelo Pe. Taras Oliynek, OSBM. Em agradecimento à boa colheita, a Festa do Trigo busca valorizar e preservar a tradição e a cultura dos imigrantes e descendentes de ucranianos. Os participantes da festa podem saborear alguns pratos típicos ucranianos como a “kutiá”, “varénneke”, “holuptzí” e outras iguarias. Tudo isso – graças às famílias que mantém até hoje os costumes herdados dos primeiros colonos, seja na alimentação e no idioma, seja também na fidelidade à Igreja Católica Ucraniana, na vivência da fé, prática religiosa e preservação do Rito Bizantino-Ucraniano.
Simbolicamente falando, é nesse terreno religioso-cultural muito fértil que foi semeada a semente da nova igreja Santíssima Trindade, que germinou, cresceu, se robusteceu e se tornou uma árvore grandiosa, que está produzindo flores e frutos muito lindos e deliciosos. Foi nesse rico contexto sociocultural que surgiu a ideia da construção da nova igreja – uma réplica de outra existente na Ucrânia, mais precisamente em Zarvanêtsia, que foi solenemente inaugurada na Festa de Pentecostes. Idealizada e impulsionada principalmente pelo Sr. Pedro Nogas, um dos principais representantes da Colônia Marcelino, entre projeto, execução e conclusão da obra, passaram-se 13 anos, período em que toda a comunidade trabalhou em prol da edificação. E foi levantada e acabada com recursos próprios, provenientes principalmente da realização anual das tradicionais Festa do Trigo.
Em entrevista ao Portal Metropolitano, dia 03 de junho de 2017, o Sr. Pedro Nogas falou sobre sua experiência de estar à frente de uma obra tão majestosa. Ele começou falando sobre uma viagem à Ucrânia, quando ele nem era Presidente-Executivo, mas que foi altamente inspiradora. Dom Efraim participou da mesma viagem e dizia a ele para escolher uma das igrejas como modelo para a nova igreja de Marcelino. Chegando a Zarvanêtsia e visitando a belíssima igreja, o Bispo lhe disse: “Pedrinho, que tal essa em Marcelino”? ao que Pedro reagiu dizendo que é quase impossível pela escassez de recursos. Foram feitas muitas fotografias e filmagens e se continuou pensando alguma coisa. De volta ao Brasil, o Pe. Teodoro achou que o Sr. Pedro seria o mais preparado para tocar a obra, a obra da construção, pois ainda não se falava sobre o modelo. Sendo eleito Presidente-Executivo, mesmo sob insistência das lideranças, não quis aceitar o cargo pelo cansaço das gestões anteriores e compromissos profissionais e familiares. Mas seu Pai Demétrio (in memoriam), que estava muito doente, lhe disse: “Filho, se te escolheram, siga!” A partir dessa inspiração e impulso paternal, Pedro assumiu a responsabilidade e, assim, corajosa e competentemente levou a obra a cabo, “não na forma de barracão, mas de uma igreja que tem significado”. Aos que resistiam por causa do alto custo, ele respondia: “se for para fazer, então vamos fazer uma coisa boa, uma coisa diferente”. Logicamente, ele enfrentou muitas dificuldades e desafios, pois uma grande construção cria problemas o tempo todo e causa muito estresse. Mas tudo foi superado, tendo a ajuda da maior parte da comunidade. “Quando uma obra magnífica como essa fica pronta para ser inaugurada é uma grande honra e isso dá muita satisfação e alegria”, desabafou aliviado o Sr. Pedro, que, além do suor da comunidade, ainda reconheceu especialmente a ajuda de sua esposa Neonilia. Emocionado e sentindo-se honrado e feliz, o Sr. Nogas lembrou o trabalho iconográfico muito profissional de sua irmã religiosa da Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada, Verônica, preocupando-se com seu estado de saúde, porque a pintura ainda não foi concluída. Por sua vez, a Sra. Neonilia enfatizou a dedicação de sua própria família e da comunidade e a emoção final vivida nestes últimos dias: “todos foram muito gentis, todo mundo colaborou… ultimamente, a gente está se emocionando…, a obra chegou ao fim…, hoje está parecendo que nós estamos no céu”, disse ela ao Portal Metropolitano.
No dia 27 de janeiro de 2008, na 42ª Festa do Trigo, após a celebração da Divina Liturgia, em pleno canteiro de obras, foi lançada e abençoada a Pedra Fundamental da nova igreja em louvor à Santíssima Trindade, por Sua Excelência Dom Volodemer Koubetch, OSBM, Bispo Eparca dos ucranianos católicos no Brasil; estando também presente o Eparca Emérito Dom Efraim. O Pe. Teodoro Hanicz, OSBM, após ter enfatizado a celebração daquele dia, convidava a comunidade para participar da liturgia proferindo as seguintes palavras: “Convido a todos para agradecermos a Deus por este momento tão esperado e ao mesmo tempo rezar e pedir força e perseverança na realização desta grande e árdua obra que a comunidade ucraniana de Marcelino está lançando ombros”. Em sua homilia, Dom Volodemer disse: “O Pe. Teodoro e o Sr. Pedro Nogas, Presidente-Executivo, estão de parabéns pelo gosto estético e pela coragem de enfrentar o desafio de uma construção desse porte”.
Chegou o grande dia de louvor e glória a Deus e da alegria da comunidade, com seus amigos e convidados, de participar da inauguração de uma obra, que é fruto de seu suor e até lágrimas – domingo, dia 04 de junho, Festa de Pentecostes. Tendo se paramentado na antiga igreja, sob o canto à Padroeira Santíssima Trindade, às 9 horas, os celebrantes saíram em procissão até a escadaria da nova igreja, onde se fez a acolhida ao Arcebispo Metropolita Dom Volodemer Koubetch, OSBM e demais autoridades eclesiásticas e civis e ao povo presente. Em seu discurso, o Pe. Teodoro destacou: “Hoje, nesta festa tão solene, e neste dia tão pleno de graças, queremos agradecer e louvar a Deus por tudo, pois as riquezas das bênçãos foram tão infinitamente maiores do que todas as angústias, queixas e desânimos. A comunidade ucraniana, liderada pelo Presidente do Conselho Administrativo e seus Conselheiros, teve fé, ombros fortes, coragem e dedicação contínua na realização desta obra magnífica”. Crianças da catequese, Milena Nogas Ramos e Eduardo José de Almeida, e os jovens primos Thaícia Nogas e Henrique Nogas entregaram um ramalhete ao Metropolita. O Presidente-Executivo Sr. Pedro Nogas e sua esposa Sra. Neonilia o saudaram com pão e sal.
A seguir, deu-se início ao rito da bênção da igreja, primeiramente fazendo-se a aspersão com água benta da parte externa, rito cumprido pelo Bispo Eparca de Prudentópolis Dom Meron Mazur, OSBM, depois fazendo-se o descerramento da placa comemorativa e o desatamento da fita pelas autoridades convidadas: Arcebispo Metropolita, Bispo Eparca, Prefeito Municipal Sr. Antônio Benedito Fenelon, Pároco do Martim Afonso Pe. Eufrem Krefer, OSBM, Vigário Paroquial Pe. Teodoro Hanicz, OSBM, Presidente-Executivo Sr. Pedro Nogas. Com o rito da abertura da porta, adentrou-se a igreja, se fez a aspersão do seu espaço interno e procedeu-se o ritual principal da consagração do altar por meio de orações próprias, lavação com água, vinho, água rosada e unção com o óleo santo. Enquanto os auxiliares da cerimônia faziam a lavação e preparação do altar para a Divina Liturgia, o Arcebispo Metropolita ungiu sete cantos principais da igreja onde estavam colocados os símbolos dos sacramentos. A consagração se encerrou com uma longa oração de joelhos.
Prosseguiu a celebração da Divina Liturgia presidida pelo Metropolita e concelebrada pelo Bispo Eparca Dom Meron Meron Mazur, OSBM e pelos sacerdotes: Antônio Royk Sobrinho, OSBM – Superior Provincial, Pe. Teodoro Hanicz, OSBM, que atende pastoralmente a comunidade de Marcelino há muitos anos, Pe. Teodoro Haliski, OSBM – Vigário Geral da Eparquia, Mário Marinhuk, OSBM – Superior do Convento Basiliano de Curitiba, Pe. Antônio Nazarko, OSBM – Superior do Convento Basiliano e Pároco de Iracema, Sérgio Baran Ivankio, OSBM – Superior do Convento Basiliano de Ivaí, Eufrem Krefer, OSBM – Pároco do Martim Afonso, Pe. Paulo Markiv, OSBM – Pároco de Irati, Pe. José Hadada – Pároco de Apucarana, Mateus Krefer, OSBM – Pároco de Ivaí, Arcenio Krefer, OSBM – Ecônomo da Província e da Metropolia, Valmor Szeremeta, OSBM – Ecônomo da Eparquia, Jovino Ferens, OSBM – Vigário Paroquial de Guarapuava, Domingos Starepravo, OSBM – Mestre de Noviços, Basílio Koubetch, OSBM – Chanceler da Metropolia, Pe. Paulo Serbai – Chanceler da Eparquia, Pe. Sérgio Iwantchuk, OSBM – Vigário Paroquial de Mafra, Adriano Krefer – Vigário Paroquial em Lapa (Rito Latino), o Pe. Emerson, representando Dom Francisco Carlos Bach e um Diácono latino. Os Diáconos Estefano Wonsik, OSBM e Sr. Romeu Smach cumpriram sua função litúrgica. O Pe. Arcenio fez o papel de apresentador, locutor. Os seminaristas basilianos serviram de acólitos. Também auxiliaram na celebração quatro coroinhas locais. O coral local, dirigido pelo Ir. Jonas Chupel, OSBM, vindo de Prudentópolis, cantou bonito, abrilhantando a solenidade.
A bela e alegre solenidade contou ainda com a nobre presença das seguintes autoridades ucranianas: Sr. Rostyslav Tronenko – Embaixador da Ucrânia no Brasil, Sr. Mariano Czaikowsky – Cônsul Honorário da Ucrânia no Brasil e Sr. Vitório Sorotiuk – Presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira.
Em sua homilia, Dom Volodemer lembrou os esforços e desafios da construção, reconheceu e elogiou o maravilhoso trabalho comunitário, lembrou a Festa da Santíssima Trindade e falou sobre o significado do templo em suas dimensões físico-arquitetônica e espiritual. “Precisamos construir o templo material e providenciar a sua manutenção, mas com a consciência do sagrado, do divino, da presença divinizadora de Deus em Cristo pelo poder do Espírito Santo. Mais ainda, precisamos construir o templo espiritual: a comunidade unida em Cristo e cada fiel como um templo do Espírito Santo”, disse o Metropolita na conclusão.
Antes da bênção final, o Pe. Teodoro tomou a palavra para fazer a leitura da ata, que foi imediatamente assinada pelas autoridades que participaram dos rituais iniciais da bênção da igreja. Com as palavras do Sr. Laertes Cardoso, a comunidade de Marcelino prestou homenagem especial pela dedicação à frente da construção da igreja: o Pe. Teodoro, o casal Pedro e Neonilia Nogas, o casal Jorge e Terezinha Claudino e a iconógrafa Ir. Verônica Nogas, SMI. Depois, em nome de toda a comunidade de Marcelino, o Pe. Teodoro ainda fez agradecimentos a todos os que de alguma forma contribuíram na construção da nova igreja, aos celebrantes e visitantes, e citou nominalmente os principais responsáveis pela condução da construção da nova igreja Santíssima Trindade: Conselho Administrativo na pessoa do Presidente Sr. Pedro Nogas, que tanto tem se dedicado e empenhado na condução da construção desta igreja; ao arquiteto Marcelo Ferraz pelo desenvolvimento do projeto arquitetônico; ao arquiteto Leopoldo Guimarães pela responsabilidade técnica da execução; aos construtores e operários na pessoa do Sr. João da Maia; irmãs religiosas do colégio e da Casa de Repouso pelo zelo e cuidado dispensados à comunidade e à igreja; profundos agradecimentos e reconhecimento aos iconógrafos: Ir. Verônica, Ir. Rosana, Maurício Claudino e Renéia Rendack Nogas pelo trabalho artístico que embeleza este templo.
Segundo o portal oficial do Município, a igreja da Santíssima Trindade configura agora mais um símbolo de fé da comunidade local, bem como um estandarte da cultura ucraniana em nosso município, sendo também mais um ponto turístico em estilo bizantino para compor o Circuito Rural Taquaral que foi lançado pela Associação dos Moradores, Produtores Rurais, Artesãos e Empreendedores do Turismo da Campina do Taquaral e Região (Acamp) com o apoio e parceria da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo (Sictur) da prefeitura de São José dos Pinhais.
A bênção da igreja foi o coroamento de uma longa caminhada de toda a comunidade da Colônia Marcelino, que ficou ainda mais robustecida, provada e amadurecida na fé e na comunitariedade. Foi mesmo uma experiência única. Uma verdadeira e bela conquista! Parabéns!